Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/102564
Título: MORTE RELACIONADA COM A COVID-19: O QUE PODEMOS APRENDER COM A AUTÓPSIA MÉDICO-LEGAL?
Outros títulos: DEATH RELATED TO COVID-19: WHAT CAN WE LEARN FROM MEDICO-LEGAL AUTOPSY?
Autor: Santos, Sara Miranda Veiga dos
Orientador: Carreira, Carla Michelle Marques
Teixeira, Helena Maria Sousa Ferreira
Palavras-chave: SARS-COV-2; COVID-19; Autópsia médico-legal; Causa de morte; SARS-COV-2; COVID-19; Medico-legal autopsy; Cause of death
Data: 7-Jun-2022
Título da revista, periódico, livro ou evento: MORTE RELACIONADA COM A COVID-19: O QUE PODEMOS APRENDER COM A AUTÓPSIA MÉDICO-LEGAL?
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: O SARS-CoV-2 foi descrito pela primeira vez em dezembro de 2019, em Wuhan, na China. Este vírus infeta as células através da ligação ao seu recetor, o ACE2, altamente expresso nas células epiteliais do trato respiratório. A doença designou-se COVID-19, tendo sido considerada uma pandemia a 11 de março de 2020. Esta doença apresenta diversas manifestações clínicas com diferentes graus de gravidade tendo a vacinação sido essencial para a redução no número de internamentos e mortes.A autópsia médico-legal, tendo como objetivo o esclarecimento da causa de morte e das circunstâncias que a rodearam, pode também ser uma excelente ferramenta para o estudo da doença, com a compreensão dos seus mecanismos fisiopatológicos. No início da pandemia, existiu grande receio na realização de autópsias devido ao número reduzido de recursos e, acima de tudo, pelo risco incerto de contágio durante o procedimento. No entanto, com a existência de algumas medidas que permitem a redução do risco de contágio, como uso de equipamento pessoal adequado, uma sala de autópsias segura, o correto manuseamento do cadáver, etc, as autópsias tornaram-se, assim, possíveis e começaram a ser realizadas em alguns países.Os achados autópticos ajudam a determinar a causa de morte, através de uma descrição macroscópica e microscópica, sendo fundamentais para a compreensão da fisiopatologia do vírus. Efetivamente, o órgão mais afetado pela COVID-19 é o pulmão e o achado mais frequentemente descrito é lesão alveolar difusa. São, no entanto, encontradas outras alterações em vários sistemas, como no cardiovascular, por exemplo, coagulopatia e compromisso hemodinâmico. Estão descritas, também, alterações noutros órgãos e as partículas virais do SARS-CoV-2 são positivas numa grande parte dos mesmos. As causas de morte mais frequentemente relatadas constituem falência respiratória e multiorgânica. Porém, o estabelecimento de uma causa de morte exata é difícil. Todas as descobertas revelam a complexidade da fisiopatologia do vírus e a sua capacidade de provocar doença grave, mas a causa de morte parece ser multifatorial, pelo que o vírus aparece como um fator contributivo para doentes com diversas comorbilidades.Em suma, a manutenção da realização de autópsias é extremamente importante, não somente para a contínua avaliação do mecanismo de infeção, que pode permitir novos tratamentos eficazes no combate a esta pandemia, como também para não mascarar outra causa de morte, como uma morte violenta e/ou de causa desconhecida.
SARS-CoV-2 was first described in December 2019, in Wuhan, China. This virus enters cells by binding to its receptor, ACE2, which is highly expressed in the epithelial cells of the respiratory tract. The disease was called COVID-19, and it was considered a pandemic on March 11, 2020. This disease has several clinical manifestations with different degrees of severity, and vaccination was essential to reduce the number of hospitalizations and deaths.The medico-legal autopsy, with the objective of clarifying the cause of death and the circumstances that surrounded it, can also be an excellent tool for the study of the disease, with the understanding of its pathophysiological mechanisms. At the beginning of the pandemic, there was great fear in carrying out autopsies due to the reduced number of resources and, above all, the uncertain risk of contagion during the procedure. However, with the existence of measures that allow the reduction of the risk of contagion, such as the use of adequate personal equipment, a safe autopsy room, the correct handling of the corpse, etc., autopsies started to be carried out in some countries.The autopsy findings help to determine the cause of death, through a macroscopic and microscopic description, being fundamental for the understanding of the pathophysiology of the virus. Indeed, the most affected organ by COVID-19 is the lung, and the most frequently described finding is diffuse alveolar damage. However, other alterations in the cardiovascular system are found, such as coagulopathy and hemodynamic compromise. Changes in other organs are also described, and SARS-CoV-2 viral particles are positive in most of them. The most frequently reported causes of death are respiratory and multiorgan failure. However, establishing an exact cause of death is difficult. All findings reveal the complexity of the pathophysiology of the virus and its ability to cause severe illness, but the cause of death appears to be multifactorial, so the virus appears as a contributing factor for patients with several comorbidities.In summary, autopsies are extremely important, not only for the continuous evaluation of the infection mechanism, which can allow new effective treatments to combat this pandemic, but also for not masking another cause of death, such as a violent death and/or of unknown cause.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102564
Direitos: openAccess
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