Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/44928
Title: Existem diferenças na prevalência dos factores de risco cardiovasculares entre os doentes com EAM com e sem supradesnivelamento de ST?
Authors: Botas, José Filipe dos Santos 
Keywords: Doenças cardiovasculares; Electrocardiografia; Factores de risco
Issue Date: 2009
Abstract: Introdução: De acordo com a nova definição da ESC/ACC/AHA, enfarte agudo do miocárdio corresponde a uma qualquer necrose miocárdica causada por isquémia, existindo dois subtipos: enfarte com supradesnivelamento do segmento ST e enfarte sem supradesnivelamento do segmento ST. O objectivo deste estudo foi confirmar a existência ou não de diferenças ao nível da prevalência dos factores de risco entre estes dois tipos de enfarte. População e métodos: Realizou-se um estudo observacional, longitudinal, retrospectivo de 1026 doentes de ambos os sexos, consecutivamente admitidos numa mesma Unidade de Cuidados Intensivos Coronários por enfarte agudo do miocárdio, entre Maio de 2004 e Dezembro de 2006. Procedeu-se, então, à análise de uma base de dados com registos estandardizados efectuados durante o internamento dos doentes. Resultados: Verificou-se uma maior percentagem na ocorrência de NSTEMI (56,6%), sendo estes doentes mais comummente do sexo feminino (p=0,007), mais idosos (68 vs 66 anos; p=0,012), com uma maior prevalência de factores de risco (HTA, diabetes e dislipidémia; p=0,003; p=0,008 e p=0,002) e de antecedentes coronários, com valores inferiores de biomarcadores cardíacos, efectuando com maior frequência medicação prévia, mas com uma menor percentagem de realização de prevenção secundária. Apresentam também com maior frequência uma doença multi-vaso (p=0,010), realizando, no entanto, com menor frequência cateterismo cardíaco (p<0,001). Os doentes com STEMI apresentaram maior prevalência de tabagismo (p=0,022) e estavam mais frequentemente a fazer medicação cardiovascular no momento da admissão hospitalar. Quanto ao prognóstico intra-hospitalar, os portadores de STEMI apresentaram um maior número de complicações e de taxa de mortalidade, aquando do internamento (p=0,001 e p=0,005). Conclusões: Os resultados deste estudo mostram a existência de diferenças significativas entre os dois grupos de doentes, sendo os doentes com NSTEMI tipicamente do sexo feminino, mais velhos, com um maior número de factores de risco (com excepção do tabagismo) e maior percentagem de antecedentes cardiovasculares. No entanto, são os doentes com STEMI com maior taxa de complicações e de mortalidade durante o internamento, apresentando também mais co-morbilidades, nomeadamente diabetes e insuficiência renal. Um estudo prospectivo mais abrangente e com um seguimento clínico prolongado é necessário para melhor caracterizar as diferenças entre estes dois tipos de enfarte.
Introduction: According to the new definition by ESC/ACC/AHA, any myocardial necrosis caused by ischaemia is considered an acute myocardial infarction (AMI). There are two subtypes: ST-segment elevation (STEMI) and non-ST-segment elevation myocardial infarction (NSTEMI). The aim of this study was to confirm or not the existence of differences in risk factor patterns between these two subtypes. Population and methods: A retrospective longitudinal observational study was performed, involving 1026 patients from both genders, consecutively admitted in a same coronary care unit due to AMI, between May 2004 and December 2006. We analysed a standardized database, made during each patient hospitalization. Results: NSTEMI was more common than STEMI in our population (56.6%). NSTEMI patients were more often female (p=0.007), older (68 vs 66 years old; p=0.012), had a higher prevalence of risk factors (hypertension, diabetes and dyslipidemia; p=0.003; p=0.008; and p=0.002) and coronary artery disease history. NSTEMI patients also had lower cardiac biomarkers, were more often previously medicated, but did less secondary prevention. These patients also had more frequently multivessel disease (p=0.010), having done less cardiac catheterization. (p<0.001). STEMI patients had a higher prevalence of smokers (p=0.022) and were more often medicated with cardiovascular drugs at hospital admission. Regarding inhospital prognosis, STEMI patients had more complications and a higher mortality rate. Conclusion: This study showed the existence of significant differences between the two groups of patients. NSTEMI patients were typically female, older, had more risk factors (except smoking) and a higher percentage of previous cardiovascular history. However, STEMI patients had a higher complication and mortality rate during hospitalization, having also more co-morbidities, namely diabetes and renal failure. A more comprehensive prospective study, with a longer follow-up, is necessary to better characterize the differences between these two types of AMI.
Description: Trabalho final do 6º ano médico com vista à atribuição do Grau de mestre no âmbito do ciclo de estudos de mestrado integrado em medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/44928
Rights: openAccess
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FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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