Direct pulp capping: a retrospective study

Abstract

Background: Preserving pulp vitality is one of the most important goals of modern conservative dentistry. Although materials and techniques are widely described in the literature, treating pulp exposures due to caries lesions, mechanical factors or trauma in a conservative and effective way still remains an important and unpredictable challenge. Aim: The objective of this work was to make a retrospective clinical and radiological evaluation of the long-term success of pulp capping in permanent teeth. Materials and methods: Thirty-seven pulp capped teeth were elected from a total of 104 cases according to determinate inclusion criteria such as asymptomatic teeth without signals of irreversible pulpitis, adequate bleeding control to perform capping and restorative procedures, pulp capping procedures done by two defined experienced operators, good oral and general health, minimum of 12 months of follow-up and well-documented technical data from the procedures. Patients provided written and informed consent to participate in the study. Clinical evaluation of pulp-capped teeth was performed based on World Dental Federation criteria and complemented with some additional specifications. Results: The global survival rate of pulp capping was 94.4%, 88.2% and 70.2% determined for the 12th, 60th and 120th month respectively. Unfavourable outcomes registered a mean survival time of 63.8±47.9 months. Significant differences were found for capping material, as mineral trioxide aggregate showed a statistically significant better performance than adhesive systems (p= 0.011). Data regarding aetiology of the exposure, age of the patient, preoperative symptoms, use of rubber dam isolation, contamination, and pulpal bleeding were statistically analysed for failure and none seemed to influence the outcome of the treatment (p>0.05 for all features). Conclusion: Within the limitations of interpretation of the results of this study due to the ratio between the number of cases observed and the number of variables recorded, direct pulp capping proved to be a successful long-term therapy. Mineral trioxide aggregate seems to have higher efficacy than adhesive systems as a pulp-capping material. Introdução: A manutenção da vitalidade pulpar é um dos objetivos mais relevantes da dentisteria moderna e conservadora. Contudo, apesar de na literatura constar uma descrição ampla dos materiais e das técnicas, o tratamento de exposições pulpares devido a lesões de cárie, iatrogénicas ou traumatismos dentários, de um modo conservador e efetivo, permanece como um desafio imprevisível. Objetivo: O objetivo deste trabalho é realizar um estudo retrospetivo para avaliar o sucesso a longo prazo das proteções pulpares diretas nos dentes permanentes. Materiais e Métodos: Trinta e sete protecções pulpares diretas foram selecionadas e observadas neste estudo, de um total de 104 casos clínicos, de acordo com os seguintes critérios de inclusão: proteções pulpares diretas realizadas por dois operadores, com mínimo de 12 meses, em dentes que não apresentavam sinais ou sintomas de patologia pulpar irreversível e que obtiveram uma hemostase adequada para se proceder à colocação do material de proteção pulpar e restaurador, cujos pacientes apresentavam um bom estado de saúde oral e sistémica, assinaram o consentimento informado, e sobre os quais se encontrava disponível informação sobre o tratamento efetuado. Os critérios de avaliação clínica das proteções pulpares foram executados com base nos critérios de avaliação da World Dental Federation, tendo sido complementados com alguns parâmetros considerados importantes na avaliação deste tipo de tratamentos. Resultados: A taxa de sobrevivência global foi de 94.4%, 88.2% e 70.2% aos 12 meses, 60 meses e 120 meses, respetivamente. Os casos de insucesso registaram um tempo médio de sobrevivência de 63.8±47.9 meses. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas respeitantes ao material, sendo que o cimento de agregado trióxido de minerais mostrou um melhor desempenho em relação aos adesivos (p= 0.011). Foram também analisados fatores relativos à etiologia da exposição, a idade do paciente, os sintomas pré-operatórios, contaminação durante o procedimento e a hemorragia pulpar. Nenhum destes fatores se mostrou determinante para o insucesso do tratamento (p> 0.05 para todos os fatores). Conclusão: Apesar das limitações inerentes ao estudo devido ao número de casos observados e ao número de variáveis, as proteções pulpares demonstraram ser um tratamento com resultados favoráveis a longo prazo. Os cimentos de agregado de trióxido de minerais parecem ter uma melhor eficácia em relação aos sistemas adesivos como material de proteção pulpar direta.