Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/85616
Title: Social rank pathways to disordered eating: exploring maladaptive regulation processes of the experience of threat and shame
Other Titles: Trajetórias de ranking social no desenvolvimento de comportamentos alimentares perturbados: explorando processos maladaptativos de regulação da experiência de ameaça e vergonha
Authors: Mendes, Catarina Borralho 
Orientador: Ferreira, Cláudia Rute Carlos
Keywords: Vergonha; Medos da Compaixão; Striving Inseguro; Vergonha Corporal; Comportamento Alimentar Perturbado; Shame; Fears of Compassion; Insecure Striving; Body Shame; Disordered Eating
Issue Date: 24-Jul-2018
Serial title, monograph or event: Social rank pathways to disordered eating: exploring maladaptive regulation processes of the experience of threat and shame
Place of publication or event: Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
Abstract: The multidetermined and complex nature of eating psychopathology is consensually recognised among researchers. However, recently, the investigative focus has been placed on a set of factors linked to shame proneness and to interpersonalhypersensitivities. In line with evolutionary and sociocultural approaches, feeling accepted, valued and loved by others may be considered a fundamental human need. In fact, over evolution, the desire for interpersonal attachment and group belonging ensured survival, adaptation to environment and reproduction. On the contrary, isolated individuals were more vulnerable to several risks, compromising their need fulfilment and survival. In this way, being excluded or rejected by others may constitute a major threat and generate defensive responses as shame.Shame may be internalised when early shame experiences with significant others are recurrent and/or significant in one’s life.Under these circumstances, these experiences are associated with overstimulation of threat-based emotion regulation systems and simultaneously, understimulation of affiliative-based emotion regulation systems, as well as the development of negative beliefs and expectations about others’ availability, the self as worthy of care, love and attention, and of the reception of compassionate feelings from others.In effect, individuals with insecure attachment backgrounds may present fears, blocks or resistances to receiving compassion from others. As they experience the social world as an unsafe place, they may feel the need to prove others that they deserve attention, approval and appreciation, through power, control and competition. Insecure striving is a specific form of competitive behaviour to avoid perceptions of inferiority and consequences of low rank, linked to several negative psychological outcomes and increased vulnerability for the development of several psychopathologies.In modern culture, body image has become an important competitive domain forwomen. Therefore, women may experience their body image as a source of shame when they perceive that their body is negatively judged by others or is significantly in contrast with sociocultural beauty standards. Affective-defensive responses that compose theexperience of body image shame paradoxically enhance the pathogenic effect of shame, being linked to disordered eating behaviours.Empirical evidence has consistently shown that shame plays a central role in the development and maintenance of disordered eating attitudes and behaviours. Mediating and moderating mechanisms of this relationship remain to be clarified. Insecure strivingand fears of receiving compassion from others appear to be important interacting mechanisms, as confirmed by few previous studies. Also, the specific impact of body image shame on the relationship between these constructs and disordered eating has beenscarcely explored.Following this line of research and considering the pathogenic effects of heightened levels of shame and fears of compassion, as well as of the maladaptive process of insecure striving on women’s mental and physical health, two studies were conducted to explore the impact of a social rank mentality on the emergence and maintenance of disordered eating attitudes and behaviours. Study I aimed at exploring the mediator roles of insecure striving and body image shame on the relationship between external shame, fears of compassion from others and disordered eating. The main purpose of Study II was to explore the moderator role of insecure striving on the relationship between general feelings of shame and disordered eating. Results of the first study confirmed the mediator role of insecure striving and body image shame on the relationships between shame, fears of compassion and disordered eating. The second study showed that insecure striving moderates the relationship between shame and disordered eating. In conjunction, the studies conducted revealed that insecure striving may act as both a mediator and moderator variable of the impact of general feelings of shame on disordered eating. Specifically, these studies support the consideration that disordered eating behaviours may emerge within a context that activates a social rank mentality, composed of perceptions of inferiority and general feelings of shame, fears of receiving compassion from others and maladaptive emotion regulation processes of these aversive experiences, such as insecure striving. In Western contemporary societies, that pressure women to possess an extremely thin body shape, the endorsement of weight control methods may be considered a form of striving to avoid perceptions of inferiority, feelings of shame and specific body image-related shame. These studies are of great theoretic-practical relevance, with important implications supporting the application of compassion-focused therapy and investigation about contextual vulnerability and maintenance factors of disordered eating.
