Parkinson's disease: a link between systems.

Abstract

Abstract:The way sporadic Parkinson's disease (PD) is perceived has undergone drastic changes in recent decades. Previously it was a reductive synonym for motor disorders associated with it. Today, with the appreciation of non-motor symptoms (NMS) and inherent pathological processes, there is a greater understanding of the involvement of other organ systems. For this reason, PD is increasingly seen as a multiorgan pathology that arises from the interaction of a susceptible individual with a challenging environment during the decline of the patient's performance status due to aging.The identification of several risk factors (RF) and the hypothesis that PD has a gastrointestinal (GI) onset sheds light on the pathophysiological processes behind the pathology. The association of these processes between different systems puts emphasis on a systemic proinflammatory microenvironment in the Parkinson's patient. This pro-inflammatory state acts synergistically with inflammaging, contributing to PD development, predominantly in the elderly. This subclinical chronic inflammatory state contributes to the disruption of biological mechanical barriers, such as the intestinal barrier comprised by the GI epithelium and the endothelial cells of the Blood-Brain Barrier (BBB), which ultimately allows the progression and development of the disease.Prodromal pathological processes’ knowledge may, in the future, allow biomarkers’ identification and establishment of PD risk scores for early diagnosis. This knowledge also paves the way for the discovery of new therapeutic targets.Thus, the aim of this review is to present the Parkinson's patient in a complete perspective, highlighting the possible pathophysiological events that precede dopaminergic neuronal loss and the development of motor symptoms, as well as the communication and disruption of gut-brain barriers during the propagation of these events.

Resumo:A forma como a Doença de Parkinson (DP) esporádica é percepcionada tem sofrido mudanças drásticas nas últimas décadas. Anteriormente era um sinónimo redutor dos distúrbios motores que lhe estão associados. Actualmente com a valorização dos sintomas não motores (SNM) e processos patológicos inerentes, existe uma maior compreensão do envolvimento de outros Sistemas orgânicos. Por esta razão, a DP é vista cada vez mais como uma patologia multiorgânica que surge da interacção dum individuo susceptível com um meio desafiante, durante o declínio de status performance do doente, por envelhecimento do mesmo.A identificação de vários factores de risco (FR) e a hipótese de que a DP tem um início gastro intestinal (GI) trazem luz aos processos fisiopatológicos por detrás da patologia. A migração e comunicação destes processos entre os diferentes sistemas, coloca enfase num microambiente proinflamatório sistémico do doente de Parkinson. Este estado pro-inflamatório é sinérgico com o estado de inflammaging, sendo por isso, plausível que a DP seja uma patologia predominantemente do idoso. Por sua vez, este estado inflamatório crónico subclínico contribui para a disrupção de barreiras mecânicas biológicas como o epitélio GI e as células endoteliais da Barreira Hematoencefálica (BHE), o que em última analise permite a progressão e desenvolvimento da patologia.O conhecimento dos processos patológicos prodrómicos poderá, no futuro, permitir a identificação de biomarcadores e estabelecimento de scores de risco de DP para um diagnóstico precoce. Este conhecimento, por sua vez, abre também caminho à descoberta de novos alvos terapêuticos.Deste modo, o objectivo desta revisão é apresentar o doente de Parkinson numa perspectiva holística, colocando em evidência os possíveis eventos fisiopatológicos que antecedem o desenvolvimento da sintomatologia motora, bem como a comunicação e disrupção de barreiras mecânicas biológicas durante a propagação destes mesmos eventos.