Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/81946
Title: Autistic traits and criminal behaviour: a cross-sectional study in Coimbra penitentiary
Other Titles: Traços de autismo e comportamento criminal: Estudo transversal na Penitenciária de Coimbra
Authors: Veigas, Tânia Raquel Alegre 
Orientador: Cerejeira, Joaquim Manuel Soares
Keywords: Perturbações do Espectro do Autismo; Quociente de Espectro Autista; Comportamento Criminal; Prisão; DSM-5; Autism Spectrum Disorder; Autism-Spectrum Quotient; Criminal Behaviour; Prison; DSM-5
Issue Date: 1-Jun-2017
Serial title, monograph or event: AUTISTIC TRAITS AND CRIMINAL BEHAVIOUR: A CROSS-SECTIONAL STUDY IN COIMBRA PENITENTIARY
Place of publication or event: Psiquiatria
Abstract: Introdução: As Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) têm sido associadas a comportamentos violentos e criminosos, mas a relação continua pouco clara, com especulação e controvérsia a envolver a questão. Este estudo tem como objetivos determinar: 1) se indivíduos presos diferem quanto ao número de traços autistas em relação a não-criminosos; 2) se existe alguma diferença entre o número de traços autistas em relação aos diversos tipos de crimes cometidos e outros antecedentes criminais, e se há alguma tendência quanto à categoria dos traços; 3) a prevalência de PEA na Penitenciária de Coimbra.Métodos: Foi aplicado um questionário contendo questões demográficas, do percurso criminal e o Quociente de Espectro Autista (AQ). Os participantes foram escolhidos aleatoriamente, sendo incluídos no estudo aqueles com, pelo menos, 4 anos de escolaridade, idade entre os 18 e os 65 anos, e conhecimento da língua portuguesa suficiente para permitir o preenchimento do AQ. Foi obtido um grupo de controlo com indivíduos que nunca cometeram crimes e sem antecedentes psiquiátricos, com uma idade semelhante à amostra prisional. Resultados: O grupo da prisão, com 2.97% da amostra com pontuação superior a 32, teve em média um score no AQ total superior ao do grupo de controlo (20.61 ±5.49 contra 18.11 ± 4.84; t (209) = 3.522, p = 0.001). Nenhum dos indivíduos do grupo de controlo teve pontuações superiores a 32. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre as pontuações obtidas no AQ total e sub-escalas, aquando da comparação entre os vários tipos de crime e outros antecedentes criminais.Discussão: Este estudo sugere a existência de uma maior carga de traços autistas na população prisional comparativamente à população não-criminal. Este aspecto realça o facto de que combinações de características nucleares das PEA poderão constituir factores de risco para comportamentos criminosos, não só em indivíduos com uma PEA, mas também naqueles sem a doença. Este estudo não estabeleceu nenhum crime, nem qualquer antecedente criminal, particularmente relacionado a um maior número de traços autistas. Encontrou-se uma prevalência de PEA, baseado no AQ, de 2.97%. Este valor deverá ser ratificado após confirmação diagnóstica destes prisioneiros, recorrendo a um psiquiatra. Este resultado encontra-se de acordo com os valores do extremo inferior obtidos noutros estudos, sugerindo que a PEA é, de facto, prevalente num contexto prisional, mas não tão marcadamente como alguns referem. Algumas implicações futuras destes resultados são abordadas no final.
Introduction: Autism Spectrum Disorders (ASD) have been associated with violent and criminal behaviours, but the relationship remains unclear, with a great deal of speculation and controversy involving the subject. This study aims to determine: 1) if criminal offenders have a different burden of autistic traits in relation to non-offenders; 2) if certain types of crime and related features are associated with a higher number and certain autistic traits; 3) assess ASD prevalence in a Portuguese penitentiary.Methods: A questionnaire with demographic, criminal data and the Autism Spectrum Quotient (AQ) was applied, randomly, to volunteer prisoners, with, at least, 4 years of education, age between 18 and 65 years and enough knowledge of Portuguese to self-administer the AQ. A control group of non-offenders, with similar age and without a psychiatric background, was also assessed. Results: The penitentiary group, with 2.97% scoring higher than 32, had a greater mean total AQ score than the control group (20.61 ±5.49 vs 18.11 ± 4.84; t (209) = 3.522, p = 0.001). None of the controls scored higher than 32. No significant differences were found between the total and subscales AQ scores related to the various types of crime and other crime-related components.Discussion: The current study suggests that there is a higher burden of autistic traits in the incarcerated population than in non-offenders. This suggests that some sort of combination of core features seen in ASD may represent a risk factor for offending behaviour, not only in individuals with ASD but also in their peers. This study did not establish any particular crime linked to higher number of autistic traits, neither found any difference between other crime related features. The study found a prevalence of ASD based on the AQ of 2.97%. This result should be confirmed by the evaluation of those prisoners by a psychiatrist, but it is in accordance to other studies, implying that ASD is not remarkably overrepresented in prisons. Future implications of these results are also addressed.
Description: Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/81946
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
TESE - Tânia Veigas.pdf1.66 MBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s) 50

541
checked on Apr 16, 2024

Download(s) 50

572
checked on Apr 16, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons