Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/87782
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dc.contributor.authorBarbosa, Rogério Lima-
dc.contributor.authorBarsaglini, Reni-
dc.contributor.authorKelly, Susan-
dc.date.accessioned2019-11-06T17:13:44Z-
dc.date.available2019-11-06T17:13:44Z-
dc.date.issued2019-09-26-
dc.identifier.issn1678-4561-
dc.identifier.issn1413-8123-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/87782-
dc.description.abstractNas últimas décadas as publicações em torno das chamadas “doenças raras”, dentro das Ciências Sociais e Humanas, vêm aumentando gradualmente. No entanto, poucos são os trabalhos que voltam a atenção para as pessoas que diretamente convivem, sentem e interpretam a sua própria condição com respectivas repercussões. O cuidado, centrado nas ações de pais/mães ou institucionalizado em associações civis, coloca a pessoa com o diagnóstico como um indivíduo necessitado de ajuda e dependente das ações de outrem. As consequências dessa perspectiva encobrem a dimensão subjetiva, intersubjetiva e organizativa daqueles/as que vivem cotidianamente os sintomas da condição e resistem ao imperativo da normalidade. O resultado é a (re)produção de um discurso impregnado pela visão caritativa e do sofrimento contínuo, que condena a pessoa com o diagnóstico à doença e à incapacidade de lutar por seus direitos, o qual é posto pelo ventriloquismo em que se fala pelo Outro. Por outro lado, ao olharmos para o campo das “doenças raras” vemos que a sua vinculação às “doenças” genéticas, faz com que pais/mães envidem esforços em torno da elucidação da cura pela consertação da cadeia genética – fato, em certa medida, estimulado pela divulgação das tecnologias diagnósticas existentes ávidas por mercados. Essa busca gera uma discrepância dentro do campo das doenças raras, onde a prioridade das ações termina por ser direcionada àquelas que fazem parte dos 3% das condições genéticas que já possuem tratamento medicamentoso, encobrindo/invisibilizando/ofuscando/sobrepujando as necessidades diversas e diárias daqueles que, mesmo com o diagnóstico e sintomas, se enxergam como pessoas ativas e não doentes. Essa diferença produz lacunas que somente serão preenchidas a partir de uma visão multi e interdisciplinar atenta à relação entre o conceito biomédico e a concepção sociocultural de doença e o contexto no qual transcorrem. Neste sentido, a “doença” determinada pelo gene coloca em cheque o próprio entendimento sobre o processo saúde-doença, o diagnóstico, o cuidado ampliado e equânime, bem como a construção histórica, política e social envolvida nestes elementos. Neste cenário, a proposta do presente número temático tem como objetivo agrupar contributos de diferentes pesquisadores/as sobre as condições genéticas em uma perspectiva dos estudos da deficiência e/ou a pesquisa qualitativa. Os/as autores/as provém de diferentes regiões e instituições internacionais e nacionais contribuindo com textos de natureza teórica, metodológica e empírica sobre a temática. A linha estrutural dos trabalhos assenta-se sobre a perspectiva da pessoa com o diagnóstico de uma condição genética e tensionam refletir sobre o entendimento de “doença”, seu impacto e os efeitos nas experiências e na organização da própria vida. Também, não deixam de considerar a perspectiva daqueles/as que vivenciam e agem (individual ou coletivamente) diante das repercussões da “doença”, seja no plano pessoal, familiar, profissional, organizacional/associativo e institucional com os diversos modos de cuidado envolvidos. Desta maneira, o número temático pode contribuir, ainda, para alargar os debates sobre as condições genéticas e somar esforços para a conquista de direitos e reconhecimento da pessoa, e não do medicamento, como o epicentro de qualquer ação no campo das “doenças raras”.pt
dc.language.isoporpt
dc.publisherABRASCOpt
dc.rightsopenAccesspt
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/pt
dc.titleAs condições genéticas e as Ciências Sociais e Humanas em saúde: contributos para um debatept
dc.title.alternativeGenetic conditions and the Social and Human Cciences of health: contributions to the debatept
dc.typeotherpt
degois.publication.firstPage3604pt
degois.publication.issue10pt
degois.publication.locationRio de Janeiropt
degois.publication.titleCiência & Saúde Coletivapt
dc.relation.publisherversionhttps://dx.doi.org/10.1590/1413-812320182410.08092019pt
dc.peerreviewedyespt
dc.identifier.doi31576990-
dc.identifier.doi10.1590/1413-812320182410.08092019-
degois.publication.volume24pt
dc.date.embargo2019-09-26*
dc.identifier.pmid31576990-
uc.date.periodoEmbargo0pt
uc.controloAutoridadeSim-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_1843-
item.openairetypeother-
item.cerifentitytypeProducts-
item.grantfulltextopen-
item.fulltextCom Texto completo-
item.languageiso639-1pt-
crisitem.author.researchunitCES – Centre for Social Studies-
crisitem.author.parentresearchunitUniversity of Coimbra-
crisitem.author.orcid0000-0003-1021-8794-
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