Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/89705
Title: Insónia, Fatores Psicológicos e Saúde
Other Titles: Insomnia, Psychological Factors and Health
Authors: Pires, Pedro Filipe Pereira da Silva
Orientador: Santos, António João Ferreira de Macedo e
Bos, Sandra Maria Rodrigues de Carvalho
Keywords: Fatores psicológicos; Neuroticismo; Predisposição ao arousal; Trabalho; Insónia; Psychological factors; Neuroticism; Arousal Predisposition; Work; Insomnia
Issue Date: 11-Mar-2019
Serial title, monograph or event: Insónia, Fatores Psicológicos e Saúde
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Introdução: A insónia crónica ou persistente é a perturbação de sono mais comum, afetando cerca de 10% da população, e está entre as mais frequentes perturbações mentais.Objetivo: investigar a associação entre variáveis psicológicas, insónia e saúde numa amostra de trabalhadores com horários laborais regulares.Metodologia: Participaram no estudo transversal 111 funcionários (24-65 anos, 72.1% mulheres) de uma instituição pública. Os trabalhadores, na consulta de rotina do Gabinete de Medicina do Trabalho, preencheram presencialmente ou de forma eletrónica (2015/2016) um conjunto de questionários sobre caraterísticas sociodemográficas, sintomas de insónia e prejuízo diurno associado, pensamentos/emoções relacionadas com o trabalho, neuroticismo, predisposição ao arousal, estados de humor, saúde e bem-estar geral. A insónia crónica foi definida de acordo com os critérios mais recentes da Classificação Internacional das Perturbações de Sono (ICSD-3, AASM, 2014) e a insónia persistente foi definida seguindo os critérios do Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-5, APA, 2013). Os dados foram analisados utilizando o programa de estatística SPSS (versão 23). Realizaram-se análises descritivas, de correlação e de comparação entre grupos independentes.Resultados: O sintoma de insónia mais referido nesta população foi insónia de manutenção (ICSD-3, 34.2%; DSM-5, 23.4%), seguido de insónia terminal (ICSD-3, 24.3%; DSM-5, 18%) e por fim insónia inicial (ICSD-3/DSM-5, 9%). Os sintomas de insónia associaram-se consistentemente com ruminação ou preocupação durante o sono, com a perceção de que o esforço do trabalho não é devidamente recompensado, com níveis mais elevados de ansiedade-tensão e fadiga-inércia, valores mais baixos de vigor-atividade, vitalidade, saúde mental e função social e a perceção subjetiva de pior saúde geral e bem-estar. Em comparação com o grupo que não tinha insónia, os grupos com insónia crónica ou persistente referiram mais frequentemente não conseguir parar de pensar no trabalho à noite, não dormir o suficiente para ter mais tempo para trabalhar, ruminar durante o sono sobre acontecimentos passados ou sobre o que aconteceu durante o dia, preocupar-se durante o sono com as atividades do dia seguinte ou com o futuro, níveis mais elevados de fadiga, neuroticismo e predisposição ao arousal (ativação cognitiva) e níveis inferiores de vitalidade, saúde mental e bem-estar.Discussão: Os resultados do nosso estudo estão de acordo com a literatura que associa o traço de personalidade neuroticismo, a predisposição individual para o arousal e a atividade cognitiva durante o sono com a insónia.Conclusão: Os resultados do presente estudo salientam a importância específica da atividade cognitiva relacionada com o trabalho com a insónia crónica/persistente, a qual por sua vez se associa à vitalidade, saúde mental e bem-estar geral do indivíduo.
Introduction: Chronic or persistent insomnia is the most common sleep disorder, affecting approximately 10% of the population, and is among the most common mental disorders.Aims: to investigate the association between psychological variables, insomnia and health in a sample of employees with regular working hours.Methods: A total of 111 employees (24-65 years, 72.1% female) from a public institution participated in a cross-sectional study. Subjects completed (2015/2016) a booklet of questionnaires about sociodemographic characteristics, insomnia symptoms and associated daytime consequences, work-related thoughts/emotions, neuroticism, arousal predisposition, mood states, health and general well-being, when attending their routine medical consultation at the occupational medicine department. Chronic insomnia was defined according to the most recent criteria of the International Classification of Sleep Disorders (ICSD-3, AASM, 2014) and persistent insomnia was conceptualized following the criteria of the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-5, APA, 2013). Data were analyzed using the SPSS statistical program (version 23). Descriptive, correlation and comparison analyzes between independent groups were performed.Results: The most frequent insomnia symptom reported by employees was middle insomnia (ICSD-3, 34.2%, DSM-5, 23.4%), followed by terminal insomnia (ICSD-3, 24.3%, DSM-5, 18%) and initial insomnia (ICSD-3 / DSM-5, 9%). Symptoms of insomnia were consistently associated with frequent rumination or worry during sleep, with the perception that work effort is not adequately rewarded, with higher levels of anxiety-tension and fatigue-inertia, lower values of vigor -activity, vitality, mental health and social function and subjective perception of poor overall health and well-being. Compared with the non-insomnia group, chronic or persistent insomnia groups reported more often inability to stop thinking about work during sleep, not sleeping enough to have more time to work, ruminating during sleep about past events or over what had happened during the day, worrying during sleep about next day or future activities, higher levels of fatigue, neuroticism and predisposition to arousal (cognitive activation) and lower levels of vitality, mental health and well-being.Discussion: Results of the present study are in agreement with the literature that associates neuroticism, individual predisposition to arousal and cognitive activity during sleep with insomnia.Conclusion: The present study highlights the importance of psychological factors and particularly work-related cognitive activity for chronic or persistent insomnia, which in turn is associated with the individual's vitality, mental health and overall well-being.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/89705
Rights: openAccess
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