Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/84479
Title: A política externa da Rússia e as suas implicações na rivalidade geopolítica com os EUA: o caso da Síria
Other Titles: Russian foreign policy and its implications in the geopolitical rivalry with the U.S: the case of Syria
Authors: Morgado, Nuno Alexandre Pereira Vilar Correia 
Orientador: Dias, Vanda Rafaela Amaro
Keywords: E.U.A; Neorrealismo; Nova Guerra Fria; Rússia; Síria; Neorealism; New Cold War; Russia; Syria; U.S.
Issue Date: 24-Jul-2018
Serial title, monograph or event: A política externa da Rússia e as suas implicações na rivalidade geopolítica com os EUA: o caso da Síria
Place of publication or event: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Abstract: After a troubled decade, Vladimir Putin ascended in 2000 to the presidency of the Russian Federation with the intention to restore its lost great power status, as a consequence of the end of the Cold War and the dismantling of the USSR (Union of Soviet Socialist Republics). Shortly, Putin conferred a pragmatic and assertive tone to Russian foreign policy, as a means to reaffirm Russia as a relevant actor in the international arena. Within this framework of regaining Russia’s great power status, and through the conduction of a more assertive foreign policy, Putin also sought to challenge the unipolar American system, stablished after the end of the Cold War, by defending the importance of a multipolar international order – in which Russia would constitute one of the poles of world power –, capable of giving a greater strategic balance to the international system. However, Moscow’s attempts to assume a more assertive stance in the international chess, have collided several times with Washington’s interests, contributing to the deterioration of relations between both States. Consequently, this dissertation delves into Russian foreign policy and the responses it triggered in the US (United States) foreign policy agenda between 2000 and 2017, in order to demonstrate how relations between Moscow and Washington have gradually became “colder”, culminating into a seemingly New Cold War. Through the lens of neorealism, this dissertation argues that Russia’s military interventions in Georgia (2008), in Ukraine (2014) and in Syria (2015) were attempts to obtain relative power by protecting its national interests and to maintain the strategic balance of power on a regional and global level. Russia’s military intervention in Syria, – the first conducted outside the post-soviet space since the end of the Cold War – in support of Bashar al-Assad’s regime, will constitute the case study of this dissertation, which argues that the conflict has turned into a proxy war between Moscow and Washington, reflecting the logic of a zero-sum game and being, to some extend, reminiscent of the Cold War period. The polarization of the Syrian conflict in two major blocs, as well as its growing international dimension indicates the return of a new geopolitical rivalry and competition in the Middle East between Russia and the US, which desire a different outcome for a war that remains active since 2011.
Vladimir Putin ascendeu em 2000 à presidência da Federação Russa, após uma década conturbada, com a intenção de restaurar o estatuto perdido de grande potência, no seguimento do fim da Guerra Fria e do desmembramento da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Em pouco tempo, Putin deixou claro que a política externa do Kremlin iria seguir uma postura pragmática e assertiva, para reafirmar a Rússia como ator de destaque dentro da arena internacional. Dentro desta lógica de reconquista de estatuto de grande potência, e através da implementação de uma política externa mais assertiva, Putin procurou desafiar o sistema unipolar americano, estabelecido após o final da Guerra Fria, ao defender o estabelecimento de uma ordem internacional multipolar – onde a Rússia deveria constituir um dos polos de poder mundial –, capaz de conferir maior equilíbrio estratégico ao sistema internacional. Contudo, a tentativa de Moscovo em assumir uma postura mais assertiva no xadrez internacional colidiu várias vezes com os interesses de Washington, contribuindo para a deterioração das relações entre ambos os Estados. Consequentemente, esta dissertação analisa a política externa russa e as respostas que desencadeou na agenda de política externa dos EUA (Estados Unidos da América) entre os anos 2000 e 2017, para demonstrar como as relações entre Moscovo e Washington se tornaram gradualmente mais “frias”, culminando num novo clima de Guerra Fria. Com recurso à teoria neorrealista, esta dissertação argumenta que as intervenções militares da Rússia na Geórgia (2008), na Ucrânia (2014) e na Síria (2015) foram uma tentativa de obter poder relativo, ao proteger os seus interesses nacionais, e de manter o equilíbrio estratégico de poder ao nível regional e global. A intervenção militar da Rússia na Síria, – a primeira realizada fora do espaço pós-soviético desde o final da Guerra Fria – em apoio ao regime de Bashar al-Assad, irá constituir o estudo de caso desta dissertação, que argumenta que o conflito se tornou numa guerra periférica entre Moscovo e Washington, refletindo a lógica de jogo de soma zero e sendo, de alguma forma, reminiscente do período da Guerra Fria. A polarização do conflito sírio em dois blocos principais, bem como sua crescente dimensão internacional sugerem o regresso de uma nova competição e rivalidade geopolítica entre Rússia e EUA no Médio Oriente, que desejam um desfecho diferente para uma guerra que permanece ativa desde 2011.
Description: Dissertação de Mestrado em Relações Internacionais - Estudos da Paz, Segurança e Desenvolvimento apresentada à Faculdade de Economia
URI: https://hdl.handle.net/10316/84479
Rights: openAccess
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