CasEnergia solar térmica e fotovoltaica em residências : estudo comparativo em diversas localidades do Brasil

Abstract

A busca por meios de geração de energia para atender às necessidades humanas com menores impactos sociais e ambientais é constante. A geração de energia elétrica por meio de fontes renováveis na forma distribuída, ou não centralizada, é um meio ou método de minimizar tais impactos. O objetivo da pesquisa foi analisar a viabilidade econômica, frente a tarifa de energia elétrica das concessionárias locais, da utilização de sistemas de geração solar em residências brasileiras situadas nas capitais dos estados, na capital federal, Brasília e na cidade de Campinas (SP). Diferentes situações de dimensionamento foram utilizadas para dois tipos de sistemas: um sistema fotovoltaico puro, para atender toda a necessidade energética da residência, incluindo o chuveiro elétrico, e um sistema solar híbrido, composto por aquecimento solar para atender a demanda por água quente no banho em conjunto com geração fotovoltaica para atender as necessidades em equipamentos elétricos. As situações de dimensionamento utilizadas foram três, onde em cada uma o sistema fotovoltaico foi projetado para uma determinada produção de energia. Os sistemas fotovoltaico e de aquecimento solar foram dimensionados com o auxílio dos softwares PVSyst e Dimensol, respectivamente. O custo total dos sistemas foi estimado a partir de pesquisa em lojas com endereço eletrônico na rede de computadores e de orçamentos fornecidos por empresas do ramo. Determinou-se o preço final da energia elétrica convencional para todas as cidades a partir da tarifa definida pela ANEEL, do valor médio do PIS efetivo cobrado pelas concessionárias e da alíquota de ICMS que os governos estaduais recolhem. Após realizados os cálculos, chegou-se ao resultado de que somente nas cidades de Macapá (AP) e Boa Vista (RR), devido principalmente ao baixo custo das tarifas de energia elétrica, o usuário não economizaria com a instalação dos sistemas. Porém, em cidades de elevada tarifa, como Belém (PA) e Belo Horizonte (MG), o usuário pagaria cerca de R$ 0,30 por quilowatt hora consumido a menos.