Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/44369
Title: Avaliação do risco-benefício dos bifosfonatos em mulheres com osteoporose da pós-menopausa
Authors: Oliveira, Pedro Miguel Costa Ferreira 
Orientador: Costa, Maria Isabel Ribeiro Reis Torgal Dias
Keywords: Osteoporose pós-menopausa; Bifosfonatos
Issue Date: Jan-2011
Abstract: A osteoporose da pós-menopausa é um problema major de saúde pública que pode afectar cerca de 20 % destas mulheres. A maioria destes casos carece de tratamento farmacológico, e os bifosfonatos são, actualmente, os agentes de primeira linha no tratamento deste distúrbio esquelético. Este trabalho tem por objectivo proceder à avaliação do perfil risco-benefício dos bifosfonatos na terapêutica da osteoporose da pós-menopausa. Para isso, procedeu-se à análise de artigos científicos e de revisão acerca desta temática. Os artigos consultados foram publicados entre 2004-2010. Os bifosfonatos são uma classe de fármacos, podendo ser agrupados em bifosfonatos não-aminados e aminados (alendronato, risendronato, ibandronato, pamidronato e ácido zolendrónico). Apenas estes últimos têm interesse farmacológico e clínico, em virtude da sua maior potência relativa. São fármacos cuja absorção gastrointestinal é muito reduzida; contudo, a biodisponibilidade após administração endovenosa é muito maior. São inibidores da actividade osteoclástica, actuando especificamente nestas células. Assim, ao reduzirem a reabsorção óssea, promovem o aumento subsequente da sua densidade mineral. Segundo diversos estudos, os bifosfonatos previnem a perda de massa óssea, preservam a estrutura do osso, reduzem a sua fragilidade e o risco de fracturas. Revelaram-se mais eficazes que os restantes tratamentos alternativos para a osteoporose da pós-menopausa. Estão disponíveis bifosfonatos orais (alendronato, risendronato e ibandronato) e endovenosos (ibandronato, pamidronato, ácido zolendrónico). Existem formulações orais diárias, orais intermitentes e infusões endovenosas. Estas duas últimas formulações estão associadas a uma maior adesão a longo prazo e, por conseguinte, maior redução do risco de fracturas: associam menor frequência das administrações, menor incómodo e menor incidência de efeitos secundários digestivos. São, portanto, os esquemas preferidos pelas doentes. Apresentam alguns efeitos secundários, principalmente do foro gastrointestinal. Estes afectam negativamente a adesão ao tratamento, mas podem ser minimizados se administrados correctamente, ou optando pelos esquemas intermitentes ou endovenosos. A osteonecrose dos maxilares foi recentemente reconhecida como um efeito secundário dos bifosfonatos, e a relação de causa-efeito está bem estabelecida. É um efeito adverso grave que tem limitado a prescrição dos bifosfonatos a estas mulheres. Contudo, de uma forma geral, são fármacos seguros e bem tolerados. São igualmente os agentes com a melhor relação custo-benefício. Os bifosfonatos são geralmente os agentes terapêuticos de primeira linha para a maioria das mulheres em pós-menopausa com osteoporose, devido à sua elevada potência, eficácia, bom perfil de segurança e boa relação custo-benefício.
Postmenopausal osteoporosis is a major public health problem. It affects 20 % of postmenopausal women. Most of these cases require pharmacological intervention, and bisphosphonates are now the primary agents for the treatment of this skeletal disorder. This report aims to evaluate the risks and the benefits of bisphosphonates in the treatment of postmenopausal osteoporosis. So, I analyzed scientific and revision articles concerned on this theme that were published between 2004 and 2010. Bisphosphonates are drugs that can be classified in two distinct groups: non-nitrogen-containing bisphosphonates and nitrogen-containing bisphosphonates (alendronate, risendronate, ibandronate, pamidronate and zolendronic acid). Given the fact that the latter ones are more potent than the former, only nitrogen-containing bisphosphonates are used in clinical practice. Their gastrointestinal absorption is very poor; however, their bioavailability, after intravenous administration, is very high. Bisphosphonates are potent osteoclasts inhibitors, reducing bone resorption, and increasing bone mineral density. According to various studies, bisphosphonates prevent bone mass loss, preserve its structure and reduce the fracture risk in vertebral and non-vertebral sites. They are considered as the more efficient drugs for the treatment of postmenopausal osteoporosis. There are oral bisphosphonates (alendronate, risendronate, ibandronate) and intravenous bisphosphonates (ibandronate, pamidronate, zolendronic acid). These drugs may be administrated in daily oral, intermittent oral and intermittent intravenous regimens. Intermittent regimens are more convenient for most of postmenopausal women than daily oral regimens: they require a less number of complex administrations and limit the risk of digestive adverse effects. Bisphosphonates have some side effects; gastrointestinal adverse effects are the most common ones, and they reduce patient’s adherence to the treatment. Nevertheless, their prevalence can be reduced if they are taken correctly, or eliminated if intravenous bisphosphonates are given. The osteonecrosis of the jaws is a well recognized adverse effect that was recently attributed to the use of these drugs. It’s a severe undisarable effect that has limited the prescription of bisphosphonates for the treatment of postmenopausal osteoporosis. However, bisphosphonates are considered safe and well tolerated drugs. They are the most cost-effective drugs for this disorder, providing the most benefit at the lowest cost. Bisphosphoantes are now a standard treatment for postmenopausal osteoporosis, due to their high potency, effectiveness, safety and good cost-effectiveness relation.
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina, área cientifica de Ginecologia, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/44369
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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