Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/104244
Título: Inteligência Emocional e a sua relação com Problemas Comportamentais em crianças em Acolhimento Residencial
Outros títulos: Emotional and its relationship with Behavioral Intelligence Problems in Children in Residential Care
Autor: Neves, Rita Jorge Pacheco
Orientador: Lima, Luiza Isabel Gomes Freire Nobre
Palavras-chave: Inteligência Emocional; Acolhimento Residencial; Regulação Emocional; Identificação Emocional; Problemas Comportamentais; Emocional Intelligence; Residential Care; Emotional Regulation; Emotional Identification; Behavioral Problems
Data: 18-Out-2022
Título da revista, periódico, livro ou evento: Inteligência Emocional e a sua relação com Problemas Comportamentais em crianças em Acolhimento Residencial
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: O Acolhimento Residencial mostra ter um impacto significativo na Inteligência Emocional, tanto ao nível da identificação e diferenciação emocional quanto ao nível da regulação emocional. Estudos anteriores demonstram que crianças provenientes de contextos adversos apresentam uma maior dificuldade em nomearem emoções e as regularem (Izard, 2001; Sullivan et al., 2008). Partindo deste pressuposto, o objetivo principal do estudo foi analisar a inteligência emocional de crianças em situação de acolhimento residencial. Mais especificamente, procurou-se: i) analisar a capacidade de identificação emocional destas crianças; ii) analisar a sua capacidade de regulação emocional; iii) analisar a influência das variáveis sociodemográficas ao nível da inteligência emocional e dos problemas comportamentais das crianças em acolhimento residencial; e iv) analisar a relação entre a inteligência emocional destas crianças e os seus problemas comportamentais, identificados pelos seus cuidadores.A amostra foi composta por 50 crianças a viver em acolhimento residencial (distritos de Aveiro e Coimbra), com idades entre os 8 e os 12 anos (M = 10,02; DP = 1,45), de ambos os sexos (60% rapazes), e que responderam a um questionário sociodemográfico e a dois instrumentos de autorresposta – Inventário de Identificação de Emoções e Sentimentos e Questionário de Inteligência Emocional para crianças. Foi também aplicado o Questionário de Avaliação das Capacidades e Dificuldades, na sua versão de heterorresposta, preenchido por um adulto responsável pelas crianças.Não se observaram valores baixos de Regulação Emocional, mas a Identificação e a Diferenciação Emocional revelaram-se fracas nestas crianças. Foi ainda possível compreender que a emoção mais facilmente identificada por estas crianças é a Alegria. Neste estudo, as variáveis sociodemográficas não demonstraram ter um impacto muito significativo na Inteligência Emocional destas crianças, à exceção da idade, da presença de irmãos e da existência de um diagnóstico, principalmente no que à identificação emocional.A Inteligência Emocional mostra ter uma relação com as dificuldades comportamentais e o comportamento pró-social. Sendo que existe uma correlação negativa entre a capacidade de identificar, diferenciar e regular as emoções, e o número de manifestações comportamentais negativas identificadas pelos cuidadores. Igualmente existe uma correlação positiva entre o comportamento pró-social e a Inteligência Emocional.O estudo apresenta algumas limitações, com um maior destaque o facto de os instrumentos utilizados apresentarem valores de consistência interna muito baixos, o que compromete a validade das conclusões. Outra limitação relaciona-se com o número reduzido da amostra, que condicionou os resultados obtidos, levando a valores baixos e pouco fiáveis. Além disso, o Inventário de Identificação de Emoções e Sentimentos apresenta limitações próprias ao nível da ambiguidade emocional de alguns itens, assim como a reduzida expressão emocional aceite na cotação.Apesar dos resultados pouco significativos encontrados na amostra deste estudo, a questão emocional no acolhimento residencial de crianças menores de 12 anos mostra ser da maior importância, o que reforça a necessidade de realizar estudos posteriores que aprofundem este tema e suscitem o desenvolvimento de intervenções eficazes e potenciadoras de um desenvolvimento emocional saudável.
Residential Care is shown to have a significant impact on Emotional Intelligence, both in terms of emotional identification and differentiation and emotional regulation. Previous studies show that children coming from adverse contexts have greater difficulty in naming emotions and regulating them (Izard, 2001; Sullivan et al., 2008). Based on this assumption, the main objective of this study was to analyze the emotional intelligence of children in residential care. More specifically, it sought: i) to analyze the emotional identification capacity of these children; ii) to analyze their emotional regulation capacity; iii) to analyze the influence of socio-demographic variables on the emotional intelligence and behavioral problems of children in residential care; and iv) to analyze the relationship between the emotional intelligence of these children and their behavioral problems identified by their caregivers.The sample was composed of 50 children living in residential care (districts of Aveiro and Coimbra), aged between 8 and 12 years old (M = 10.02; SD = 1.45), of both genders (60% boys), and who answered a sociodemographic questionnaire and two self-answered instruments - Inventário de Identificação de Emoções e Sentimentos and Questionário de Inteligência Emocional para crianças. The Strengths and Difficulties Questionnaire, in its hetero-answer version, filled in by an adult responsible for the children, was also applied.No low values of Emotional Regulation were observed, but Emotional Identification and Differentiation were weak in these children. It was also possible to understand that the emotion most easily identified by these children is Joy. In this study the socio-demographic variables did not show a very significant impact on the Emotional Intelligence of these children, with the exception of age, the presence of siblings and the existence of a diagnosis, mainly concerning emotional identification.Emotional Intelligence shows a relationship with behavioral difficulties and pro-social behavior. There is a negative correlation between the ability to identify, differentiate and regulate emotions and the number of negative behavioral manifestations identified by the caregivers. There is also a positive correlation between pro-social behavior and Emotional Intelligence.The study has some limitations, namely the fact that the instruments used have very low internal consistency values, which compromises the validity of the conclusions. Another limitation is related to the small sample size, which conditioned the results obtained, leading to low and unreliable values. In addition, the Inventário de Identificação de Emoções e Sentimentos has its own limitations in terms of the emotional ambiguity of some items, as well as the reduced emotional expression accepted in the quotation.Despite the insignificant results found in the sample of this study, the emotional issue in the residential care of children under 12 years old shows to be of the utmost importance, which reinforces the need for further studies on this issue and the development of effective interventions that promote a healthy emotional development.
Descrição: Dissertação de Mestrado em Psicologia da Educação, Desenvolvimento e Aconselhamento apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
URI: https://hdl.handle.net/10316/104244
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FPCEUC - Teses de Mestrado

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