Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/48045
Title: Frequência cardíaca durante a prova de esforço e sua relação com o prognóstico
Authors: Prelhaz, Ana Carolina Figueira 
Orientador: Ferreira, Maria João Vidigal
Mendes, Mendes
Keywords: Isquemia miocárdica; Prova de esforço; Frequência cardíaca; Prognóstico
Issue Date: Mar-2011
Abstract: I. INTRODUCTION Functional capacity, arterial blood pressure variations, chronotropic evolution and development of arrhythmia during and after the exercise test have revealed increasing significance in stratifying the risk of coronary artery disease. Chronotropic incompetence seems to be related to more severe coronary artery disease, left ventricular dysfunction, sinoatrial or atrioventricular node dysfunction and anomalies in the autonomic nervous system. Consequently, it’s related to an increased cardiovascular mortality and worse prognosis. II. GOALS This study aims to evaluate the prognosis value of the heart rate variations in the exercise test and its correlation with the development of electrocardiographic markers of ischemia. III. METHODOLOGY This was a longitudinal retrospective study that included 183 patients with coronary heart disease (history of myocardial infarction and/or myocardial revascularization), 49 of them under β-blocker therapy, witch realized exercise test by the Bruce protocol in 2006, in the Cardiology department of the Coimbra University Hospital. The exclusion criteria were: exercise test to estimate functional capacity, to evaluate arrhythmia or to study suspected coronary artery disease. The group was characterized according to gender, age, body mass index, β-blocker therapy, resting heart rate and resting double product. The following parameters were analyzed: exercise duration, METs achieved, resting and stress double product, maximal heart rate, heart rate reserve, percentage of maximal heart rate predicted for age, basal heart rate recovery and heart rate recovery at the first minute, ST segment depression and angor. Follow-up lasted until the end of 2009 or until a cardiovascular event. IV. RESULTS The studied patients were mainly men (90.2%) with a mean age of 60.0 years (SD ± 10.9). 26.8% of the patients were under β-blocker therapy. 61.7% of the tests were submaximal. 14.2% of the patients developed ST depression and 7.7% reported angor under stress. ST depression was significantly related to angor (p ≤ 0.001) and to basal heart rate recovery (p ≤ 0.001). During follow-up, 25 cardiovascular events were reported. Heart rate reserve (p ≤ 0.05) and submaximal exercise test (p ≤ 0.05) were significantly related to the development of cardiovascular events. The percentage of maximal predicted heart rate, the percentage of heart rate reserve used and chronotropic incompetence had prognostic value (p ≤ 0.05). V. CONCLUSIONS Heart rate variation and particularly chronotropic incompetence during the exercise test seemed to be related with events in patients with coronary artery disease. The routine implementation of heart rate analysis could help to select a group of higher risk patients that could benefit from a more aggressive approach.
I. INTRODUÇÃO A capacidade funcional, a variação da pressão arterial, a evolução cronotrópica e o desenvolvimento de arritmias durante e após a prova de esforço têm revelado crescente importância na estratificação do risco da doença cardíaca isquémica. A incompetência cronotrópica parece relacionar-se com uma maior gravidade da doença coronária, com disfunção ventricular esquerda ou dos nódulos sinoauricular e auriculoventricular e com alterações do tónus do sistema nervoso autónomo, associando-se a um risco aumentado de morte de causa cardiovascular e a um pior prognóstico. II. OBJECTIVOS Este estudo pretende avaliar o valor prognóstico da variação da frequência cardíaca na prova de esforço e relacioná-la com o desenvolvimento de sinais electrocardiográficos de isquémia. III. METODOLOGIA Estudo retrospectivo longitudinal que incluiu 183 doentes com doença coronária (antecedentes de enfarte do miocárdio e/ou revascularização miocárdica), 49 desses doentes sob terapêutica β-bloqueante, que realizaram prova de esforço de acordo com o protocolo de Bruce em 2006, no serviço de Cardiologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Os critérios de exclusão foram: realização de prova de esforço para avaliação da capacidade funcional, de arritmias ou por suspeita de doença coronária isquémica. A Frequência cardíaca durante a prova de esforço e sua relação com o prognóstico Ana Carolina Figueira Prelhaz Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra 7 população foi caracterizada quanto ao género, idade, índice de massa corporal (IMC), terapêutica β-bloqueante, frequência cardíaca de repouso e duplo produto de repouso. Foram analisados os seguintes parâmetros da prova: tempo de prova, METS atingidos, duplo produto de repouso, duplo produto de esforço, frequência cardíaca máxima atingida, reserva da frequência cardíaca, percentagem da frequência máxima prevista, tempo de recuperação dos parâmetros basais, recuperação da frequência cardíaca ao 1º minuto de repouso, infradesnivelamento do segmento ST e desenvolvimento de angina. O seguimento foi feito mediante consulta de registos hospitalares até ao final de 2009 ou até à ocorrência de um evento cardiovascular. IV. RESULTADOS O grupo de estudo era constituído maioritariamente por doentes do sexo masculino (90.2%) e tinha uma média de idades de 60.0 anos (DP ± 10.9). 26.8% dos doentes estavam sob terapêutica β-bloqueante. 61.7% das provas foram submáximas. 14.2% dos doentes desenvolveram infradesnivelamento ST 7.7% referiram angina durante o esforço. A presença de infradesnivelamento ST relacionou-se significativamente com a angina (p ≤ 0.001) e com o tempo de recuperação da frequência cardíaca basal (p ≤ 0.001). Durante o seguimento registaram-se 25 eventos cardiovasculares. A reserva da frequência cardíaca (p ≤ 0.05) e a prova submáxima (p ≤ 0.05) associaram-se ao desenvolvimento de eventos. Uma prova máxima, a percentagem da reserva da frequência cardíaca alcançada e a incompetência cronotrópica obtiveram um valor prognóstico significativo (p ≤ 0.05). V. CONCLUSÕES As variações da frequência cardíaca, particularmente a incompetência cronotrópica, durante a prova de esforço parecem relacionar-se com a ocorrência de eventos nos doentes com patologia coronária. A implementação da avaliação destas variações em pacientes revascularizados poderá permitir, de forma simples e não invasiva, a identificação de doentes de alto risco que poderão beneficiar de medidas diagnósticas e terapêuticas mais agressivas
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Cardiologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/48045
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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