The consciousness of musical improvisation: A psycho-phenomenological perspective

Abstract

Musical improvisation is a prime example of creative behavior and a central element in the musical expression of jazz musicians. This activity is characterized by the complex interplay of cognitive and motor processes unfolding simultaneously. Cognitive neuroscience has attempted to infer from neural activity the conscious experience of the improvisational state of mind. However, to truly understand what is like to have a certain subjective experience, a psycho-phenomenological perspective is needed. Indeed, qualitative investigations have partaken in this enterprise, but while these adopt a case-study approach, with limited external validity, the present dissertation aimed to study improvisation’s structure and configuration of consciousness using a reproducible experimental paradigm based on quantitative and standardized measures. Furthermore, we aimed to understand if this configuration of consciousness would vary as a function of improvisational expertise. Twenty jazz musicians, with different musical backgrounds and experience, completed the Phenomenological Consciousness Inventory after performing a music improvisational task. Musical demographic data was also collected. Results showed that musical improvisation was characterized by increased inward attention, absorption on the task, a decrease in affective processes, and an overall clear and rational way of thought toward the external environment. Finally, results showed that the intensity of these dimensions of consciousness varied as a function of expertise. In particular, high expertise was linked with higher inward attention, absorption, and internal dialogue compared to low levels of improvisational fluency. The implications of these results are discussed briefly.

A improvisação musical é um elemento central na música jazz e um exemplo único de comportamento criativo. Este ato envolve a interação simultânea de múltiplos processos cognitivos e motores. Denota-se que a investigação neste ramo foca sobretudo em compreender e identificar as estruturas e mecanismos cerebrais envolvidos, através de uma perspetiva cognitiva e funcional (neurociência). No entanto, é crucial incluir perspetivas como a psico-fenomenologia para compreender a qualidade subjetiva do que é experienciar algo. Nos estudos psico-femenologicos da improvisação são implementadas abordagens qualitativas. No entanto, enquanto estas adotam um método de estudo de caso, com validade externa limitada, o presente estudo procura estudar a estrutura e configuração do estado de consciência durante a improvisação, utilizando paradigma experimental baseado em medidas quantitativas e padronizadas. Adicionalmente, pretendemos averiguar se esta configuração varia em função da expertise em improvisação. Para este fim, vinte músicos de jazz, com distintas formações musicais, preencheram o Inventário de Consciência Fenomenológica após realizarem uma tarefa de improvisação musical. Dados musicais demográficos foram também recolhidos. Os resultados mostraram durante a improvisação, os músicos reportaram estar absorvidos na tarefa, atentos a sua experiência interior e uma diminuição de sentimentos afetivos. Para além disso, reportaram que o seu modo de pensar era claro e racional e que não experienciaram alterações na sua perceção do mundo exterior. Por último, foi observado que a intensidade nas diferentes dimensões de consciência variou em função da expertise. Em particular, uma fluência grande de improvisação foi associada a uma maior atenção interior, absorção e diálogo interno, em comparação com grupos em níveis mais baixos de expertise. As implicações destes resultados são discutidas brevemente.