Magnetic Resonance Spectroscopy in Pseudoprogression Of Brain Tumors: A Review

Abstract

A imagem por ressonância magnética (MRI) tem um papel importante no diagnóstico e follow-up de tumores cerebrais. A imagem por ressonância magnética baseia-se na interação entre um campo magnético externo e os átomos com número de massa ímpar. Na espetroscopia por ressonância magnética, uma modalidade da MRI, é possível obter espectros de metabolitos de tecidos. Em tumores cerebrais, os espectros obtidos apresentam elevação dos picos de colina, N-acetil aspartato e pico baixo de creatina. Quando um doente é diagnosticado com um tumor cerebral, o tratamento standard é a remoção cirúrgica, se possível, radioterapia e quimioterapia. Durante o follow-up, as imagens obtidas podem mostras características de recorrência tumoral sem efetiva progressão tumoral. A este fenómeno dá-se o nome de pseudoprogressão tumoral. Têm sido desenvolvidos critérios para avaliar a resposta ao tratamento do tumor cerebral baseados em imagens de ressonância magnética. Em alguns casos, as imagens por ressonância magnética não permitem a distinção adequada entre progressão tumoral e pseudoprogressão tumoral. A espetroscopia por ressonância magnética apresenta uma alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico de recorrência tumoral ou na pseudoprogressão tumoral. No entanto, não existem protocolos definidos para o uso desta técnica, é uma técnica exigente e não existem concentrações de metabolitos estabelecidos. A espetroscopia por ressonância magnética poderá ser útil em neuro-oncologia principalmente em associação com outras técnicas de ressonância magnética avançadas e com protocolos estabelecidos.

Magnetic Resonance Imaging (MRI) has an important role in diagnosis and follow-up of brain tumours. Magnetic Resonance Imaging is based on the interaction between an external magnetic field and atoms with odd atomic mass number. Magnetic resonance imaging encompass several advanced techniques, being Magnetic resonance spectroscopy one of them. In Magnetic Resonance Spectroscopy (MRS), a modality of Magnetic Resonance Imaging, spectra of metabolites of tissues are obtained. In brain tumours, the spectra usually present elevation of choline, low N-acetyl-aspartate and low creatine. When a patient is diagnosed with a brain tumour, the standard treatment is surgical resection, as possible, radiotherapy and chemotherapy. During follow-up, scans can show features of tumour recurrence without true tumour progression. Such changes resembling true tumour recurrence are referred as pseudoprogression. Criteria have been developed to assess treatment response based on Magnetic Resonance Imaging scans. In some cases, standard Magnetic Resonance Imaging cannot differentiate adequately tumour recurrence from pseudoprogression. Magnetic resonance spectroscopy shows high sensitivity and specificity in the diagnosis of recurrence or pseudoprogression, but imaging protocols are not established. It is also technically demanding and there are no established metabolite ratios fot the time being. Magnetic resonance spectroscopy can be a useful technique in neuro-oncology, especially inassociation with other advanced Magnetic Resonance Imaging techniques once imaging protocols are established.