Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/102432
Título: Anafilaxia Recorrente num Serviço de Urgência Pediátrica
Outros títulos: Recurrent Anaphylaxis in a Pediatric Emergency Service
Autor: Carreira, Núria Luísa Pinto
Orientador: Oliveira, Guiomar Gonçalves
Mação, Patrícia Alexandra Batista
Palavras-chave: Anafilaxia Recorrente; Serviço de Urgência; Pediatria; Recurrent Anaphylaxis; Emergency Room; Pediatrics
Data: 17-Mar-2022
Título da revista, periódico, livro ou evento: Anafilaxia Recorrente num Serviço de Urgência Pediátrica
Local de edição ou do evento: Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Resumo: Introdução: A anafilaxia é a apresentação clínica mais grave das reações alérgicas sistémicas agudas. O tratamento adequado implica um diagnóstico atempado e uma atuação rápida, que inclui administração precoce de adrenalina intramuscular. Mesmo com a identificação do agente desencadeante, existe um risco de recorrência. Foi objetivo deste trabalho determinar o grau de recorrência de anafilaxia num serviço de urgência pediátrica e avaliar as características clínicas e fatores de risco associados. Material e Métodos: Estudo retrospetivo dos casos admitidos por anafilaxia num serviço de urgência pediátrico em Portugal, no período de 2010-2020 (10 anos). Foram analisadas variáveis demográficas e clínicas. Após seleção dos episódios de anafilaxia recorrente (dois ou mais episódios anafiláticos por doente) foram avaliados os possíveis fatores associados à recorrência, comparando entre si os grupos de doentes com e sem recorrência de anafilaxia. Resultados: Foram incluídos 62 episódios de anafilaxia, dos quais 19 (30,6%) recorrentes. Verificou-se predomínio do sexo masculino (78,9%), e a idade mediana foi de 11,1 anos. Os alimentos foram o principal fator desencadeante identificado (73,7%), destacando-se as proteínas do leite de vaca (PLV), os frutos secos e o glúten. A maioria dos casos apresentou sintomas mucocutâneos e respiratórios, e nenhum caso foi classificado como grave. Foram descritos antecedentes de doença alérgica em 84,2%, nomeadamente alergia alimentar (73,7%), incluindo alergia alimentar múltipla (42,1%), e asma (52,6%). Mais de metade tinha história familiar de atopia. A adrenalina foi administrada em 84,2% dos casos, e 15,8% necessitaram de internamento. À data da alta foi prescrito autoinjetor de adrenalina em 68,4% dos casos. Na análise comparativa a idade mais avançada (OR=1,3; p=0,014) e a alergia alimentar múltipla (OR=232,5; p=0,009) foram fatores de risco independentes para a recorrência de anafilaxia. Conclusão: O grau de recorrência de anafilaxia foi elevado (30,6%). A idade da adolescência e a presença de alergia alimentar múltipla associaram-se à recorrência do episódio anafilático.
Background: Anaphylaxis is the most serious clinical presentation of acute systemic allergic reactions. Adequate treatment implies timely diagnosis and rapid action, which includes early administration of intramuscular adrenaline. Even with the identification of the triggering agent, there is a risk of recurrence. Our objective was to describe the degree of anaphylaxis recurrence in a pediatric emergency department and to assess the clinical characteristics and associated risk factors. Material and Methods: Retrospective study of cases admitted for anaphylaxis to a pediatric emergency department in Portugal, in the period of 2010-2020 (10 years). Demographic and clinical variables were analyzed. After selecting the episodes of recurrent anaphylaxis (two or more anaphylactic episodes per patient) the possible factors associated with recurrence were evaluated, comparing the groups of patients with and without recurrent anaphylaxis. Results: Of the 62 episodes of anaphylaxis included, 19 (30,6%) were recurrent. There was a predominance of males (78,9%), and the median age was 11,1 years. Food was the main triggering factor identified (73,7%), with emphasis on cow's milk proteins (CVP), dry fruits and gluten. Most cases had mucocutaneous and respiratory symptoms, and no case was classified as severe. A history of allergic disease was reported in 84,2%, namely food allergy (73,7%), including multiple food allergy (42,1%), and asthma (52,6%). More than half had a family history of atopy. Epinephrine was administered in 84,2% of cases, and 15,8% required hospitalization. At the time of discharge, adrenaline auto-injector was prescribed in 68,4% of cases. In the comparative analysis, older age (OR=1,3; p=0,014) and multiple food allergy (OR=232,5; p=0,009) were independent risk factors for the recurrence of anaphylaxis. Conclusion: The degree of anaphylaxis recurrence was high (30,6%). Adolescent age and the presence of multiple food allergy were associated with recurrence of anaphylaxis.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102432
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato
Anafilaxia Recorrente num Serviço de Urgência Pediátrica.pdf451.58 kBAdobe PDFVer/Abrir
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página

88
Visto em 16/jul/2024

Downloads

86
Visto em 16/jul/2024

Google ScholarTM

Verificar


Este registo está protegido por Licença Creative Commons Creative Commons