Risk Factors for Post-Kidney Transplantation Diabetes Mellitus: a systematic review

Abstract

A Diabetes Mellitus Pós-Transplante Renal é uma complicação comum da transplantação renal com um impacto importante no prognóstico do doente. Como a fisiopatologia da Diabetes Mellitus Pós-Transplante Renal não é totalmente conhecida, torna-se essencial a caracterização de fatores de risco para prevenir, gerir e estabelecer terapias alvo futuras desta doença. Os nossos objetivos eram descrever novos fatores de risco de Diabetes Mellitus Pós-Transplante Renal, nos últimos 5 anos e, procurar atualizações relativas aos fatores descritos nas Guidelines Internacionais de 2003.Para a realização desta revisão sistemática, pesquisámos na base de dados Pubmed entre 1 de janeiro de 2015 e 1 de janeiro de 2020, selecionando 21 artigos para análise quantitativa, alcançando no total 9571 transplantados. Como resultados da nossa revisão, associámos idades mais avançadas, alterações da glicémia pré e pós transplante, história familiar de diabetes mellitus e dislipidemia, a risco aumento de Diabetes Mellitus Pós-Transplante Renal. Excesso de peso também parece ser um fator de risco para Diabetes Mellitus Pós-Transplante Renal, mas novas formas de avaliação deste parâmetro são precisas para criar uma associação mais forte. Apesar de controverso, a hipomagnesémia, a deficiência de 25-hidroxivitamina D, episódios de rejeição aguda e níveis mais elevados de proteinúria também podem ter um papel na Diabetes Mellitus Pós-Transplante Renal. Verificámos, igualmente, que determinadas terapias imunossupressoras como o uso de esteroides, tacrolimus ou sirolimus são altamente diabetogénicas. No caso do tacrolimus, novos métodos de monitorização e determinados estudos genéticos podem otimizar a sua utilização. Na nossa revisão, apresentamos novas perspetivas e alvos terapêuticos baseados na proproteína sérica convertase subtilisina/kexina tipo 9 e em enzimas do Citocromo P450.A identificação de fatores de risco através de uma anamnese completa e de follow-ups pré e pós-transplante permitem um melhor prognóstico do enxerto e do doente. Além disso, estudos genéticos estão a tornar-se ferramentas fundamentais na gestão de terapias imunossupressoras e na seleção de candidatos a transplante renal.

Post-Kidney Transplantation Diabetes Mellitus is a common complication of kidney transplantation that has a serious impact on the patient prognosis. As the pathophysiology of PTDM is not fully understood, becomes essential to characterize potential risk factors to prevent, wisely manage and establish future target therapies to this condition.Our goals were to describe new risk factors for Post-Kidney Transplantation Diabetes Mellitus, in the last five years, and search for updates on those previously described in 2003 International Consensus Guidelines.In order to write this systematic review, we searched on PubMed database from 1st of January 2015 to the 1st of January 2020 and we selected 21 articles for qualitative synthesis with an overall of 9571 patients.As results of our review, we associated older age, abnormal glucose levels before and right after Kidney Transplantation, family history of Diabetes Mellitus and dyslipidemia to increased risk of Post-Kidney Transplantation Diabetes Mellitus. Overweight also seems to be a risk factor for Post-Kidney Transplantation Diabetes Mellitus but new ways of measuring this parameter are required to create a stronger association. Still controversial, Hypomagnesemia, 25 hydroxyvitamin D deficiency, acute rejection episodes and proteinuria levels seem to play a role in PTDM. We also verified that some immunosuppression therapies such as steroids, tacrolimus and sirolimus are highly diabetogenic. In tacrolimus case, new monitoring methods and genetic studies can optimize its use. In our review, we present new perspectives of therapeutic targets based on Serum proprotein convertase subtilisin/kexin type 9 and Cytochrome P450 enzymes. The acknowledge of risk factors through a complete anamnesis and a careful pre-and post-transplantation follow up can improve the graft and the patient prognosis. Besides, genetic studies are becoming fundamental tools in management of immunosuppressive therapies and selection of kidney transplant candidates.