Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/102313
Título: Prevalência de hipoacusia neurosensorial a longo prazo na otosclerose
Outros títulos: Long-term prevalence of sensorineural hearing loss in otosclerosis
Autor: Marques, Rita Tavares
Orientador: Miguéis, António Carlos Eva
Marques, Tatiana Carina Antunes
Palavras-chave: cirurgia estapédica; gap aéreo-ósseo; hipoacusia neurossensorial; otosclerose; reabilitação auditiva; stapes surgery; air-bone gap; sensorineural hypoacusis; otosclerosis; auditory rehabilitation
Data: 6-Jun-2022
Título da revista, periódico, livro ou evento: Prevalência de hipoacusia neurosensorial a longo prazo na otosclerose
Local de edição ou do evento: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Resumo: INTRODUÇÃO: A otosclerose manifesta-se inicialmente por hipoacusia de condução (HC) unilateral, tendo como primeira linha terapêutica a cirurgia estapédica. No entanto, a progressão natural da doença tende para o atingimento do ouvido contralateral e desenvolvimento de hipoacusia neurossensorial (HNSS) por afeção coclear, para a qual há necessidade de recorrer a reabilitação auditiva. Estudos acerca da prevalência de HNSS na otosclerose são escassos. Este estudo teve como principal objetivo determinar a taxa de progressão dos limiares auditivos (LA) no ouvido ipsilateral e contralateral, assim como a prevalência de HNSS a longo prazo, visando criar um suporte à decisão terapêutica.MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizado um estudo retrospetivo no qual foram revistos os processos clínicos de 7 pacientes com otosclerose submetidos a tratamento cirúrgico e/ou reabilitação auditiva há pelo menos 5 anos. Pelos registos do primeiro (T0) audiograma tonal simples (ATS) disponível desde o início do seguimento do doente e do ATS mais recente (T1), determinou-se a média dos LA da via aérea (VA) e da via óssea (VO), assim como a taxa de progressão e o gap aéreo-ósseo (GAO), permitindo determinar a prevalência de HNSS. RESULTADOS: O tempo médio de seguimento foi 11,00 +/- 7,30 anos. A taxa de progressão dos LA ipsilaterais foi 1,26 +/- 1,05 decibéis (dB) por ano para a VA, e 2,60 +/- 1,88 dB/ano para a VO; no ouvido contralateral foi de 2,48 +/- 2,41 dB/ano na VA e 2,33 +/- 2,70 dB/ano para a VO. A prevalência de HNSS foi de 57,1%, mas verificou-se uma tendência à progressão para HNSS em 71,4% no ouvido ipsilateral, com diminuição global do GAO a longo prazo; no lado contralateral verificou-se um aumento do GAO a longo prazo, excetuando na frequência de 2 kilohertz (kHz), sendo que 28,6% mostraram estar a progredir para HNSS no lado contralateral. A análise bivariada mostrou que maiores LA da VA ipsilateral em T0 se associam a maiores LA contralaterais a curto prazo (Rs=0,857; p=0,014); o mesmo se verificou para a VO a curto prazo (Rs=0,901; p=0,006), mas também a longo prazo (Rs=0,844; p=0,017).CONCLUSÕES: A prevalência de HNSS não deve ser desprezada aquando da decisão terapêutica. Dada a tendência ao envolvimento bilateral a longo prazo, acreditamos haver benefício em intervir precocemente no ouvido contralateral, e sugerimos a utilização dos LA por VO ipsilaterais como possíveis preditores da evolução do ouvido contralateral.
BACKGROUND: Otosclerosis initially presents as unilateral conduction hypoacusis (CH), and stapes surgery is the first line therapy. However, the natural progression of the disease tends towards the involvement of the contralateral ear and the development of sensorineural hypoacusis (SSNH) due to cochlear affection, for which auditory rehabilitation is required. Studies on the prevalence of SSNH in otosclerosis are scarce. Aiming to create resources to support for the therapeutic decision, the present study aimed to determinate the rate of progression of hearing thresholds (HT) in the ipsilateral and contralateral ear and the prevalence of SSNH.MATERIAL AND METHODS: A retrospective clinical study was performed. Clinical records of 7 patients with otosclerosis, who underwent surgery and/or auditory rehabilitation for at least 5 years, were reviewed. The first available audiogram (T0) and the most recent one (T1) allowed us to determine the average air (AC) and bone conduction (BC) HT, as well as the rate of progression and the air-bone gap (ABG), allowing us to determine the prevalence of SSNH.RESULTS: the mean follow-up time was 11.00 +/- 7.30 years. The rate of progression of ipsilateral AC HT was 1.26 +/- 1.05 decibels (dB) per year, and 2.60 +/- 1.88 dB/year for BC; on the contralateral side it was 2.48 +/- 2.41 dB/year for AC and 2.33 +/- 2.70 dB/year for BC. The prevalence of SSNH was 57.1%, but there was a trend towards progression to SSNH in 71.4% in the ipsilateral ear, with a long-term decrease on ABG; on the contralateral side, there was a long-term increase in the ABG, except at the frequency of 2 kilohertz, and 28.6% showed progression towards SSNH. Bivariate analysis showed that higher ipsilateral AC HT at T0 are associated with higher short-term contralateral HT (Rs=0.857; p=0.014); the same occurred for BC in the short term (Rs=0.901; p=0.006), but also in the long term (Rs=0.844; p=0.017).CONCLUSIONS: The prevalence of SSNH should be considered when making a therapeutic decision. Due to the tendency towards long-term bilateral involvement, we believe that there is a benefit in early treatment in the contralateral ear. Thus, we suggest the use of ipsilateral BC HT as potential predictors of the evolution of the contralateral ear.
Descrição: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102313
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato Entrar
Rita_Marques_TrabalhoFinalMIM.pdf942.19 kBAdobe PDFAcesso Embargado    Pedir uma cópia
Mostrar registo em formato completo

Visualizações de página

110
Visto em 14/mai/2024

Downloads

2
Visto em 14/mai/2024

Google ScholarTM

Verificar


Este registo está protegido por Licença Creative Commons Creative Commons