Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/97772
Title: Síndrome de ativação mastocitária
Other Titles: Mast cell activation syndrome
Authors: Martins, Ana Rita Ferreira
Orientador: Pereira, António Celso Dias Pais
Carrapatoso, Isabel
Keywords: Mastócitos; Mastocitose; Triptase; Anafilaxia; Osteoporose; Mast Cells; Mastocytosis; Tryptase; Anaphylaxis; Osteoporosis
Issue Date: 23-Jun-2020
Serial title, monograph or event: Síndrome de ativação mastocitária
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Identificados em 1878 por Paul Ehrlich, os mastócitos são células multifuncionais complexas e um elemento-chave do sistema imunitário. A ativação mastocitária, embora comum e possivelmente necessária para a manutenção da sobrevivência, associa-se a inúmeros processos patológicos, encontrados com frequência na prática médica. A síndrome de ativação mastocitária inclui um grupo heterogéneo de doenças e descreve uma constelação de sintomas sistémicos graves, secundários à libertação de mediadores vasoativos e inflamatórios pelos mastócitos ativados. Para que a síndrome de ativação mastocitária seja considerada, ter-se-ão de reunir três critérios diagnósticos: presença de sintomas sistémicos recorrentes e consistentes com a ativação mastocitária; envolvimento documentado dos mastócitos por estudos bioquímicos; e resposta apropriada a tratamentos que tenham como alvo os mastócitos e/ou os mediadores mastocitários. Atualmente, o biomarcador mais específico de ativação mastocitária é a triptase. Uma vez definida, esta entidade pode ser dividida em primária, secundária ou idiopática. Na variante primária (clonal), existe uma mutação ao nível das células progenitoras, o que leva a uma produção anormal de mastócitos, em termos qualitativos e/ou quantitativos. Incluem-se aqui dois subgrupos: a mastocitose e a síndrome de ativação mastocitária monoclonal. Na variante secundária (não clonal), os mastócitos são normalmente produzidos na medula óssea, mas ocorre uma ativação reativa desencadeada por processos mediados por imunoglobulina E ou por outros mecanismos. Em alguns doentes, porém, não é encontrada uma causa clara para os episódios, surgindo a designação idiopática. A caracterização diagnóstica é fundamental para discriminar com precisão o tipo e estadiamento da síndrome, tendo óbvias implicações no plano terapêutico a adotar. O tratamento deve, pois, ser personalizado, e integrar medidas gerais (evicção de desencadeantes), bem como farmacológicas, ajustadas a cada situação clínica. Abordam-se os grupos de fármacos preconizados e o algoritmo terapêutico. Com base numa revisão exaustiva da literatura, o presente trabalho pretende elencar os aspetos clínicos, diagnósticos e terapêuticos deste distúrbio relativamente incomum e mal caracterizado. Paralelamente, pretende-se sensibilizar os profissionais de saúde para esta síndrome, o que possibilitará um diagnóstico mais precoce e um enquadramento clínico mais ajustado, bem como encorajar novas linhas de investigação.
Identified by Paul Ehrlich in 1878, mast cells are complex multifunctional cells and a key component of immune system. Mast cell activation, although common and possibly necessary for maintenance of survival, is associated with several pathological processes that are frequently seen in clinical practice. Mast cell activation syndrome includes a heterogeneous group of disorders and designates a constellation of severe systemic symptoms, secondary to the release of vasoactive and inflammatory mediators by activated mast cells. It is important to satisfy all three diagnostic criteria before concluding that a given patient suffers from mast cell activation syndrome: presence of recurrent systemic symptoms consistent with mast cell activation; documented participation of mast cells by biochemical studies; and appropriate response to medications targeting mast cells and/or mast cell mediators. Currently, the most specific biomarker of mast cell activation is tryptase. Once defined, this syndrome must be divided into primary, secondary or idiopathic. In the primary (clonal) entity, there is a mutation of the progenitor cells, which leads to an abnormal production of mast cells, in qualitative and/or quantitative terms. Two subgroups are described here: mastocytosis and monoclonal mast cell activation syndrome. In the secondary (nonclonal) entity, mast cells are normally produced in the bone marrow, but reactive activation occurs by immunoglobulin E mediated processes or by other mechanisms. In some patients, however, no clear cause for the mast cell activation episodes is found. These patients are termed to have idiopathic mast cell activation syndrome. A diagnostic characterization is essential to accurately discriminate these patients, with obvious implications for the therapeutic plan to be adopted. Treatment approach must be individualized and integrates general measures (avoidance of triggers), as well as pharmacological measures adjusted to each clinical situation. Groups of recommended drugs and therapeutic algorithm are addressed in this paper. Based on an exhaustive literature review, the present work intends to list the clinical, diagnostic and therapeutic aspects of this relatively unusual and poorly characterized disorder. At the same time, it is intended to make health professionals aware of this syndrome, which will enable an earlier diagnosis and a more adjusted clinical framework, as well as encourage new lines of research.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/97772
Rights: embargoedAccess
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