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Título: Das aporias da responsabilidade à "fábula do sujeito": a gênese conjunta da subjetividade e da responsabilidade segundo Derrida
Autor: Vieira, Denise Vicentino Dardeau
Orientador: Alves, Maria Fernanda Bernardo
Lobo, Rafael
Palavras-chave: Desconstrução; J. Derrida; Subjetividade; Responsabilidade; Ética
Data: 12-Abr-2018
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: Esta tese tem como objetivo geral refletir sobre o tema da subjetividade e da responsabilidade no escopo do pensamento de Jacques Derrida. A hipótese a ser defendida refere-se à percepção de que a subjetividade se constitui a partir da sua gênese conjunta com a responsabilidade, demonstrando que o dito “sujeito” em sede desconstrutiva é um “sujeito” ex-apropriado de si (em primeiro lugar pela experiência da língua) e obrigado a responder ao outro, pelo outro e diante do outro (posteriormente pensado como “absolutamente todo e qualquer outro”), salientando assim a primazia do outro relativamente ao dito “sujeito”, dando a pensar o registro “hetero-autonômico” da desconstrução. Esta formulação permitirá repensar os fundamentos teóricos de uma concepção de subjetividade autônoma e ipsocrática, bem como a concepção tradicional de ética e de responsabilidade. Através dos “conceitos” de escrita, rastro e différance, a reformulação destes fundamentos teóricos partirá da desconstrução do logo-fonocentrismo do pensamento metafísico ocidental, ancorado no ideal de presença. Neste sentido, a trajetória desta tese se constrói no intuito de demonstrar que, no âmbito da desconstrução, o dito “sujeito” é pensado a partir da experiência de ex-apropriação de si tendo em conta a anterioridade da vinda do outro que me obriga a uma relação de responsabilidade, atestando, neste gesto, um outro sentido de “responsabilidade”, de “subjetividade” e de “ética”. Em suma, afirma-se que o dito “sujeito” só é “sujeito” na medida em que se assujeita, se expõe, se abre à resposta, à vinda do outro, ao seu chamamento e convocação os quais são impossíveis de evitar – só assim, isto é, só no desvio, na différance e na ex-apropriação de si é que se pode falar em singularidade, identidade e unicidade no escopo do pensamento derridiano, tecendo, desde então, uma outra concepção ou um outro entendimento acerca do “sujeito” e da “responsabilidade” que diferem da perspectiva tradicional. Por isso, numa perspectiva hetero-autonômica, o dito “sujeito” não poderá mais ser pensado como presença a si, como origem de si e do mundo, como voz da consciência que dá a si a sua própria lei, como estância ou estabilidade, como propriedade, calculabilidade, liberdade, vontade, etc. Para Derrida, estes predicados que caracterizam tradicional e historicamente o dito “sujeito” não é outra coisa senão uma fábula, construída a partir de uma matriz de pensamento logo-fonocêntrica na qual se consubstanciam as ideias de presença, origem, verdade, voz, consciência.
Descrição: Tese de Doutoramento em Filosofia apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ao Departamento de Filosofia, Informação e Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em regime de cotutela.
URI: https://hdl.handle.net/10316/105115
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Teses de Doutoramento
FLUC Secção de Filosofia - Teses de Doutoramento

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