Finanças Sustentáveis - O Papel das Instituições Financeiras: O Caso do Grupo Crédito Agrícola

Abstract

The harmful consequences of climate change are felt all over the world. It’s urgent start efforts for its mitigation, namely in terms of limiting pollutant gases. In this perspective, are implemented at nacional and internacional level some answers, respectively “Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, Portuguese Climate Law, The Paris Agreement, European Green Deal and European Climate Law. These consequences represent risks for financial institutions, including banks. Thus, they need to understand their exposure level to these risks and the way to minimize them. However, there are also opportunities for the financial institutions related to climate. Therefore, the Task Force on Climate – related Financial Disclosures was created to help companies properly assess climate- related risks and opportunities. Banks then have a crucial role to reach a greener and circular economy. To promoting sustainable finance, the European Commission has created a plan with guidelines to redirect capital flows towards sustainable investments, manage the financial risks related to climate change and promote transparency and a long-term vision for economic and financial activities.Gradually, incorporate ESG issues into financing analysis proves to be the most promising measure to achieve sustainable finance in Portugal. It’s important to make companies aware of the importance of considering social and environmental impacts of their activities, in addition to economic factors. In order to incorporate these issues in their risk analysis, Crédito Agrícola developed Environmental and Social Questionnaires to apply to companies. One of the activities performed during my internship was the analysis of this questionnaires. The results suggest that the large majority of Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Bairrada e Aguieira clients who have requested financing do not incorporate these issues in their operations.

As consequências nefastas das alterações climáticas são sentidas por todo o mundo. Torna-se urgente iniciar esforços para a sua mitigação, nomeadamente ao nível da limitação das emissões de gases poluentes. Nesta perspetiva, tem vindo a ser implementadas a nível nacional e internacional algumas respostas, respetivamente o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a Lei do Clima Portuguesa, o Acordo de Paris, o Pacto Ecológico Europeu (PEE) e a Lei Europeia do Clima. Estas consequências representam riscos para as instituições financeiras, nomeadamente para os bancos. Assim, estes necessitam de perceber o seu nível de exposição aos mesmos e a forma de os minimizar. Não obstante, existem também oportunidades para as instituições financeiras relacionadas com o clima. Por conseguinte, foi criada a Task Force on Climate – related Financial Disclosures, com o intuito de auxiliar as empresas a avaliar corretamente os riscos e oportunidades decorrentes do clima. Os bancos apresentam um papel crucial no alcance de uma economia mais verde e circular. Numa perspetiva de promoção das finanças sustentáveis, a Comissão Europeia criou um plano com linhas orientadoras para reorientar os fluxos de capital para financiamentos sustentáveis, gerir os riscos financeiros decorrentes das alterações climáticas e, ainda, promover uma transparência e visão de longo prazo das atividades económicas e financeiras. Incorporar, de forma gradual, as questões de sustentabilidade ambiental, social e de governação (ESG) nas análises de financiamento revela-se a medida mais promissora para alcançar as finanças sustentáveis. Para tal, é necessário consciencializar as empresas da importância em considerar os impactos sociais e ambientais na execução da sua atividade, para além dos fatores económicos. No sentido de incorporar estas questões na sua análise de risco, o Crédito Agrícola elaborou uma série de Questionários Ambientais e Sociais a aplicar aos seus clientes empresa. Uma das atividades executadas durante o estágio foi a análise destes mesmos questionários. Os resultados desta análise sugerem que a grande maioria dos clientes da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Bairrada e Aguieira que solicitaram financiamento ainda não incorporam estas questões nas suas operações.