Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/658
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.authorPereira, Ana Leonor Dias da Conceição-
dc.date.accessioned2008-12-05T15:03:17Z-
dc.date.available2008-12-05T15:03:17Z-
dc.date.issued1998-01-14en_US
dc.identifier.citationPEREIRA, Ana Leonor - Darwin em Portugal : 1865-1914 : filosofia, história, engenharia social. Coimbra, 1997.-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/658-
dc.descriptionTese de doutoramento em Letras, na área de História (História da Cultura) apresentada à Fac. de Letras da Univ. de Coimbra-
dc.description.abstractNa introdução do nosso estudo definimos o nosso referente, a teoria da evolução darwiniana e as suas relações privilegiadas com os evolucionismos de Herbert Spencer e de Ernst Hæckel, para sabermos exactamente o que é que íamos procurar na cultura portuguesa e para podermos caracterizar o tipo de acolhimento que a filosofia, as diversas teorias da história e da sociedade fizeram do darwinismo. Além disso, procurámos transmitir uma ideia propedêutica da recepção do darwinismo em Portugal; por um lado, através das suas incidências nas ciências naturais e, por outro lado, tomando como barómetro os artigos e as notícias que se publicaram, expressamente, para homenagear o sábio inglês, por ocasião da sua morte, em 1882, e aquando do quinquagésimo aniversário da Origem das espécies, em 1909. O nosso estudo divide-se em três partes, correspondentes a três domínios (filosofia, história e engenharia social) que ordenámos segundo o critério clássico do grau de abstracção. Embora distintas, as três partes estão unidas por uma comunidade problemática que, tomada globalmente, consiste em determinar o valor que nos referidos campos foi atribuído à teoria darwiniana. Consoante as particularidades das fontes, aquela problemática comum diversifica-se em múltiplas questões. Entre estas, refira-se, nomeadamente, a averiguação e o exame das formas de apropriação e de uso que as teorias da história e da sociedade fizeram da lógica evolucionária de Darwin, entre 1865 e 1914. Na primeira parte, analisamos os efeitos produzidos pelo darwinismo na reflexão filosófica anteriana. Se o poeta filósofo não é toda a filosofia portuguesa, entre 1865 e 1914, a verdade é que ele foi o único que lutou pela salvação filosófica da ciência, em particular, da teoria científica da evolução. Antero, "o Só", como foi identificado por Manuel Laranjeira, concebeu uma metafísica evolucionista que valorizava a teoria darwiniana da evolução, mas que também via na Weltanschauung cientista um sinal dos tempos. Assim, embora Antero recuse o estatuto de filosofia ao monismo hæckeliano, atribui-lhe o mérito de mostrar que a verdadeira filosofia não podia ser construída à margem do progresso científico. O esforço único e criativo que Antero desenvolveu para conciliar a metafísica com a ciência impôs que lhe tivessemos dado um tratamento de distinção. Na segunda parte do nosso estudo, analisamos o impacto do darwinismo na história, e especialmente, na teoria teofiliana da história, nas posições dos críticos de Teófilo Braga, na "teoria da história universal" de Oliveira Martins, nos estudos de Ramalho Ortigão e, finalmente, na teoria da história da Augusto Coelho. Conforme se verificará, os modos como os referidos autores enquadram e utilizam os enunciados darwinianos da "preservação das raças favorecidas na luta pela vida" ou selecção natural, da luta inter-racial, da hereditariedade, do evolver imprevisível, etc., acusam diferenças que, em última análise, traduzem variações do chamado "mito ariano" (Léon Poliakov) que, na época considerada, recebeu a cobertura da lógica darwinista da história. A terceira parte do nosso estudo intitula-se engenharia social (conhecer para transformar) e nela abordamos a construção sociológica teofiliana, o modelo-zénite de Júlio de Matos, a apropriação do darwinismo pela teoria-prática anarquista e os reflexos da eugenia em Portugal, no período histórico em causa. O ideário acrata, com a sua fundamentação cientista, é aquele que melhor permite provar que o darwinismo se converteu num Zeitgeist; por outro lado, é o testemunho mais perturbador de que a lógica darwiniana da história serviu ideários sociais que, em rigor, estavam completamente fora dos horizontes do sábio inglês. O nosso estudo termina com o consenso alargado da elite pensante, sobretudo médica, em torno das implicações eugénicas do darwinismo. A moderação das propostas eugénicas avançadas, entre 1865 e 1914, a prudência jurídica nesta delicada matéria, aliadas a outros indicativos da época, revelam a profunda "paixão" de Portugal pela França.en_US
dc.language.isoporpor
dc.rightsembargoedAccesseng
dc.subjectHistória da Culturaen_US
dc.subjectDarwin, Charles, 1809-1882-
dc.subjectSpencer, Herbert, 1820-1903-
dc.subjectQuental, Antero de, 1842-1891-
dc.titleDarwin em Portugal : 1865-1914 : filosofia, história, engenharia socialen_US
dc.typedoctoralThesisen_US
uc.controloAutoridadeSim-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.openairetypedoctoralThesis-
item.cerifentitytypePublications-
item.grantfulltextnone-
item.fulltextSem Texto completo-
item.languageiso639-1pt-
crisitem.author.researchunitCEIS20 - Centre of 20th Century Interdisciplinary Studies-
crisitem.author.orcid0000-0003-3581-1359-
Appears in Collections:FLUC Secção de História - Teses de Doutoramento
Show simple item record

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.