Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/86157
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dc.contributor.advisorRamos, Jaime Albino-
dc.contributor.advisorAraújo, Pedro Miguel Mendes-
dc.contributor.authorRodrigues, Manuela dos Santos-
dc.date.accessioned2019-03-27T23:17:29Z-
dc.date.available2019-03-27T23:17:29Z-
dc.date.issued2018-07-16-
dc.date.submitted2019-03-27-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/86157-
dc.descriptionDissertação de Mestrado em Ecologia apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia-
dc.description.abstractAs zonas húmidas são habitats de elevada importância ecológica dado que desempenham funções únicas e vitais para os ecossistemas, albergam uma enorme biodiversidade e fornecem vários serviços de ecossistema. As zonas húmidas e a vida selvagem a elas associadas estão a diminuir a grande ritmo, no entanto, na Europa, várias espécies de aves aquáticas estão, inesperadamente, a aumentar os seus números. Um exemplo notável é o do Colhereiro Europeu (Platalea leucorodia) cujos números aumentaram abruptamente nos últimos 50 anos, o que permitiu a (re)colonização de vários locais dentro da sua área de distribuição. Com este trabalho pretendemos perceber as razões por detrás da colonização de áreas Portuguesas pelos colhereiros e do seu aumento de população. Para isto, focámo-nos em três aspetos: 1) analisámos a base de dados Portuguesa de avistamentos de colhereiros marcados com anilhas coloridas, 2) comparámos a dieta e a ecologia trófica entre colhereiros de uma colónia tradicional e de uma recente, 3) seguimos com GPS os movimentos de juvenis de uma colónia tradicional para estudar a sua seleção de habitat e ecologia espacial. Este trabalho revelou vários aspetos da, quase desconhecida, ecologia dos colhereiros em Portugal. A Ria Formosa, a Ria de Alvor e o estuário do Tejo são as zonas húmidas mais importantes para colhereiros estrangeiros durante o Inverno e também as que abrigaram mais juvenis durante os movimentos dispersivos. Durante a época de reprodução, colhereiros Espanhóis e Holandeses foram comuns na Ria Formosa, Paúl do Boquilobo, Ria de Alvor e Estuário do Sado. A conectividade migratória entre colónias reprodutoras europeias e zonas húmidas portuguesas é baixa para as maiores populações (Holandesas 0.04 e Espanholas -0.14). Na Ria Formosa (colónia tradicional), os colhereiros consomem principalmente crustáceos, que são mais abundantes e fáceis de capturar, do que peixes. No Tejo, uma colónia recente, predam o Lagostim vermelho do Louisiana (Procambarus clarkii), o que suporta a ideia de que esta espécie invasora pode contribuir para o crescimento de populações de aves aquáticas. Os valores dos isótopos de carbono das penas e do sangue das crias de ambas as colónias foram diferentes, mas de acordo com as diferenças entre os locais, o que indica que os colhereiros alimentam as crias na proximidade das colónias. Os colhereiros juvenis da Ria Formosa usam vários tipos de habitat, incluindo artificiais, principalmente zonas húmidas intertidais (28%), poços de evaporação de sal (28%) e campos de arroz (23%). Os juvenis apresentaram heterogeneidade de movimentos, de padrões de migração e dispersão, e de tamanho das áreas vitais. No geral, concluímos que a expansão dos colhereiros em Portugal pode ser promovida pela possibilidade de predar espécies invasivas nas colónias recentes, pelo uso de habitats artificiais que podem funcionar como habitats substitutos nas colónias tradicionais, pela grande heterogeneidade de movimentos espaciais e de dispersão, e pela imigração de colhereiros reprodutores provenientes das colónias Europeias mais antigas. Com este trabalho reforçamos a necessidade de proteger as zonas húmidas, a necessidade de gerir corretamente os habitats artificiais para que beneficiem as espécies de aves aquáticas e, por fim, a importância de estudar populações sob a luz da teoria das metapopulações, protegendo e impondo medidas de conservação ao longo de toda a área de distribuição das espécies e durante todo o ano (épocas de reprodução, migração e de invernada).por
