The impact of international trade on regional inequalities

Abstract

The theories of international trade highlight the positives effects of international openness on the welfare and the productivity of a given country. However, nothing prevents that these gains would be equally distributed among EU regions. Moreover, the negatives effects are supposed to be limited in scale and duration. One more time, it would be reasonable to assume that these costs would be more concentrated in some regions than in others. In a context of rising populism in Europe and of an important opposition from the European civil society toward trade liberalization, rising regional inequalities are seen as possible consequences of international trade. However, the European Commission (EC) is pushing ahead its trade agenda. The European Committee of the Regions, as spokesman of Local and Regional authorities in the EU decision making progress, is trying to position itself as an intermediary between the EC and the LRAs in the EC trade negotiation process. On the other side, the Trade Package, a set of measures and communication promoting the new "Trade for all" strategy could be seen as a signal of openness of the EC to critics.This report will present the reflexion conducted during an internship in the European Committee of the Regions. A literature review will try to do a summary of the main theories of international trade namely Ricardo's comparative advantage analysis and the Heckscher-Olhin model. A special focus would be dedicated to the possible link between international trade openness and regional inequalities. The report will follow with a presentation of the EU Trade Agenda and the recently released Trade Package. Finally, as this report is relating an internship experience, an important section would be dedicated to the analysis of the role of the CoR in the negotiation process, to the details of the tasks realized by the trainee and how the experience represented a valuable asset for the Trainee.

As teorias do comércio internacional destacam o efeito positivo da abertura internacional sobre o bem-estar e a produtividade de um dado país. No entanto, nada impede que os ganhos sejam distribuídos de forma desigual entre as regiões da Europa. Também relativamente aos efeitos negativos desta abertura comercial, que se assumem limitados em tamanho e duração, é razoável supor que eles podem estar mais concentrados em algumas regiões do que noutras. Num contexto de uma subida dos partidos políticos populistas na Europa e de uma crescente oposição da sociedade civil europeia às negociações comerciais, as desigualdades regionais crescentes são vistas como uma das principais consequências negativas da liberalização do comércio internacional. Porém, a Comissão Europeia segue firme nos seus projetos de acordos de livre-comércio. O comité europeu das regiões, como porta-voz das autoridades locais e regionais (LRAs) tenta posicionar-se como um intermediário entre a comissão europeia e as LRAs no processo de negociações. O "Trade Package", um pacote de medidas e de estratégias de comunicação para fazer promover uma nova estratégia chamada "comércio para todos" publicado em Junho de 2017, é um sinal de abertura da Comissão Europeia às vozes críticas sobre as negociações comerciais. Este relatório apresenta as reflexões resultantes de um estágio no Comité europeu das regiões. Na revisão bibliográfica tentar-se-á fazer um sumário das principais teorias do comércio internacional nomeadamente a teoria das vantagens comparativas de David Ricardo e o modelo Heckscher-Olhin de modo a entender as ligações possíveis entre desigualdades regionais e a abertura ao comércio internacional. O relatório seguirá com uma apresentação da agenda comercial da União europeia e do Trade Package. Uma vez que se trata de um Relatório de Estágio, será feita uma análise do envolvimento do Comité das regiões neste processo de negociações e uma descrição das tarefas desenvolvidas no âmbito do Comité Europeu das regiões e de que modo representaram uma mais-valia na conclusão do percurso académico.