Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/48163
Title: Correlação entre localização e atividade epileptogénica : comparação entre epilepsias focais por tumores benignos e displasias corticais focais
Authors: Brás, Ana Catarina Branquinho 
Orientador: Inácio, Francisco José Sales Almeida
Santana, Maria Isabel Jacinto
Keywords: Displasia Cortical Focal; Tumor SNC de baixo grau; Atividade Interictal; Atividade Ictal; Dispersão da atividade interictal
Issue Date: Mar-2013
Abstract: Introdução Neste trabalho, procurámos determinar a localização da zona epileptogénica tendo por base duas populações distintas mas homogéneas de doentes - tumores de baixo grau e displasia cortical focal - tentando estabelecer uma correlação entre as áreas lesionais, as áreas de atividade paroxística interictais (áreas “irritativas”) e as zonas de início de atividade ictal. Sendo assim, tentámos compreender se a concordância/discrepância entre a atividade ictal/interictal é dependente da topografia ou da etiologia da lesão. Posteriormente avaliámos a relação da dispersão da atividade interictal com determinados indicadores clínicos de gravidade associados à epilepsia. Métodos Selecionámos 15 doentes com tumores de baixo grau e 13 doentes com displasia cortical focal. Todos os doentes apresentavam lesão focal única documentada por RMN 1,5T e todos foram submetidos a monitorização Vídeo-EEG. Categorizámos os doentes consoante a localização da lesão (frontal, temporal, central ou parieto-occipital). De seguida, para cada doente medimos a atividade ictal e interictal nos elétrodos e fizemos uma divisão cerebral em cinco regiões (frontal, temporal, central, parietooccipital e contralateral à lesão) consoante a distribuição e percentagem de atividade registada pelos elétrodos. Por último, comparámos a localização das atividades interictal, ictal e sua concordância com a localização da lesão. Resultados Os doentes com tumores de baixo grau na região temporal tinham um padrão de atividade ictal maioritariamente localizado na área lesional. Já nos doentes com displasia cortical focal temporal o padrão da atividade interictal foi o mais localizado na área lesional. Estas diferenças entre o padrão de distribuição da atividade ictal/interictal para a região temporal poderão resultar da etiologia da lesão. Os doentes com displasia cortical focal frontal apresentaram um padrão discordante entre a atividade ictal e interictal, exceto quando o padrão interictal era constituído por surtos repetitivos. Não foi possível comparar este grupo de doentes com o grupo dos tumores benignos dadas as dimensões da amostra. Para as restantes regiões cerebrais, independentemente do tipo de lesão, tanto a atividade ictal como interictal foram registadas predominantemente fora da região lesional. Por outro lado, verificámos que a dispersão da atividade interictal parece influenciar dois dos indicadores de gravidade clínica da epilepsia avaliados: co-morbilidades psiquiátricas e frequência de crises (apenas nos doentes com displasia cortical focal). Conclusão A realização deste estudo permitiu-nos concluir que a importância relativa das medidas de localização da área epileptogénica (atividade de início ictal, atividade interictal e área lesional) varia consoante a etiologia da lesão (nomeadamente para a região temporal) e topografia da lesão (nomeadamente para as regiões parieto-occipital e central)
Purpose With this work, we have tried to determine and identify the location of the epileptogenic zone within two distinct but homogeneous groups of patients – low-grade tumours and focal cortical dysplasia – trying to establish a correlation among the lesion topography and the interictal and the initial ictal activity areas. This way, we have tried to understand whether the congruence/discrepancy between the ictal/interictal activities depends on the topography or on the aetiology of the lesion. Finally, we have evaluated the relation between the dispersal of the interictal activity and some of the clinical criteria used to rate epilepsy severity. Methods We have selected 15 patients presenting a low-grade tumour, and 13 patients presenting focal cortical dysplasia. All of them performed a 1.5 MRI scan, confirming a single focal lesion, and were also submitted to a long term video-EEG monitoring. After we have categorized the patients based on the location of their lesions (frontal, temporal, central or parieto-occipital), we have quantified the ictal and interictal activity and made a brain distinction into five different areas (frontal, temporal, central, parieto-occipital and contralateral to the lesion), according to the distribution and percentage of activity recorded by the scalp electrodes. Lastly, we have compared the location of the interictal and ictal activities in accordance with the location of the lesion. Key findings Patients with temporal low-grade tumour showed an ictal activity pattern mostly located in the lesion area. Conversely, patients with temporal focal cortical dysplasia showed that most the interictal activity was located within the lesion area. These differences, with respect to the temporal area, might be justified by the aetiology of the lesion. On the other hand, patients with frontal focal cortical dysplasia showed a non-concordant pattern between the ictal and interictal activity, except when the interictal one was constituted by a repetitive spiking pattern. It was not possible to compare this group with the benign tumour’s group, due to the reduced sample size. For every patient with lesions placed outside the frontal and temporal lobes, the ictal and interictal activity were mostly located outside of the lesion area, regardless the type of lesion. Lastly, we were able to demonstrate that the interictal activity dispersion correlated only with two of the different used clinical epilepsy severity criteria, named: psychiatric comorbidities and seizure frequency (this one applying only to focal cortical dysplasia patients). Significance From this study, one can conclude that the relative significance of the measures to locate the epileptogenic area (initial ictal activity, interictal activity and lesion area) vary according to the lesion’s aetiology (in particular when considering the temporal lobe) and the lesion’s topography (particularly when referring to the parieto-occipital and central areas).
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Neurologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/48163
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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