Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/89706
Title: Indução da Prescrição: a perspetiva técnica e populacional
Other Titles: Prescription's Induction: technical and populacional awareness
Authors: Postiga, André Filipe Marques
Orientador: Santiago, Luiz Miguel de Mendonça Soares
Keywords: Fármacos;; Multimorbilidade;; Prescrição;; Polifarmacoterapia;; Drugs;; Multimorbidity;; Prescription;; Polypharmacy;
Issue Date: 15-Mar-2019
Serial title, monograph or event: Indução da Prescrição: a perspetiva técnica e populacional
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Introdução: A polifarmacoterapia é um problema cada vez mais prevalente na população e com tendência para vir a aumentar ainda mais nos próximos anos. O consumo de vários fármacos em simultâneo pode estar indicado e ser adequado em alguns doentes, mas é também causa de iatrogenia e efeitos adversos.Objetivos: Pretendeu-se estudar e comparar a perspetiva técnica (médicos e farmacêuticos) e a populacional sobre a indução da terapêutica farmacológica.Material/métodos: Aplicou-se um questionário a utilizadores de cuidados de saúde em que estes indicavam a abordagem preferida perante um novo problema de saúde e o mesmo questionário a profissionais, médicos e farmacêuticos de oficina, em que estes indicaram não só como preferiam tratar, mas também qual julgavam ser a preferência dos doentes. Foi realizada estatística descritiva e inferencial adequadas.Resultados: Amostra de conveniência de 253 utilizadores de cuidados de saúde e de 252 profissionais. Os utilizadores de cuidados de saúde, estando doentes ou não, indicam que a sua preferência é ser tratados com fármacos apenas a longo prazo (41,1%), quando for seguramente necessário. Os profissionais afirmam que preferem tratar com fármacos também só a longo prazo (65,9%) mas julgam que os doentes preferem prescrição farmacológica imediata (66,3%).Discussão: Os dados indicam que doentes e profissionais concordam em retardar o início do tratamento farmacológico quando existem dúvidas ou quando este não é mandatório. Por outro lado, os profissionais pensam que a preferência dos doentes é, quando procuram ajuda profissional, serem tratados com fármacos de imediato. Esta aparente dessintonia pode originar sobre-medicalização. Mais trabalhos são necessários para perceber o impacto da formação técnica e da informação em geral ao público para poder contornar este problema que até a medicação de venda livre pode incrementar.Conclusão: Os profissionais de saúde têm a noção de que os doentes, perante um novo problema de saúde, preferem ser tratados de imediato com fármacos o que parece não corresponder à noção mais frequentemente expressa por doentes.
Introduction: The excessive consumption of drugs, and polypharmacy, are a serious and relevant problem. Its prevalence has been increasing and will increased more in the future. Drug sales, and medicines use, have been continuously rising on the last few years. In some patients, polypharmacy might be indicated, namely in the multimorbidity context, but it is associated with higher expenses, side effects and worse health outcomes.Objectives: With this work, we intended to study and compare the technical (doctors and pharmacists) and population perspective regarding pharmacological treatment induction. Material/Methods: We applied a questionnaire to patients in which they could indicate their preferred approach facing a new health issue and the same questionnaire was applied to professionals, in which they indicated not only their preferred approach to treatment, but also what they thought their patients would prefer. Results: After descriptive and inferential statistical analysis, we observed that patients’ preference is to be only treated with drugs in long term (41.1%), when surely necessary. Professionals also prefer to only treat with drugs in long term (65.9%) but they think patients prefer immediate pharmacological prescription (66.3%). Discussion: Results indicate that patients and professionals agree in postponing the start of pharmacological treatment when there are doubts or it is not mandatory. On the other hand, healthcare professionals think that patients prefer to be immediately treated with drugs when they search for specialized care. This disagreement may be due to multiple causes and lead to over-treatment, and later become a possible cause for polypharmacy. More studies are necessary to understand the influence of each patient individual factors, technical formation and general public information, to solve this problem that can even increase over-the-counter medication sales. Conclusion: Professionals consider that patients, facing a new health issue, prefer to be immediately treated with drugs. This does not seem to correspond to the will expressed by the majority of patients. This conclusion deserves to be object of reflection by the medical and pharmaceutical community, in order to optimize future therapies.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/89706
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

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