dc.description.abstractWetlands are habitats of ecological importance because they provide unique and vital functions for the ecosystems, hold an enormous biodiversity and provide several ecosystem services. Wetland areas and associated wildlife are declining at fast rate, however, in Europe, some waterbird species are, unexpectedly, increasing their numbers. A remarkable example is the Eurasian Spoonbill (Platalea leucorodia) whose numbers increased sharply in the last 50 years which enabled the (re)colonization of several areas across their range. With this work we aimed to understand the drivers behind the colonization of Portuguese areas by spoonbills and their population expansion. To address this, we focused on three major aspects: 1) analysed the Portuguese database of coloured marked spoonbills re-sightings, 2) compared the diet and trophic ecology of spoonbill in traditional and recently established colonies, and 3) tracked the movements of juveniles of a traditional colony to study their habitat selection and spatial ecology. This work unravelled unknown aspects of spoonbills’ ecology in Portugal. Ria Formosa, Ria de Alvor and Tejo estuary were the most important wetlands for foreign spoonbills during the wintering season, and those that sheltered more juveniles during dispersal movements. Throughout the breeding season, Spanish and Dutch spoonbills were common in Ria Formosa, Paúl do Boquilobo, Ria de Alvor and Sado estuary. Migratory connectivity between European breeding colonies and Portuguese wetlands was low for the largest breeding populations (Netherland 0.04 and Spain -0.14). In Ria Formosa (traditional colony), spoonbills rely more on crustaceans, that are more abundant and easy to catch, than fish. In Tejo estuary, a more recent colony, they feed on the Louisiana Crayfish (Procambarus clarkii), which supports the idea that this invasive species may contribute to the growth of waterbirds populations. Carbon isotopic values of feathers and blood from chicks of both colonies were different but in accordance with differences between areas which indicates that spoonbills feed their chicks in its vicinity. Juvenile spoonbills of Ria Formosa use several habitat types, including anthropogenic habitats, mainly intertidal wetlands (28%), salt evaporation ponds (28%) and rice fields (23%). Juveniles showed heterogeneity of movements, migratory and dispersal patterns, and home range sizes. Overall, we conclude that the expansion of spoonbills in Portugal can be promoted by: a) the possibility of preying on invasive species in recent colonies, b) the use of anthropogenic habitats that can act as substitute for the traditional wetland habitats, c) the great heterogeneity in dispersal and spatial movements, and d) the immigration of breeding spoonbills from the older European colonies. This reinforces the need to protect wetlands, the need to correctly manage anthropogenic habitats to benefit waterbird species, and finally, the importance of studying populations in the view of the metapopulation theory, conserving and taking measures across the entire range of species, and including breeding, migration and wintering seasons.eng
dc.language.isoeng-
dc.rightsembargoedAccess-
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/-
dc.subjectconectividade migratóriapor
dc.subjectisótopos estáveispor
dc.subjectpontes brownianas dinâmicaspor
dc.subjectexpansãopor
dc.subjectdispersão de juvenispor
dc.subjectmigratory connectivityeng
dc.subjectstable isotopeseng
dc.subjectdynamic brownian bridges,eng
dc.subjectexpansioneng
dc.subjectjuvenile dispersaleng
dc.titleMechanisms constraining distribution of juvenile Spoonbills Platalea leucorodiaeng
dc.title.alternativeMecanismos que explicam a distribuição de colhereiros Platalea leucorodia juvenispor
dc.typemasterThesis-
degois.publication.locationDepartamento de Ciências da Vida, FCTUC-
degois.publication.titleMechanisms constraining distribution of juvenile Spoonbills Platalea leucorodiaeng
dc.date.embargoEndDate2020-07-15-
dc.peerreviewedyes-
dc.date.embargo2020-07-15*
dc.identifier.tid202205614-
thesis.degree.disciplineEcologia-
thesis.degree.grantorUniversidade de Coimbra-
thesis.degree.level1-
thesis.degree.nameMestrado em Ecologia-
uc.degree.grantorUnitFaculdade de Ciências e Tecnologia - Departamento de Ciências da Vida-
uc.degree.grantorID0500-
uc.contributor.authorRodrigues, Manuela dos Santos::0000-0001-7156-0230-
uc.degree.classification19-
uc.date.periodoEmbargo730-
uc.degree.presidentejuriMarques, João Carlos de Sousa-
uc.degree.elementojuriXavier, José Carlos Caetano-
uc.degree.elementojuriAraújo, Pedro Miguel Mendes-
uc.degree.elementojuriPaiva, Vítor Hugo Rodrigues-
uc.contributor.advisorRamos, Jaime Albino-
uc.contributor.advisorAraújo, Pedro Miguel Mendes-
uc.controloAutoridadeSim-
item.fulltextCom Texto completo-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.grantfulltextopen-
item.languageiso639-1en-
item.openairetypemasterThesis-
item.cerifentitytypePublications-
crisitem.author.researchunitMARE - Marine and Environmental Sciences Centre-
crisitem.advisor.researchunitMARE - Marine and Environmental Sciences Centre-
crisitem.advisor.researchunitMARE - Marine and Environmental Sciences Centre-
crisitem.advisor.orcid0000-0002-9533-987X-
crisitem.advisor.orcid0000-0001-8367-7073-
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