Carcinoma espinhocelular cutâneo: Novos fatores de risco

Abstract

Introdução: O carcinoma espinhocelular cutâneo é o segundo tumor cutâneo maligno mais frequente e a sua incidência tem sido crescente. Embora a maioria destes tumores apresentem um bom prognóstico, há uma pequena percentagem que evidencia maiores taxas de recorrência, invasão linfática, metástases locais e à distância e morte.Objetivos: Estudar novos fatores de risco (invasão perineural, tumor budding, fibrose peritumoral, metástases para os tecidos moles e invasão extraganglionar, expressão do ligando da proteína de morte celular programada – 1, RAS e p53, o gene promotor da transcriptase reversa da telomerase, podoplanina, a transcriptase da lectina-like 1, a claudina 11, o inositol-1,4,5-trifosfato do tipo I, pre-mRNA processing factor 3 e o antigénio 12 associado ao melanoma e p21) e avaliar possíveis implicações no prognóstico e a sua influência sobre a utilização de novas abordagens terapêuticas dirigidas (inibidores do recetor do fator de crescimento epitelial e anticorpos anti-ligando da proteína de morte celular programada – 1).Materiais e métodos: Foram consultadas 43 referências bibliográficas obtidas na base de dados da PubMed.Conclusão: Os novos fatores de risco estudados ao longo deste artigo de revisão evidenciaram ter impacto sobre a sobrevivência livre de doença e sobrevivência global dos doentes, pelo que é relevante a identificação de fatores que possam influenciar o estadiamento destes tumores e que possam ser utilizados como alvos moleculares para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas.Palavras-chave: Carcinoma espinhocelular cutâneo, Fator de prognóstico; Recorrência; Metastático.

Backgroud: Cutaneous squamous cell carcinoma is the second most frequent cutaneous malignant tumor and its incidence has been rising. Despite most of those tumors having a good prognosis, there are a small percentage that shows higher recurrence rates, lymphatic invasion, local and distant metastases and death. Objectives: To assess new risk factors (perineural invasion, tumor budding, peritumoral fibrosis, soft tissue metastases and extra-nodal extension, programmed cell-death ligand – 1 expression, RAS and p53, promoter of the telomerase reverse transcriptase, podoplanin, lectin‐like transcript 1, claudin 11, inositol polyphosphate-5-phosphatase, pre-mRNA processing factor 3 and melanoma-associated antigen A12 and p21) and understand the possible implications on prognosis and their influence in the management of new direct therapeutic approaches (inhibitors of the epidermal growth factor receptor and inhibitors of the programmed cell-death ligand – 1). Methods: Were consulted 43 bibliographic references obtained from PubMed database. Conclusion: The new risk factors studied throughout this literature review showed impact on the disease-free survival and overall survival of patients, whereby is relevant the continuance of the assessment of these risk factors to achieve a better staging system and also to define new molecular targets for the development of new therapeutic approaches. Keywords: Cutaneous squamous cell carcinoma; Prognostic factor; Recurrence; Metastatic.