Recovery in First-Episode Psychosis: a network analysis of clinical and personal recovery, antipsychotics adherence and recovery support

Abstract

Objetivo: O conhecimento acerca da relação entre a recuperação clínica e pessoal num primeiro episódio psicótico é escasso. Network analysis é uma abordagem útil para explorar interações complexas entre variáveis associadas com diferentes dimensões da recuperação e a experiência dos doentes com os cuidados clínicos. Métodos: Este estudo utilizou a network analysis para examinar as inter-relações entre um amplo conjunto de variáveis, abrangendo psicopatologia, funcionalidade, recuperação pessoal, adesão à medicação antipsicótica e apoio à recuperação em 49 doentes adultos com um primeiro episódio psicótico e acompanhados em regime de ambulatório por uma equipa de intervenção precoce na psicose. O Graphical Least Absolute Shrinkage and Selection Operator combinado com o modelo de seleção extended Bayesian information criterion foram utilizados para a construção da rede. A importância de nodos individuais na rede gerada foi quantificada com análises de centralidade. Resultados: Do número total de doentes, 37 sujeitos (75,5%) foram considerados em remissão sintomática e 24 participantes (49,0%) atingiram critérios de recuperação clínica. A média e o desvio-padrão das pontuações da Hope, Agency and Opportunity foi 11,9 (2,6). A recuperação pessoal e a funcionalidade não estavam diretamente relacionadas. A relação com os profissionais de saúde mental obteve o papel mais central e teve as associações mais fortes com as variáveis da rede, como indexado pela node strength. Verificaram-se associações importantes entre a experiência dos doentes sobre a relação terapêutica, o apoio à recuperação e as atitudes e crenças acerca da medicação antipsicótica. Os nodos relativos aos sintomas, e.g. delírios, alucinações e embotamento afetivo, também tiveram um papel central na rede. Conclusões: A perspetiva dos doentes com um primeiro episódio psicótico acerca das relações com os profissionais de saúde mental assume um papel essencial para o sucesso do tratamento. Considerar a experiência de recuperação dos doentes é crucial para melhorar os serviços de intervenção precoce na psicose.

Aim: Knowledge of the interplay between clinical and personal recovery in first-episode psychosis is scarce. Network analysis is a data-driven approach useful to explore the complex interactions among variables associated with different dimensions of recovery and patient experiences with clinical care. Methods: This study employed network analysis to examine inter-relationships among a wide array of variables encompassing psychopathology, functionality, personal recovery, antipsychotics adherence and recovery support in 49 adult first-episode psychosis patients in an early psychosis outpatient unit. Graphical Least Absolute Shrinkage and Selection Operator combined with extended Bayesian information criterion model selection were used for network construction. Importance of individual nodes in a generated network was quantified by centrality analyses. Results: Using broad cross-sectional criteria, 37 subjects (75.5%) were considered in symptomatic remission and 24 participants (49.0%) achieved criteria for clinical recovery. The mean and standard deviation of Hope, Agency and Opportunity scores was 11.9 (2.6). Personal recovery and functionality were not directly related. Relationship with mental health workers played the most central role and had the strongest associations with other variables of the network, as indexed by node strength. There were important associations between patients’ experience of the therapeutic relationship, recovery support and the attitudes and beliefs about antipsychotic medication. Symptom nodes, e.g. delusions, hallucinations and blunted affect, also played a central role in the network. Conclusions: First-episode psychosis patients’ perspective of the relationship with mental health professionals has a pivotal role to the success of treatment. Considering the patients’ recovery experience is crucial to improve early intervention in psychosis services.