Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/97648
Title: Um modelo organizacional mais avançado nos Cuidados de Saúde Primários significa melhor prevenção?
Other Titles: Does a more advanced organizational model in Primary Health Care mean better prevention?
Authors: Lopes, Joana Filipa Mendes
Orientador: Simões, José Augusto Rodrigues
Santiago, Luiz Miguel de Mendonça Soares
Keywords: rastreio oncológico; cancro do colo do útero; cancro da mama; indicadores básicos de saúde; cuidados de saúde primários; cancer screening; cervical cancer; breast cancer; basic health indicators; primary health care
Issue Date: 23-Jan-2020
Serial title, monograph or event: Um modelo organizacional mais avançado nos Cuidados de Saúde Primários significa melhor prevenção?
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Introdução: O cancro da mama e o cancro do colo do útero são ambos rastreáveis e cabe à Medicina Geral e Familiar, no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), assegurar estes programas de rastreio. Colocou-se a hipótese de que a região e o tipo de modelo organizacional das unidades de saúde influenciavam o desempenho dos rastreios mencionados. Para avaliar esta hipótese recorreu-se aos resultados dos indicadores do Bilhete de Identidade dos Cuidados de Saúde Primários (BI CSP).Material e Métodos: Estudo observacional dos resultados dos indicadores número 44, proporção de mulheres com registo de mamografia nos últimos dois anos no intervalo [50, 70[ anos e 45, proporção de mulheres com rastreio do cancro do colo do útero efetuado com idades compreendidas no intervalo [25, 60[ anos, do BI CSP. A base de dados é constituída pelo valor médio de cada indicador por Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS), o valor médio referente a cada Administração Regional de Saúde (ARS), o valor da média nacional e ainda os valores dos resultados de cada indicador para cada unidade de saúde de cada ACeS aleatorizados (570 unidades) que estavam disponíveis online na plataforma do BI CSP em 31 de dezembro de 2018.Resultados: Verificaram-se diferenças entre ARS para ambos os indicadores. Em relação ao indicador 44, p<0,001, de acordo com os valores extraídos da plataforma online, com melhor média de desempenho está a ARS Centro e em último o Algarve (58,59 vs 29,24). O mesmo foi verificado nos nossos cálculos da média do indicador 44 a partir da amostra das 570 unidades, com 62,95±14,82 para a ARS Centro e 19,17±9,45 para o Algarve, p <0,001.Para o indicador 45, verificou-se de novo diferença entre Regiões de Saúde, p<0,001, sendo a região com melhor média de desempenho o Alentejo, e o Algarve a de pior (59,19 vs 22,43), de acordo com os valores extraídos da plataforma. Nos nossos cálculos da média do indicador 45 a partir da amostra de 570 unidades é a região Norte que ocupa o pódio com 56,88±13,67 e em último a região Algarvia com 30,62±17,4, p<0,001. Das 570 unidades de saúde sorteadas para estudo, 233 (40,9%) correspondem a Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, 198 (34,70%) a Unidades de Saúde Familiar Modelo A (USF-A) e 139 (24,40%) a Unidades de Saúde Familiar Modelo B (USF-B). Verificou-se diferença significativa entre os desempenhos para ambos os indicadores. O modelo USF-B revelou o melhor desempenho e a UCSP o pior para ambos os indicadores: Indicador 44, p<0,001, UCSP 47,85±19,98 vs USF-B 62,91±14,82 e para o indicador 45 p<0,001, UCSP 37,15±15,58 vs USF-B 61,12±7,90. No geral, o modelo USF apresenta melhores resultados que o modelo UCSP para ambos os indicadores: Indicador 44, p<0,001, UCSP 47,85±19,98 vs USF 60,95± 15,33 e Indicador 45, p<0,001, UCSP 37,15±15,58 vs 54,90±12,27.Discussão: A região influencia claramente o desempenho dos indicadores. Importa perceber em que aspetos e fomentar estratégias de promoção de coesão territorial. Como esperado um modelo organizacional mais avançado associa-se a um melhor desempenho dos programas de rastreio estudados. No entanto, se atentarmos nos desvios padrões calculados percebemos que apesar de diferença significativa existem ainda resultados, para ambos os indicadores, comuns a todas as regiões e modelos organizacionais, pelo que subentendemos que existem mais fatores a influenciar o desempenho do rastreio oncológico ginecológico. Conclusões: A região e o tipo de modelo organizacional das unidades de saúde influenciaram o desempenho dos rastreios ginecológicos em 2018.
Introduction: Breast and cervical cancer are both possible to screen and belong to general practice/family medicine in the context of primary health care to ensure these screening programs. We hypothesized that region and type of organizational model of health units influenced the performance of the mentioned screening. To evaluate this hypothesis we used the results of indicators from Primary Health Care Identity Card (BI CSP).Materials and Methods: Observational study of the results of indicators number 44, proportion of women with registered mammography in the last two years in the interval [50, 70 [years and 45, proportion of women with cervical cancer screening performed in the interval [25 , 60[ years old, from BI CSP. The database consists of the mean value of each indicator by Health Center Groups (ACeS), the mean value of each Regional Health Administration (ARS ),the value of the national mean and the result of each indicator. for each health unit of each randomized ACeS (570 units) that were available online on the BI CSP platform on december 31, 2018.Results: Differences between ARS were found for both indicators. For indicator 44, p <0.001, according to the values extracted from the online platform with the best mean performance is ARS Centro and lastly the Algarve (58.59 vs 29.24). The same was found in our calculations of the mean of indicator 44 from the sample of 570 units, with 62.95 ± 14.82 for ARS Centro and 19.17 ± 9.45 for the Algarve, p <0.001. For indicator 45, there was again a difference between Health Regions, p <0.001, the region with the best mean performance was Alentejo, and Algarve with the worst (59.19 vs 22.43), according to the values extracted from the platform. In our calculations of the mean of indicator 45 from the sample of 570 units is the northern region that occupies the podium with 56.88 ± 13.67 and lastly the Algarve region with 30.62 ± 17.4, p <0.001. Of the 570 health units selected for the study, 233 (40.9%) correspond to Personalized Health Care Units (UCSP), 198 (34.70%) to Model A Family Health Units (USF-A) and 139 (24.40). %) to Model B Family Health Units (USF-B). There was a significant difference between performances for both indicators. The USF-B model showed the best performance and the UCSP the worst for both indicators: Indicator 44, p <0.001, UCSP 47.85 ± 19.98 vs USF-B 62.91 ± 14.82 and for indicator 45, p <0.001, UCSP 37.15 ± 15.58 vs USF-B 61.12 ± 7.90. Overall, the USF model has better results than the UCSP model for both indicators: Indicator 44, p <0.001, UCSP 47.85 ± 19.98 vs USF 60.95 ± 15.33 and Indicator 45, p <0.001, UCSP 37.15 ± 15.58 vs 54.90 ± 12.27.Discussion: The region clearly influences the performance of the indicators. It is important to understand in what respects and to promote strategies to promote territorial cohesion. As expected, a more advanced organizational model is associated with better performance of the screening programs studied. However, if we look at the standard deviations previously calculated, despite significant differences, we realized there are still results for both indicators, common to all regions and organizational models, and we understand there are more factors influencing the performance of gynecological cancer screening.Conclusions: The region and the type of organizational model of health units influenced the performance of gynecological screening in 2018.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/97648
Rights: closedAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat Login
Trabalho Final MIM - Joana Lopes.pdf953.35 kBAdobe PDF    Request a copy
Show full item record

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons