Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/80141
Title: Perfil clínico e hemodinâmico das estenoses intracranianas
Authors: Penetra, Joana Cláudia Montenegro dos Santos Barroso 
Orientador: Gonçalves, António Freire
Freitas, João Sargento
Keywords: Constrição patologica; Doenças das coronárias; Enfarte cerebral; Neurologia
Issue Date: Sep-2012
Abstract: Introdução: A doença aterosclerótica intracraniana é uma causa progressivamente mais reconhecida de enfarte cerebral, estando presente de forma muito heterogénea nas diferentes populações e associada a elevadas taxas de recorrência. Os dados em Portugal são escassos, sendo crucial a identificação de factores de risco ligados ao prognóstico que possam ajudar a caracterizar os doentes de alto risco. Objectivos: Determinar a prevalência da estenose intracraniana (EIC) nos doentes internados na UAVC/Serviço de Neurologia do CHUC-HUC, caracterizar clinicamente os AVCs resultantes e avaliar o seu prognóstico funcional e clínico, comparando-a com outras etiologias de AVC. Métodos: Realizámos um estudo seccional cruzado por consulta de base de dados prospectiva de todos os doentes consecutivos internados na UAVC/Serviço de Neurologia do CHUC-HUC por doença cerebrovascular isquémica aguda (AVC/AIT) de Janeiro 2011 a Julho 2012. O diagnóstico foi feito por Doppler Transcraniano Codificado a Cores (DTCC). A avaliação prognóstica fez-se através de um estudo de coorte histórico de todos os doentes com pelo menos 6 meses de seguimento. A avaliação clínica compreendeu a limitação funcional sequelar medida pelas escalas Ranking modificada e National Insitutute of Health Stroke Scale (NIHSS) ao 7º dia/data de alta, a taxa de reinternamento hospitalar e a taxa de recorrência de evento cerebrovascular no território da estenose por 100 doentes-ano. Resultados: Incluímos 762 doentes com uma média de idades de 69,58 anos (DP: 13.38), 71.9% do sexo masculino. A prevalência de EIC sintomática foi de 7.5%, a de outras etiologias 93.5% e a de EIC assintomática 7.5%. Encontrámos associação significativa entre EIC sintomática e antecedentes pessoais de AVC (34.5%; p<0.01), coronariopatia (10.9%; p=0.031), consumo exagerado de álcool (13%; p=0.030) e idade jovem (70.32 (DP: 11.04); p=0.006) e correlação inversa com fibrilhação auricular (7.4%; p=0.08 com outras etiologias e p=0.002 com EIC assintomática) A taxa de recorrência para EIC sintomática foi de 12.86 por 100 doentes-ano e para EIC assintomática de 4.68 com período significativamente mais curto de recorrência nas EIC sintomáticas (0.23 meses (DP: 0.43); p=0.040) Discussão: A prevalência da EIC sintomática nos doentes do CHUC–HUC é inferior à população asiática e hispânica. Na Europa é superior à holandesa, semelhante à grega e inferior à espanhola. Principal Conclusão: É obrigatório tratar e vigiar os doentes com EIC sintomática dada a elevada taxa de recorrência de AVC isquémicos que apresentam e a precocidade com que esta pode ocorrer
Background: Intracranial atherosclerotic represents an increasingly more important cause of ischemic stroke, with its incidence changing significantly depending on the demographic population. It is associated with a high clinical recurrence rate, especially in the same arterial territory. Data in Portugal is limited; therefore it seems crucial to identify the prognostic factors that characterize high-risk patients. Objectives: To determine the prevalence of intracranial stenosis among patients on UAVC/Serviço de Neurologia of CHUC-HUC, to clinically characterize this type of stroke and to evaluate its functional and clinical prognosis, comparing it to other causes of stroke. Methods: We did a cross-sectional study by consulting prospective data of all consecutive hospitalized patients in UAVC/Serviço de Neurologia of CHUC-HUC with cerebrovascular ischemic disease (stroke or TIA) between January 2011 and July 2012. Diagnosis was made by Transcranial Color-Coded Duplex Sonography. Prognosis was evaluated by an historic cohort study of all patients with at least 6 months of follow-up. Clinical evaluation included function impairment by modified Ranking scale and neurological deficits by National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) at discharge/7 days, hospitalization rate in any hospital service and recurrence rate of intracranial stenosis. Results: We included 762 patients, mean age 69.58 (SD: 13.38), 71.9% male. The incidence of symptomatic intracranial stenosis (ICS) was 7.5%, other etiology 93.5% and asymptomatic intracranial stenosis 7.5%. We found a significant interaction between symptomatic ICS and history of previous stroke (34.5%; p<0.01), coronary heart disease (10.9%; p=0.031), exaggerated consumption of alcohol (13%; p=0.030) and young age (70.32 (SD: 11.04); p=0.006) and an inverse correlation with atrial fibrillation (AF) (7.4%; p=0.08 with other causes and p=0.002 with asymptomatic ICS) The recurrence of symptomatic ICS was 12.86 per 100 patients-year and the asymptomatic was of 4.68. Symptomatic ICS occurred significantly earlier than asymptomatic (0.23 (SD: 0.43); p=0.040) Discussion: Incidence of symptomatic ICS in patients of CHUC– HUC is inferior to the one found in asiatic and hispanic populations. In Europe, portuguese incidence is superior to dutch, similar to greek and inferior to spanish. Main Conclusion: It’s crucial to oversee and treat a patient with symptomatic ICS due to its high recurrence and a short time before a new episode
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Neurologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/80141
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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