Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/102456
Título: Estudo Longitudinal sobre a Influência da Família na Depressão Perinatal
Outros títulos: Longitudinal Study on Family Influence on Perinatal Depression
Autor: Pedro, Catarina de Almeida Simão
Orientador: Silva, Inês Rosendo de Carvalho e
Palavras-chave: Depressão Perinatal; Família; Ansiedade; Stress; Saúde Infantil; Perinatal Depression; Family; Anxiety; Stress; Child Health
Data: 18-Mar-2022
Título da revista, periódico, livro ou evento: Estudo Longitudinal sobre a Influência da Família na Depressão Perinatal
Local de edição ou do evento: ARS Centro
Resumo: Introdução: A depressão perinatal consiste em episódios depressivos que podem acontecer desde a gravidez até ao primeiro ano após o parto. É um problema de saúde pública que, quando não devidamente tratada e acompanhada, pode ter consequências muito negativas tanto para a mãe e para a criança, como para a restante família. Este estudo vem colmatar a pouca informação existente acerca da influência da tipologia, funcionalidade e satisfação familiar nesta patologia. Métodos: Este é um estudo observacional longitudinal, do tipo coorte prospetivo. Foram recrutadas 46 utentes de cinco Unidades de Saúde Familiar/Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados da Administração Regional da Saúde do Centro incluídas por conveniência, que responderam a questionários online em duas fases, primeiro enquanto grávidas e posteriormente, 6 semanas ou mais após o parto. Os questionários incluíam questões sociodemográficas, antecedentes patológicos, fisiológicos e obstétricos. Incluíam também, na primeira fase, quatro escalas: Escala de Rastreios de Ansiedade Perinatal (ERAP), Escala de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21), Escala de Avaliação da Flexibilidade e Coesão Familiar (FACES-IV) e a Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS). Na segunda fase, para além destas, estava também presente a Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS). Os seus médicos de família responderam também a um questionário online designando aspetos clínicos relevantes das suas utentes. Foi feita análise estatística descritiva e inferencial bivariada e multivariada. Resultados: Após análise multivariada desta amostra, constituída por 46 utentes, obteve-se que apenas a variável dos sintomas depressivos durante a gravidez tinha uma associação significativa e independente com o risco de desenvolver depressão pós-parto (F=1,365; p<0,001; R2 ajustado=0,289). Além deste, também os sintomas de stress e ansiedade, o facto de estar de “baixa médica” no decurso da gravidez, a “Satisfação com a família”, “Intimidade”, “Satisfação com os Amigos” e “Satisfação com as atividades sociais” mostraram-se relacionados significativamente com este diagnóstico em análise bivariada. Discussão e Conclusão: Apesar de se tratar de uma amostra muito reduzida, conseguiu-se demonstrar que a depressão durante a gravidez parece ser um dos maiores fatores preditores do desenvolvimento de depressão pós-parto. Fatores familiares terão aqui um papel indireto, provavelmente associados a sentimentos de maior stress, ansiedade e depressão durante a gravidez. Destacar estes fatores torna-se crucial para um olhar clínico atento sobre grávidas que poderão estar em risco e, assim, permitir um diagnóstico e intervenção precoce com o objetivo de melhorar o prognóstico da mãe e do seu bebé.
Introduction: Perinatal depression consists of depressive episodes that can occur from pregnancy until the first year after birth. It is a public health problem that, when not properly treated and monitored, can have very negative consequences for both mother and child, as well as for the remaining family. This study comes to fill in the scarse existing information about the influence of the typology, functionality and family satisfaction in this pathology.Methods: This is a longitudinal observational study, of prospective cohort type, divided into two phases, pre and postpartum. We recruited 46 patients from five Family Health Units/Personalized Health Care Units from Regional Health Administration of the Center included by convenience, who answered online questionnaires in two phases, first while pregnant and then 6 or more weeks after delivery. The questionnaires included sociodemographic questions, pathological, physiological and obstetric history. In the first phase, they also included four scales: the Perinatal Anxiety Screening Scale (ERAP), the Anxiety, Depression and Stress Scale (EADS-21), the Family Flexibility and Cohesion Evaluation Scale (FACES-IV) and the Social Support Satisfaction Scale (ESSS). In the second phase, in addition to these, the Edinburgh Postpartum Depression Scale (EPDS) was also present. Their family doctors also answered an online questionnaire designating relevant clinical aspects of their patients. Bivariate and multivariate descriptive and inferential statistical analysis was performed.Results: After multivariate analysis of this sample, consisting of 46 patients, it was obtained that only the variable of depressive symptoms during pregnancy had a significant and independent association with the risk of developing postpartum depression (F=1.365; p<0.001; adjusted R2=0.289). In addition, symptoms of stress and anxiety, being on "sick leave" during pregnancy, "Satisfaction with family", "Intimacy", "Satisfaction with friends" and "Satisfaction with social activities" were significantly related to this diagnosis in a bivariate analysis.Discussion and Conclusion: Despite the very small sample size, it has been shown that depression during pregnancy seems to be a major predictor of the development of postpartum depression. Family factors will play an indirect role here, probably associated with feelings of greater stress, anxiety, and depression during pregnancy. Highlighting these factors becomes crucial for a close clinical look at pregnant women who may be at risk and thus allow for early diagnosis and intervention with the aim of improving the prognosis of the mother and her baby.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102456
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

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