Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/82148
Title: Spectrum of anti-MOG associated demyelinating diseases in children
Other Titles: Espectro de doenças desmielinizantes associadas aos anticorpos anti-MOG em idades pediátricas
Authors: Healion, Elisabete de Fátima Galvão 
Orientador: Palavra, Filipe Manuel Farto
Keywords: anti-MOG; espectro; doenças desmielinizantes; idades pediátricas; anti-MOG; spectrum; acquired demyelinating syndromes; paediatric ages
Issue Date: 14-Jun-2018
Serial title, monograph or event: Spectrum of anti-MOG associated demyelinating diseases in children
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Os autoanticorpos anti-MOG estão associados a um largo espectro de doenças desmielinizantes do Sistema Nervoso Central (SNC), sobretudo em idades pediátricas. Ao contrário do que se pensava, inicialmente, os anti-MOG são menos prevalentes na esclerose múltipla (EM) e, por outro lado, estão fortemente associados a doenças desmielinizantes, mais raras, como a encefalomielite aguda disseminada (EMAD), a nevrite óptica (NO), a mielite transversa (MT), bem como a neuromielite óptica e com o espectro de doenças da neuromielite óptica. Todavia o mecanismo imunopatológico dos anti-MOG, ainda, permanece pouco esclarecido, sendo necessário mais investigação de forma a clarificá-lo e para que estes anticorpos possam fazer parte dos critérios de diagnóstico das doenças a que estão associados. Este artigo de revisão tem com principal objectivo clarificar e sistematizar os conceitos relacionados com o espectro de doenças desmielinizantes associadas à presença dos autoanticorpos anti-MOG em crianças, aprofundando a importância desta associação para o diagnóstico, tratamento e prognóstico. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica na plataforma online PubMED, aplicando um filtro para acesso à literatura dos últimos 10 anos com ao termos chave escolhidos. Os estudos mais recentes demonstraram que os autoanticorpos anti-MOG estão relacionados com um início precoce da doença desmielinizante. Os doentes seropositivos para este anticorpo eram, na maioria dos estudos, mais novos que os seronegativos. As crianças com doenças desmielinizantes do SNC apresentavam títulos mais altos que os adultos com as mesmas doenças, reforçando o facto de estes anticorpos apresentarem um papel importante nos eventos desmielinizantes em idades pediátricas. Os anticorpos anti-MOG foram observados, transitoriamente, em doenças monofásicas como a EMAD e o seu declínio após o evento agudo está associado a um bom prognóstico. Por outro lado, quando os anticorpos permanecem detectáveis por longos períodos de tempo após o evento agudo e o seu tratamento, a doença desmielinizante, geralmente, recorre e evolui para a cronicidade como é o caso da EADM seguida de NO e a EADM multifásica. De acordo com os dados mais actualizados, cerca de 50% dos doentes seropositivos para estes anticorpos apresenta uma recorrência da doença, sendo a NO a apresentação mais comum. É de salientar, ainda, que os doentes anti-MOG seropositivos apresentam um padrão inflamatório proeminente, têm os marcadores inflamatórios, particularmente, elevados. Comparando com os doentes seronegativos apresentam elevado número de células no líquido cérebro espinhal e elevados níveis de proteínas, bem como de citocinas. O conhecimento do perfil destas células e citocinas poderá melhorar a nossa habilidade para monitorizar a inflamação e a resposta à terapêutica. Além disso, poderão constituir potenciais alvos de terapia imunomoduladora. Em suma os anticorpos anti-MOG estão associados a um espectro clínico muito heterogéneo, sendo evidente a sua relação com doenças desmielinizantes do SNC em idades pediátricas. No entanto, ainda não é possível definir uma fenótipo clínico comum. Existe muita investigação em curso com resultados frutíferos esperados num curto, médio e longo prazo.
Antibodies against myelin oligodendrocyte glycoprotein (anti-MOG) are associated to a wide spectrum of demyelinating diseases of the Central Nervous System (CNS), particularly in paediatric ages. On contrary to what was initially thought, anti-MOG antibodies are less prevalent in Multiple Sclerosis (MS) and more often associated with less prevalent demyelinating diseases in children, such as Acute Disseminated Encephalomyelitis (ADEM), Neuromyelitis Optica (NMO) and Neuromyelitis Optica Spectrum Diseases (NMOSD), Optic Neuritis (ON) and Transverse Myelitis (TM). Though the exact mechanism through which anti-MOG antibodies are pathogenic is still unclear, further investigation is necessary in order to clarify it and to propose children diagnosed with these conditions innovative therapeutic approaches. This review article has the main purpose of summarizing the most recent literature about the spectrum of anti-MOG-associated diseases in children. A bibliographic review was conducted, searching for articles written in English and published in the last 10 years (2008-2018), available in Pubmed platform. Studies until now revealed that anti-MOG antibodies are related with an earlier age at disease onset. Seropositive patients are often younger than seronegative ones. Children with Acquired Demyelinating Syndromes (ADS) had higher titers of these antibodies when compared with adults with the same diseases, highlighting the fact that anti-MOG antibodies have a particular role in demyelinating events in children.Anti-MOG antibodies are observed transiently in monophasic diseases such as ADEM and their decline after the acute event is associated with a better prognosis. On the other hand, when they remain detectable for longer periods, even after the first treatment, the disease typically develops a relapsing course as, for example, ADEM followed by ON (ADEM-ON), multiphasic ADEM, recurrent ON, or MS. According to recent data, near 50% of anti-MOG positive patients relapse. These multiphasic entities affect specially adolescents and adults, being ON the most common clinical presentation.Anti-MOG positive patients have prominent inflammation presenting very high inflammatory markers, in general. Comparing with seronegative patients, they have higher cerebrospinal fluid (CSF) cell counting, higher CSF protein levels and higher neutrophil-related cytokines. The knowledge of these cells and cytokine profiles may improve our ability to monitor inflammation and response to treatment. In addition, some of these molecules may represent potential immunomodulatory targets for new therapies. In conclusion, anti-MOG antibodies are associated with a very heterogeneous clinical spectrum and with a young age at disease onset. It is not yet possible to delineate a common clinical phenotype. There is a lot of ongoing research, with fruitful results expected in the short, medium and long term.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/82148
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
Tese MIM Elisabete Healion.pdf623.35 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s) 10

1,117
checked on Apr 16, 2024

Download(s) 50

683
checked on Apr 16, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons