Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/5917
Title: O desenho do território e a construção da paisagem na ilha de S. Miguel, Açores, na segunda metade do século XIX, através de um dos seus protagonistas
Authors: Borges, Pedro Maurício de Loureiro Costa 
Orientador: Costa, Alexandre Alves
Keywords: Paisagem, Ilha de S. Miguel, séc. 19
Issue Date: 31-Jul-2008
Citation: Borges, Pedro Maurício - O desenho do território e a construção da paisagem na Ilha de S. Miguel, Açores, na segunda metade do século XIX, através de um dos seus protagonistas. Coimbra, 2007.
Abstract: José do Canto (1820-1898) e a sua casa agrícola marcaram de forma determinante e inovadora a construção da paisagem na ilha de São Miguel, Açores, na segunda metade do século XIX, segundo modalidades que se investigam na presente dissertação. Na primeira parte, exploram-se as determinantes funcionais do desenho do território: o regime jurídico da propriedade fundiária; as principais culturas e a mecanização; o associativismo e a florestação; o papel estruturante das sebes vivas, muros de pedra e outras formas de vedação e de modelação de terrenos. Detecta-se em José do Canto uma forte sistemática nas operações de divisão e subdivisão do território, na sua transformação e ordenamento, reveladora de uma clara intencionalidade projectual: desde o arroteamento dos matos, com a sua medição, divisão e vedação, à geometria da plantação de laranjais. O domínio e a intencionalidade do projecto comprovam-se na arquitectura para as suas granjas-modelo. José do Canto é um dos protagonistas do ambicioso plano de modernização à escala da ilha que, entre outros, se exprime através de profunda reconversão agrícola e da construção de infraestruturas, tais como o porto e as estradas, mas também da progressiva transformação do território em paisagem. A propósito da primeira propriedade fora do "jardim da cidade" em que José do Canto ensaia a plantação silvícola for effect, far-se-á um excurso sobre John Claudius Loudon, o enciclopedista escocês que coleccionou a totalidade do conhecimento sobre a paisagem, da horticultura à arquitectura. Com efeito, Loudon foi o autor mais influente da secção sobre a paisagem da extensa biblioteca de José do Canto. Nesta segunda parte destacam-se alguns dos seus textos doutrinários. Na terceira parte, percorre-se a paisagem construída for utility and for effect, em que às determinações funcionais e abstractas se juntam as razões estéticas e qualitativas do desenho. Na composição mais ambiciosa e sofisticada de José do Canto, situada nas margens da lagoa das Furnas, os modelos formais para o desenho da paisagem são claramente estrangeiros e de matriz erudita, sejam estes adoptados conscientemente do Bois de Boulogne ou do imaginário dos lagos da Suíça, imagens que já vagueavam por aquelas paragens desde o início do século. Palavras chave: José do Canto; São Miguel, Açores; Séc. XIX; Território e paisagem; Propriedade, morgadios e arrendamentos; Quintas da laranja, muros de pedra, sebes vivas; Estradas; Florestas; Arquitectura; Arquitectura de granjas agrícolas, cottages e chalets.
José do Canto and his agricultural estate have left a lasting and innovative imprint in the landscape of São Miguel island, in Azores (Portugal), in the second half of the 19th century, through ways that will be investigated by this research. In part 1, I shall draw on the functional determinations shaping the territory: the legal frame and land ownership; prevailing crops and mechanization; forestation and societal organizations; the crucial role of hedgerows, stonewalls and other fencing structures. In the activity undertaken by José do Canto in the partition and subdivison of the territory, in its transformation and planning, it is acknowledgeable a strong and rather innovative will to design: both through the breaking up of lands for tillage, their measurement, partition and fencing, and through the imposition of grids in the planting of orange gardens. The mastery and willfulness of design emerges in a rather clear way through the architecture for his model-farms. José do Canto is a prominent character in the enactment of a vast modernization programme covering the whole island that, among others, included the restructuring of crops and the construction of an harbour, but also the transformation of the territory into landscape. The first property in land beyond the "garden city" that José do Canto will transform into a forestry plantation for effect will lead us onto John Claudius Loudon, the famous Scottish encyclopaedist that aimed at gathering the totality of the knowledge on the landscape, from horticulture to architecture. Indeed, Loudon was the most important author in the section on landscape of José do Canto's large library. In part 2 I shall focus on some of his doctrinal texts. In part 3 I shall go through the landscape designed for utility and for effect; the landscape that besides being shaped by functional and abstract determinations was also designed by an aesthetic and qualitative will. José do Canto's most ambitious and sophisticated undertaking, in the bank of Furnas lake, is clearly informed by foreign and erudite formal models, whether consciously deriving from the Bois de Boulogne or from the imaginary of Swiss lakes, images that wandered in the island since the beginning of century.
Description: Tese de Doutoramento em Arquitectura (Teoria e História da Arquitectura) apresentada a Fac. de Ciências e Tecnologia da Univ. de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/5917
Rights: openAccess
Appears in Collections:FCTUC Arquitectura - Teses de Doutoramento

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