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Título: Racismo obstétrico em Portugal : Relato de experiência de um coletivo antirracista
Outros títulos: Obstetric racism in Portugal : Experience report of an anti-racist collective
Autor: Costa, Karla Adriana Oliveira da
Brito, Laura Elisabete Figueiredo 
Coimbra, Carolina Vanessa da Silva
Lopes, Ninfa Carina Costa
Depuydt, Diana Oliveira dos Santos
Correia, Rita Nunes
Palavras-chave: Movimentos sociais; Racismo; Saúde materna; Violência obstétrica; Social movements; Racism; Maternal health; Obstetric violence
Data: 2022
Editora: CICS.NOVA
Projeto: SFRH/BD/144322/2019 
Título da revista, periódico, livro ou evento: Forum Sociológico
Número: 41
Local de edição ou do evento: Lisboa
Resumo: A violência obstétrica é uma violência de gênero, que tem o racismo como sobreposição, tornando as mulheres negras mais vulneráveis. Em Portugal, esta realidade continua silenciada por detrás do mito da igualdade social difundido no pós-período colonial. Os corpos destas mulheres no cenário obstétrico no país trazem-nos a necessidade de abordar questões de corpo-raça-saúde articuladas com os movimentos feministas e negros. Este artigo parte de uma abordagem teórica sustentada nos estudos pós-coloniais e feministas, com uma perspectiva sociológica. Em termos metodológicos, o texto compartilha as atividades de um coletivo de mulheres antirracistas sob uma perspectiva interseccional, utilizando a técnica metodológica do relato de experiência. Os principais resultados deste estudo apontam para a pertinência de se desenvolver uma investigação sociológica transversal sobre as experiências de saúde reprodutiva das mulheres racializadas em Portugal e a importância dos movimentos sociais para a realização desses trabalhos. O coletivo Saúde das Mães Negras (SaMaNe), através de quatro frentes de atuação, traz para o debate social, político e académico as experiências de gravidez, parto e pós-parto de mulheres negras e afrodescendentes em Portugal. Concluiu-se que há necessidade de aprofundar o debate sobre as opressões e desigualdades raciais nos cuidados obstétricos, pelo que este artigo pretende também romper com o silêncio em torno do tema e transformá-lo em ação.
Obstetric violence is a gender violence, which has racism as an overlay, making Black women more vulnerable. In Portugal, this reality remains silenced behind the myth of social equality disseminated post-colonial period. The bodies of these women in the obstetric scenario in the country, bring us the need to address issues of body-race-health articulated with the feminist and Black movements. This article is based on a theoretical approach sustained in post-colonial and feminist studies, with a sociological perspective. For its methodology, this article shares the actions of a collective of antiracist women acting from an intersectional perspective, using the methodological technique of the experience report. The main results of this study point to the pertinence of developing intersectional sociological research on the reproductive health experiences of racialized women in Portugal and the importance of social movements to conduct such work. The collective Saúde das Mães Negras (SaMaNe) through four fronts brings to social, political, and academic debate the experiences of pregnancy, childbirth and postpartum of black and afro-descendant women in Portugal. In conclusion, there is a need to deepen the debate on oppression and racial inequalities in obstetric care, and this article also intends to break the silence around the theme and transform it into action.
URI: https://hdl.handle.net/10316/105137
ISSN: 0872-8380
2182-7427
DOI: 10.4000/sociologico.10673
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:I&D CES - Artigos em Revistas Internacionais

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