BURNOUT IN COVID-19 TIMES: SOCIODEMOGRAPHIC DIFFERENCES AMONG PORTUGUESE WORKERS

Abstract

A pandemia COVID-19 trouxe desafios sem precedentes para o mundo organizacional, incluindo o aumento dos níveis de burnout entre os colaboradores. O presente estudo investigou as diferenças sociodemográficas das manifestações de Burnout nos trabalhadores portugueses durante a pandemia da COVID-19. Para este propósito, foi aplicado o Oldenburg Burnout Inventory (OLBI), complementado com um questionário sociodemográfico e ocupacional a uma amostra de 295 trabalhadores de empresas portuguesas. Os dados foram analisados por meio dos testes t-student, Mann-Whitney, one-way ANOVA e Kruskal-Wallis. Os resultados demonstraram que as mulheres são mais propícias a sofrer de burnout do que os homens. Idade, anos de trabalho, um maior salário e maiores níveis de educação estão positivamente relacionados com maiores níveis de burnout. A zona geográfica, o estado civil bem como o número de filhos foram, também, fatores determinantes para a prevalência do burnout. A natureza e tipo de empresa desempenharam um papel na previsão da ocorrência de burnout entre os trabalhadores. Em adição, trabalhar remotamente durante a pandemia foi associado a níveis mais altos de burnout. Estes resultados contribuem para uma melhor compreensão do efeito da pandemia no bem-estar dos trabalhadores, enfatizando a importância das empresas implementarem medidas para evitar e girar o burnout. A identificação de variáveis sociodemográficas associadas ao burnout pode ajudar a orientar intervenções focadas para melhorar o bem-estar do funcionário e a sua felicidade no trabalho. Além disso, esta pesquisa enfatiza a importância de considerar tanto variáveis individuais como ambientais, que podem influenciar o burnout no local de trabalho, especialmente nestes tempos difíceis.

The COVID-19 pandemic has brought unprecedented challenges to the workforce worldwide, including increased burnout among employees. The present study aimed to investigate sociodemographic differences in burnout among Portuguese workers during the pandemic. For this purpose, the Oldenburg Burnout Inventory (OLBI), complemented with a sociodemographic and an occupational characteristics questionnaire, was applied to a sample of 295 workers from Portuguese organizations. Data were analyzed using the t-student, Mann-Whitney, one-way ANOVA, and Kruskal-Wallis tests. The results showed that women are more likely to experience burnout then men. Age, years of work, a higher salary and higher levels of education are associated with a greater level of burnout. The geographic zone, marital status, and number of children were found to be significant factors for burnout as well. Organizational nature and type also play a role in predicting burnout. In addition, working remotely was associated with higher levels of burnout during the pandemic. These results add to a better understanding of the pandemic’s effect on worker’s well-being, emphasizing the importance of companies implementing measures to avoid and manage burnout. The identification of sociodemographic factors associated with burnout can help to guide focused interventions to improve employee health and work happiness. Furthermore, this research emphasizes the importance of considering diverse individual and environmental variables that can influence burnout in the workplace, particularly in these difficult times.