Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/97750
Title: Jejum e Morbimortalidade
Other Titles: Fasting on Morbidity and Mortality
Authors: Silva, Duarte Nuno Rodrigues da
Orientador: Silva, Inês Rosendo Carvalho e
Keywords: Jejum; Envelhecimento; Longevidade; Morbilidade; Saúde; Fasting; Aging; Morbidity; Longevity; Health
Issue Date: 23-Mar-2020
Serial title, monograph or event: Jejum e Morbimortalidade
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: O aumento da Esperança de Vida à Nascença (EVN) é indissociável do aumento da prevalência das co-morbilidades associadas ao envelhecimento, constituindo estas um desafio à nossa prática clínica. O uso do jejum está na ordem do dia, pois esta prática diz-se associada ao aumento da expectativa de vida útil. Procuramos assim, de forma não invasiva, estudar os hábitos de jejum de uma população idosa em três alturas da vida e relacioná-los com o tempo que já ultrapassaram a sua EVN, e o seu perfil de doenças cardiovasculares, neurodegerativas e oncológicas.Realizou-se um estudo exploratório observacional retrospetivo e multicêntrico, em 11 unidades de cuidados primários, aplicando-se um questionário a pessoas com ≥65 anos. Os dados foram analisados no programa SPSS®22.0, usando estatística descritiva e inferencial, com testes não paramétricos.De 161 questionários, cumpriram os critérios de inclusão 153. A média de idades foi 75,52 anos e, em média, ultrapassaram 25,70 anos a EVN. Na atualidade, a mediana de horas de jejum noturno praticado foi 12h30, e tanto aos 50 como aos 20 anos foi reportada uma mediana de 11h30. Os indivíduos mais velhos e com mais anos após a EVN são os que praticam hoje mais jejum, como praticavam aos 50, mas menos aos 20, (p>0.05). A prevalência das doenças estudadas foi tendencialmente menor em quem praticou ≥12 horas de jejum em pelo menos alguma das fazes da vida, relativamente a quem nunca o fez. Verificou-se idade mais tardia no diagnóstico de neoplasias relacionada com praticar jejum em todas as fases da vida, em relação a quem não o fez (p=0,039).Este estudo tem como vantagem ser original ao estudar o jejum numa população idosa, com diversas doenças crónicas, relacionando-as com este padrão alimentar, usando-as como marcador indireto da longevidade funcional. No entanto, contamos com o viés de memória e não foram eliminadas variáveis de confundimento, nem estudada a real longevidade que careceria de estudos prospetivos nesta área. Em relação aos resultados, encontramos também dados paradoxais em roedores na sua longevidade consoante o período da vida em que fazem jejum: sendo benéfico em adultos e prejudicial nos ratos jovens. No caso deste estudo, os idosos podem ter, entretanto, adquirido melhores hábitos alimentares por terem sido diagnosticados com as doenças estudadas. Futuramente, prolongar o jejum noturno poderá constituir uma prescrição de envelhecimento saudável, vantajosa na sustentabilidade social e economia da saúde, recomendação que carece de mais estudos nesta área, aprofundando esta ideia.
Increase in Life Expectancy (LE) is inseparable of increase in prevalence of the comorbidities associated with aging, and that becomes a challenge to our clinical practice. Fasting is on our agenda, since his practice seems to be associated with an increased life expectancy. Thus, we seek, in a non-invasive way, to study fasting habits of an elderly population at three periods of their life and to relate them to the time they already have exceeded their LE, as well as their cardiovascular profile, and neurodegenerative and oncological diseases.We perform an exploratory retrospective observational and multicentre study, in 11 primary care centres, a questionnaire was applied to aged ≥65 years people. Collected data were analysed using SPSS®22.0, with descriptive and inferential statistics, by non-parametric tests.Of 161 questionnaires, 153 responses met the inclusion criteria. Mean age of participants was 75.52 years, and on average they exceeded LE in 25.70 years. Currently, the median hours of overnight fasting practiced was 12:30, and both at 50 and 20 years old a median of 11:30 hrs were reported. Older people, with more years after LE are those who practice fasting today, as they practiced when they were 50, but did it less when they were 20, (p> 0.05). The studied diseases prevalence tended to be lower in those who practiced fasting ≥12 hours in at least one stage of life, compared to those who never did. There was a more advanced age in diagnosis of neoplasia related to fasting in all stages of life, in relation to those who did not (p = 0.039).The originality of this study was to study fasting in an elderly population and, as advantage, we could relate their typical chronic diseases directly to this dietary pattern, and still work as an indirect marker of functional longevity. However, we don't forget memory bias and confounding variables, such as hours of sleep or physical activity. In relation to our results, we also found paradoxical data in longevity of rodents depending on the period of life in which they fast: being beneficial in adults and harmful in young rats. In this study, we hypothise elderly people may have in the meantime acquired better eating habits, since they were diagnosed with the studied diseases. In the future, extending overnight fast may become a prescription for healthy aging, useful for a sustainable health care system, which requires prospective studies supporting this idea.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/97750
Rights: openAccess
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