Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/102266
Title: O Distress e as Perspetivas de Futuro Clínico Pós Pandemia nos Tutores MGF Rede Local e Rede Alargada na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Other Titles: Distress and Clinical Future Perspectives After The Pandemic in the GP/FM Tutors Local Network and Extended Network at the Faculty of Medicine of The University of Coimbra
Authors: Carvalhido, Inês Silva
Orientador: Santiago, Luiz Miguel de Mendonça Soares
Keywords: Ansiedade; Depressão; Distress; Medicina Geral e Familiar; PHQ-4; Anxiety; Depression; Distress; General and Family Medicine; PHQ-4
Issue Date: 6-Jun-2022
Serial title, monograph or event: O Distress e as Perspetivas de Futuro Clínico Pós Pandemia nos Tutores MGF Rede Local e Rede Alargada na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Introdução: De que modo a pandemia COVID 19 irá influenciar a medicina no futuro, é tema ainda não estudado no ambiente da Medicina Geral e Familiar, em particular no ambiente daqueles que têm também a responsabilidade de tutorar alunos de Medicina em contexto prático, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Que outros moldes de consulta que não o presencial e como é que a tecnologia influenciará a prática? Quais as marcas que a pandemia está a deixar nos médicos tutores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e de que forma ponderam eles o impacto da pandemia na qualidade de vida e distress são assuntos ainda não estudados.Objetivo: Rastrear a ansiedade, a depressão e distress laboral entre médicos MGF tutores de alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Perceber igualmente de que forma a influência da tecnologia na consulta e na prática médica vão interferir com eles e com a profissão.Materiais e métodos: Foi realizado estudo observacional transversal, quali-quantitativo, através de aplicação online de questionário PHQ-4 adaptado, tendo sido posteriormente somadas as pontuações resultantes do questionário para avaliar o distress. Seguidamente, foram colocadas três questões de resposta curta (máx.10 palavras) acerca do modo como o médico acha que a pandemia vai influenciar a prática médica/consultas, e sobre o modo como a tecnologia poderá ser usada para ajudar. Resultados: No questionário PHQ-4, tanto as questões relativas à ansiedade como as de depressão, referentes aos últimos 14 dias, revelaram contradições. Quanto à ansiedade, 48% da amostra (25 participantes) refere ter-se sentido nervoso(a)/ ansioso(a), já 64% tem tido dificuldade, em parar de se preocupar com as tarefas. Nas questões relativas à depressão, 60% tem sentido menos satisfação em fazer tarefas que outrora lhe davam prazer, e quando questionados diretamente se se tem sentido mais em baixo ou deprimido(a), 58% dos inquiridos afirma que não. A análise qualitativa do distress demonstra que 8 intervenientes no estudo (32%) foram classificados com um grau de “muito stress”. Há uma divisão de opiniões relativamente à proporção futura de tarefas presenciais e não presenciais, não tendo nenhum interveniente no estudo colocado como hipótese um regime pressupondo a mesma proporção de tarefas presenciais e não presenciais. Admite-se a utilidade da Inteligência Artificial (IA) na prática médica futura, a importância da criação de um sistema informático uniforme na saúde e acredita-se numa “Pandemia da Doença Mental” no seguimento daquela que ainda vivemos.Discussão: As contradições podem-se explicar com o facto de os médicos não estarem consciencializados do seu estado emocional, ou estão, e reprimem como mecanismo de coping ao stress. É também possível existir confusão com os conceitos de ansiedade e stress, sendo igualmente plausível que os médicos considerem estar desanimados, sem existir um diagnóstico de depressão estabelecido. Acredita-se ser essencial o estabelecimento de um horário fixo para tarefas presenciais e outro para não presenciais, para evitar o burnout. Para dar resposta aos crescentes problemas do foro mental, é essencial o estabelecimento de um horário fixo para a presença de um psicólogo, nas USF, para servir utentes e médicos. IA não é descartada Conclusão: Verificaram-se importantes características de ansiedade e depressão bem como que 32% dos respondentes foram classificados como “muito distress”. Em relação ao modo como a pandemia vai influenciar o modo de funcionamento das consultas foi dada abertura à possibilidade de uso de outros meios de comunicação, não ficando claro se os médicos acreditam num regime de consultas misto. Irão ser abordadas mais temáticas do foro emocional e a tecnologia será importante para a diminuição de burocracias, permitindo maior proximidade com o utente. Foi também proposta uma plataforma uniforme de saúde não sendo descartada a ajuda da IA no dia-a-dia, tendo ainda de ser trabalhadas determinadas questões éticas.
Introduction: How the COVID 19 pandemic will influence the future practice of the GP/FM in the future is a not yet studied topic in the environment of those who also have the responsibility of tutoring medicine students in a practical context at the Faculty of Medicine of the University of Coimbra. What other forms of consultation than face-to-face and how technology will influence practice? What marks the pandemic will leave on these GP/FM tutors and how do they consider the impact of the pandemic on quality of life and distress are subjects that have not yet been studied.Objective: To track anxiety, depression and psychological distress among GP/FM physicians tutoring students at the Faculty of Medicine of the University of Coimbra. Also, to understand how the influence of technology on medical consultation and its practice will interfere with them and with their professional roles.Materials and methods: A cross-sectional, quali-quantitative observational study was carried out through an online application of an adapted PHQ-4 questionnaire, and the scores resulting from the questionnaire were later added to assess distress. Then, three short-answer questions (max.10 words) were asked about how the doctor thought the pandemic will influence medical practice/consultations, and how technology can be used to help.Results: In the PHQ-4 questionnaire, both anxiety and depression questions, referring to the last 14 days, revealed contradictions. As for anxiety, 48% of the sample (25 participants) reported feeling nervous/anxious, while 64% had difficulty in stopping worrying about tasks. In the questions related to depression, 60% felt less satisfaction in doing tasks that once gave them pleasure, and when asked if they had been feeling more down or depressed, 58% responded no. The qualitative analysis of distress shows that 8 participants in the study (32%) were classified as having “high distress”. There is a division of opinion regarding the future proportion of face-to-face and non-face-to-face clinical appointments, no respondents hypothesizing a regimen assuming the same proportion of face-to-face and remote consultations. The usefulness of Artificial Intelligence in future medical practice was signalized, the importance of creating a standard health-records system was talked about and a “Mental Disease Pandemic” was believed to follow the one we are still experiencing.Discussion: Doctors were not aware of their emotional state, or they are so and they repress it as a coping mechanism. There was a probable confusion with the concepts of anxiety and stress, doctors considering themselves to be distressed, without an established diagnosis of depression. Establishing a fixed schedule for face-to-face tasks and another for non-face-to-face tasks was considered essential to avoid burnout. In order to respond to the growing mental problems, a fixed psychologist schedule working in Primary Health Care would be helpful for patients and GP/FM doctors. AI importance was not postponed. Conclusion: Modified PHQ-4 questionnaire appliance allowed to verify a contradiction regarding the presence of anxiety and depression, distress, particularly “very distressed” showing a 32% prevalence. For consultations the possibility of using other means of communication was opened, and it was not clear whether doctors believed in a mixed regimen. More emotional topics will be addressed, and technology will be important to reduce bureaucracy, and allow greater proximity with the patients. A standard e.health-records system was also proposed, and AI in everyday life was not ruled out, and certain ethical issues still have to be worked out.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102266
Rights: openAccess
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