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https://hdl.handle.net/10316/80714
Title: | Vacinação em crianças infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana | Authors: | Passos, Dúlio André Fernandes Teixeira | Orientador: | Rocha, Maria da Graça Domingues Matias, Jeni Canha Alcobio |
Keywords: | Sindroma da imunodeficiência adquirida; Pediatria; Criança; Vacinação | Issue Date: | Mar-2012 | Abstract: | Introdução
As crianças infectadas pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) têm um risco
aumentado de contrair infecções por patogéneos, alguns preveníveis por vacinação. Os
potenciais benefícios da vacinação são claros, no entanto, a infecção pelo VIH pode
influenciar o risco de efeitos adversos, assim como a eficácia da imunização.
Objectivos
O presente artigo de revisão visa abordar aspectos relevantes do grau de aplicabilidade
de um programa de vacinação nas crianças infectadas pelo VIH. Pretende-se avaliar em que
medida este é eficaz/seguro, e se se traduz num benefício claro em termos de saúde, ou em
contrapartida, devido à resposta imunológica sub-óptima e a possíveis efeitos adversos, os
resultados podem não ser os esperados. A metodologia escolhida baseou-se na pesquisa de
artigos científicos indexados na PubMed e em bibliografia de relevo nesta área, procurando
integrar a informação obtida por diversos autores nos últimos 10 anos.
Desenvolvimento
A imunização, regra geral, é segura e benéfica em crianças infectadas pelo VIH. No
entanto, a supressão da resposta imunológica potenciada pelo VIH reduz o benefício da
vacinação comparativamente com a obtida em crianças imunocompetentes, pelo que, a
imunização destas crianças deve ser efectuada o mais precocemente possível. A segurança e a
eficácia das vacinas em crianças infectadas com o VIH variam com a idade da vacinação, o
seu estado imunológico e com o tipo de vacinas.
Por norma, o uso de vacinas inactivadas em crianças infectadas pelo VIH não tem
contra-indicações. Apesar da resposta imunológica estar comprometida, especialmente em crianças sintomáticas, o nível de resposta pode ser restaurado com o recurso à terapêutica
anti-retrovírica.
Com o aumento do nível da imunodepressão, o uso de vacinas vivas atenuadas pode
acarretar complicações graves e consequências devastadoras. A possibilidade de activação do
sistema imunitário que advém da vacinação pode potenciar a replicação vírica, conduzindo a
uma progressão inexorável da doença. Não obstante, crianças infectadas pelo VIH podem ser
vacinadas, com precaução, com algumas vacinas vivas atenuadas desde que apresentem total
integridade imunitária ou nível mínimo de depressão imunológica.
Conclusão
Actualmente, não existem recomendações consensuais sobre a vacinação em crianças
infectadas pelo VIH dada a escassez de estudos científicos que forneçam linhas orientadoras face
a esta matéria. São necessários mais estudos com evidência científica sustentada, que permitam
uma melhor compreensão e avaliação da segurança, qualidade e durabilidade da resposta
imunitária às vacinas nesta população específica, visando a melhor estratégia de imunização. Introduction HIV-infected children have a greater risk of contracting infections from vaccinepreventable pathogens. The potential benefits of vaccination are clear, however, this condition may influence the risk of adverse effects as well as the efficacy of immunization. Objectives This review article will address relevant aspects of the degree of applicability of a vaccination program in HIV-infected children. We address to what extent it is effective / safe and translates into a clear benefit in terms of health, or in contrast, due to the suboptimal immune response and possible adverse effects, the results are not the expected. The methodology chosen was based on the research of scientific articles indexed in PubMed and bibliography of distinction in this area, trying to integrate the information obtained by several authors in the last 10 years. Development Immunization is generally safe and beneficial in HIV-infected children. However, suppression of HIV-induced immune response reduces the benefit of vaccination compared with that in immunocompetent children, so that immunization of these children should be made as early as possible. The safety and efficacy of vaccines in HIV-infected children vary with the age of vaccination, their immune status and the type of vaccine. Usually, the use of inactivated vaccines in HIV-infected children does not have contra-indications, despite the immune response being compromised, especially in symptomatic children, although the level of response can be restored with the use of antiretroviral therapy. With the increasing degree of immunodepression, the use of live attenuated vaccines may cause severe complications and devastating consequences. The possibility of activating the immune system, which results from the immunization, can enhance viral replication, leading to an inexorable progression of the disease. Nevertheless, HIV-infected children presenting with total immune integrity or only a minimal degree of immune depression, may be vaccinated with caution, with some live attenuated vaccines. Conclusion Currently there are no consensual recommendations on vaccination in HIV-infected children, due to the scarcity of scientific studies that provide guidelines in this issue. Further studies are needed with scientific evidence, in order to allow a better understanding and assessment of safety, quality and durability of the immune response in this specific population, regarding the best immunization strategy. |
Description: | Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Pediatria, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra | URI: | https://hdl.handle.net/10316/80714 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | UC - Dissertações de Mestrado FMUC Medicina - Teses de Mestrado |
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