Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/36957
Title: Consequências da obesidade materna na descendência
Authors: Silva, Eduardo Miguel Vale da Paixão e 
Orientador: Carvalheiro, Manuela Rebelo
Keywords: Gravidez; Obesidade; Desenvolvimento fetal
Issue Date: Mar-2013
Abstract: The prevalence of obesity has increased worldwide at an alarming rate. As the prevalence of obesity continues to increase worldwide, a boost in the number of women in fertile age with excess weight and obesity has also been detected. At the present time most pregnant women are aware that their diet and nutritional condition can affect their baby’s health. This review seeks to summarize and analyze previously published scientific information relevant to clarifying the short-term and long-term consequences for the descendancy inherent to maternal obesity. Obesity during pregnancy is associated with an enlarged risk of fetal and neonatal complications, namely, a bigger risk of fetal death, of fetal macrosomia or of large fetuses for gestational age, a greater admission rate of newborn to neonatal intensive care units and of an augmented risk of congenital malformations, such as, defects of the neural tube and of congenital cardiopathies. In addition to the short-term consequences of maternal obesity during pregnancy, there is increasing evidence that singles out maternal obesity as responsible for long-term adverse effects in the descendancy’s health. In this context, a new branch of scientific knowledge called Developmental Origins of Health and Disease appeared. DOHaD demonstrated the association between events that happened in precocious stages of the somatic development and the amplification of the risk of lifelong chronic diseases, such as obesity and metabolic syndrome. This fetal programming seems to significantly contribute to the current epidemic of obesity and type 2 diabetes. In humans, maternal obesity has also been associated with other long-term adverse effects in the descendancy’s health, for instance, the risk of developing asthma, disturbance of the descendancy’s neurological function including the cognitive function and contributes towards psychiatric and humour disorders. Maternal obesity is also associated with an increased risk of cardiovascular disease in the adult descendancy, in particular, coronary artery disease and the lifelong persistent arterial hypertension. Thus, although there is still little progress achieved in this area of research, there already exists the certainty that maternal obesity has a direct and lasting impact on descendancy through multifactorial causes not yet totally comprehended. Therefore, until we understand better the underlying genetic predispositions, the physiology and the mechanisms related with the maternal and fetoplacental interactions involved in fetal growth and development, all treatments will necessarily have to be empirical.
A prevalência da obesidade tem aumentado de uma forma alarmante a nível mundial. À medida que a prevalência da obesidade a nível global continua a aumentar, tem-se constatado igualmente um aumento do número de mulheres em idade fértil com excesso de peso e obesidade. Atualmente, a maioria das mulheres grávidas tem consciência que a sua dieta e estado nutricional pode afetar a saúde do seu bebe. Este trabalho de revisão procura sumariar e analisar informação científica já publicada de modo a esclarecer quais as consequências a curto e longo prazo para a descendência inerentes à obesidade materna. A obesidade durante a gravidez está associada a um aumento do risco de complicações fetais e neonatais, designadamente, um risco aumentado de morte fetal, de macrossomia fetal ou de fetos grandes para a idade gestacional, uma maior admissão dos recém-nascidos em unidades de cuidados intensivos neonatais e a um risco aumentado de malformações congénitas, nomeadamente, defeitos do tubo neural e de cardiopatias congénitas. Além das consequências a curto prazo da obesidade materna durante a gravidez, existem cada vez mais evidências que apontam a obesidade materna como responsável por efeitos adversos a longo prazo na saúde da descendência. Neste contexto, surgiu um novo ramo do conhecimento científico denominado Developmental Origins of Health and Disease. A DOHaD demonstrou a associação entre eventos ocorridos em fases precoces do desenvolvimento somático e a amplificação do risco para doenças crónicas ao longo da vida, tais como obesidade e síndrome metabólico. Esta programação fetal parece contribuir significativamente para a atual epidemia de obesidade e diabetes tipo 2. Em seres humanos, a obesidade materna tem sido igualmente associada a outros efeitos adversos na saúde da descendência a longo prazo, nomeadamente, o risco de desenvolvimento de asma, de perturbação da função neurológica da descendência incluindo a função cognitiva e contribui para distúrbios psiquiátricos ou do humor. A obesidade materna está igualmente associada a um risco aumentado de doença cardiovascular na descendência adulta, designadamente, de doença arterial coronária, e de hipertensão arterial persistente ao longo da vida. Assim, apesar de ainda serem poucos os progressos alcançados nesta área de investigação, existe já a certeza de que a obesidade materna tem um impacto direto e duradouro sobre a descendência através de causas multifatoriais ainda não totalmente compreendidas. Desta forma, até compreendermos melhor as predisposições genéticas subjacentes, a fisiologia e os mecanismos relacionados com as interações maternas e fetoplacentárias envolvidas no desenvolvimento e crescimento fetal, todos os tratamentos terão de ser necessariamente empíricos.
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Endocrinologia, apresentada á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/36957
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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