A natureza complexa e multideterminada da psicopatologia alimentar é consensualmente aceite pela comunidade científica. No entanto, mais recentemente, a ênfase investigativa tem sido colocada no papel de um conjunto de fatores que desencadeiam a vivência de vergonha e acentuam sensibilidades interpessoais.De acordo com a abordageM evolucionária, sentir-se aceite e valorizado pelos outros poderá ser considerado uma necessidade humana fundamental. Ao longo da evolução, o desejo de vinculação interpessoal e a pertença ao grupo garantiram a sobrevivência, reprodução e adaptação ao meio ambiente. Pelo contrário, indivíduos isolados estariam mais vulneráveis a vários riscos, comprometendo a satisfação das suas necessidades e sobrevivência. Desta forma, ser excluído ou rejeitado pelos outros poderá constituir uma ameaça significativa, gerando respostas defensivas, como a vergonha.A vergonha poderá ser internalizada quando experiências precoces de vergonha com outros significativos são recorrentes e/ou significativas. Sob estas condições, estas experiências estão associadas à sobrestimulação de sistemas de processamento da ameaça e à subestimulação de sistemas de processamento de sentimentos afiliativos, assim como ao desenvolvimento de crenças e expetativas negativas acerca da disponibilidade emocional dos outros, do próprio como merecedor de cuidado, amor e atenção e da receção de emoções afiliativas e compassivas de outros. Efetivamente, indivíduos cujos ambientes precoces foram marcados por estilos de vinculação insegura poderão apresentar medos e resistências de experienciar emoções afiliativas por parte dos outros. Como percecionam o mundo social como um lugar inseguro, estes indivíduos poderão sentir a necessidade de provar aos outros de que eles próprios são merecedores de atenção, aprovação e apreciação, através do estabelecimento de relações sociais baseadas no poder, controlo e competição. O striving inseguro é uma forma específica de competição para evitar perceções de inferioridade e consequências de possuir uma posição inferiores nas hierarquias sociais, estando relacionado com consequências psicológicas negativas e uma vulnerabilidade aumentada para o desenvolvimento de várias formas de psicopatologia. Na cultura moderna, para o sexo feminino, a imagem corporal tornou-se um importante domínio de competição. As mulheres poderão experienciar sentimentos de vergonha em relação ao seu corpo quando percebem que este é avaliado negativamente pelos outros ou é significativamente contrastante com os padrões socioculturais de beleza. As respostas afetivo-defensivas que compõem a vivência de vergonha corporal aumentam o impacto patogénico da emoção vergonha, estando este associado ao comportamento alimentar problemático. Evidência empírica tem demonstrado consistentemente que a vergonha desempenha um papel central no desenvolvimento e manutenção de atitudes e comportamentos alimentares maladaptativos. Contudo, carecem ainda de clarificação, os mecanismos que poderão atuar como mediadores e moderadores desta relação. O striving inseguro e os medos de receber compaixão por parte de outros parecem constituir importantes mecanismos de interação na referida relação entre vergonha e comportamento alimentar perturbado, tal como confirmado por estudos conduzidos previamente. Adicionalmente, o impacto específico da vergonha corporal na relação entre estes construtos e comportamento alimentar problemático tem sido escassamente explorado. No seguimento desta linha de investigação, e considerando os efeitos patogénicos de níveis elevados de vergonha, medos da compaixão e do processo maladaptativo de striving inseguro na saúde mental e física das mulheres, dois estudos foram conduzidos de modo a explorar o impacto de uma mentalidade de ranking social na emergência e manutenção de atitudes e comportamentos alimentares perturbados. Especificamente, o Estudo I procurou explorar os papéis mediadores do striving inseguro e da vergonha corporal na relação entre vergonha externa, medos de receber compaixão por parte de outros e comportamento alimentar problemático. O principal objetivo do Estudo II foi explorar o papel moderador do striving inseguro nas relações entre vergonha externa e atitudes e comportamentos alimentares maladaptativos.Em conjunto, os estudos conduzidos revelaram que o striving inseguro pode tanto mediar como moderar a relação entre vergonha e comportamento alimentar problemático. Especificamente, estes estudos apoiam a consideração de que comportamentos alimentares perturbados poderão emergir num contexto que ativa uma mentalidade de ranking social, caracterizada por perceções de inferioridade e sentimentos globais de vergonha, medos de receber compaixão de outros e processos maladaptativos como o striving inseguro. Em sociedades ocidentais contemporâneas, o controlo do peso poderá constituir uma forma de competição para evitar perceções de inferioridade, sentimentos de vergonha e vergonha corporal.
Description: Dissertação de Mestrado Integrado em Psicologia apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
URI: https://hdl.handle.net/10316/85616
Rights: openAccess
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UC - Dissertações de Mestrado

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