Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/81875
Title: Perfil de risco biopsicossocial do adolescente com doença crónica
Other Titles: BIOPSYCOSOCIAL RISK PROFILE OF ADOLESCENTS WITH CHRONIC DISEASE
Authors: Silva, Ana Catarina Coelho da 
Orientador: Fonseca, Paulo Alexandre da Silva
Keywords: Adolescentes; Doença Crónica; Adesão à Terapêutica; Fatores de risco biopsicossociais; Adolescentes; Chronic Disease; Adherence to Therapy; Biopsychosocial Risk Factors
Issue Date: 14-Mar-2018
Serial title, monograph or event: PERFIL DE RISCO BIOPSICOSSOCIAL DO ADOLESCENTE COM DOENÇA CRÓNICA
Place of publication or event: Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Portugal
Abstract: Introdução: A adolescência está associada a um conjunto de transformações que poderão constituir dificuldades no ciclo de vida dos adolescentes, especialmente se portadores de uma doença crónica. Os objetivos deste trabalho são: caracterizar o perfil de risco biopsicossocial dos adolescentes com doença crónica seguidos em consultas no Hospital Pediátrico, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (HP-CHUC); avaliar se existem diferenças de perfis desses adolescentes em relação à população sem doença crónica; avaliar se existem perfis de risco biopsicossocial entre adolescentes com doença crónica, que mais se associem à dificuldade na adesão à terapêutica.Métodos: Estudo transversal, retrospetivo com carácter exploratório, recorrendo ao preenchimento de um questionário estruturado de novo, que teve por base três questionários validados para a língua portuguesa. Incluíram-se adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. Formaram-se dois grupos de análise: o grupo de controlo, constituído por adolescentes saudáveis provenientes de dois colégios privados e o grupo de estudo, constituído por adolescentes com Diabetes Mellitus tipo 1 ou Artrite Idiopática Juvenil.Resultados: A amostra incluiu 197 adolescentes, em que 117 constituíram o grupo de controlo e 80 constituíram o grupo de estudo. Constatou-se que os adolescentes com doença crónica sentem-se cansados mais rapidamente, têm uma maior prevalência de excesso de peso e obesidade (p=0.001) e são mais preocupados com a sua saúde (p<0.001). O grupo de estudo falta mais vezes à escola por motivos médicos, não se relacionando com a redução do rendimento escolar. Relativamente a comportamentos “de risco”, não existem diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. O grupo de estudo não tem maior risco de depressão e ambos os grupos revelaram baixo risco de consumo abusivo de substâncias. A maioria considera que a sua doença não tem um impacto significativo na sua vida diária, no entanto 17.6% dos adolescentes com AIJ e 19.6% dos com DMT1 sentem-se descriminados pela sua doença e 35.3% dos com AIJ e 10.9% dos com DMT1 reconhecem que a doença os impede de fazer o que gostam. Não se identificaram diferenças significativas entre os perfis biopsicossociais dos adolescentes com boa adesão e os com reduzida adesão terapêutica. Neste último grupo, verificou-se uma percentagem superior de membros do agregado familiar desempregados, assim como de adolescentes a considerarem que os pais os protegiam em demasia. A população com menor adesão ao tratamento é a com DMT1. Discussão e Conclusão: A maioria dos adolescentes com doença crónica encontra-se bem adaptada às necessidades que a sua doença implica, ainda que possam sentir alguma discriminação ou limitação diária devido à doença. Não há diferenças significativas entre o seu perfil biopsicossocial por comparação com o dos adolescentes saudáveis. O grupo que apresentou menor adesão à terapêutica foi o da DMT1, possivelmente justificado por este grupo necessitar de tomas mais frequentes de medicação, o que poderá estar associado a maior probabilidade de esquecimento ou a uma maior resistência para o fazer. Concluiu-se ainda, que os adolescentes com mais baixa adesão à terapêutica poderão evidenciar maior risco de disfunção familiar, desemprego parental e alterações do humor, o que poderão ser áreas de aposta e intervenção futuras
Background: Adolescence is associated with a set of transformations that may constitute difficulties in the life cycle of young people, especially if they have a chronic illness. The objectives of this study were to: characterize the biopsychosocial risk profile of adolescents with chronic disease in follow-up consultations at the Paediatric Unit of the Coimbra Hospital and University Centre (HP-CHUC); analyze whether there are profile differences in these adolescents compared to the adolescent population without chronic disease; evaluate whether there are biopsychosocial risk profiles among adolescents with chronic disease, which are more associated with difficulties in adherence to therapy.Method: A cross - sectional, retrospective and exploratory study was carried out, using a newly structured questionnaire that was based on three questionnaires, which were developed in foreign language and have been translated and validated into Portuguese. Adolescents between the ages of 12 and 18 were included. Two groups of analysis were formed: the control group, consisting of healthy adolescents from two private schools and the study group, consisting of adolescents with Type 1 Diabetes Mellitus (DMT1) or Juvenile Idiopathic Arthritis (JIA). Results: The populational sample included 197 adolescents, of whom 117 formed the control group and 80 the study group. It was found that adolescents with chronic disease feel tired more quickly, have a higher prevalence of overweight and obesity (p = 0.001) and are more concerned with their health (p <0.001). The study group misses school more often for medical reasons, but this is not related to reduced school performance. Regarding "risk" behaviours, there are no statistically significant differences between the groups. The study group has no higher risk of depression and both groups revealed a low risk of substance abuse. The majority consider that their disease does not have a significant impact on their daily life, however 17.6% of the adolescents with JIA and 19.6% of those with DMT1 feel discriminated by their disease and 35.3% of adolescents with JIA and 10.9% with DMT1 recognize that illness prevents them from doing what they like. No significant differences were identified between the biopsychosocial profiles of adolescents with good adherence and those with reduced adherence to therapy. In the latter group, there was a higher percentage of unemployed household members, as well as of adolescents, who consider that their parents protect them too much. The population with the lowest adherence to treatment is that with DMT1.Discussion and Conclusions: Most adolescents with chronic disease are well adapted to the needs of their disease, although they may experience some discrimination or daily limitation due to the disease. There are no significant differences between their biopsychosocial profiles compared to that of healthy adolescents. The group that presented the lowest adherence to therapy was the one with DMT1, possibly justified by the fact that this group requires more frequent medication, which may be associated with a greater probability of forgetfulness or a greater resistance to do so. It was also concluded that adolescents with lower adherence to therapy may show an increased risk of family dysfunction, parental unemployment and mood swings, which could be areas of further investigation and future intervention.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/81875
Rights: openAccess
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