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https://hdl.handle.net/10316/36191
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.contributor.author | Schurmans, Fabrice | - |
dc.date.accessioned | 2017-01-18T14:26:28Z | - |
dc.date.available | 2017-01-18T14:26:28Z | - |
dc.date.issued | 2008 | - |
dc.identifier.issn | 1647-0737 | por |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/10316/36191 | - |
dc.description.abstract | Se julgarmos o estado de uma sociedade à luz da relação que esta mantém com o seu passado, temos de concordar que a França da V República tem um problema com a gestão da memória do seu passado colonial. O ponto de vista oficial oscila entre a deformação dos factos e a denegação dos crimes e traduz-se numa lei (23 de Fevereiro de 2005) que pretende realçar no seu artigo 4 o papel positivo da colonização. Para mim, esta atitude, assim como a recusa de um pedido de desculpa às vítimas, revelam uma outra questão, mais essencial: o quadro epistemológico no qual se insere a maior parte dos discursos sobre África. De facto, grande parte destes manam de uma ideologia, o africanismo, que simultaneamente pretende facultar uma explicação totalizante/satisfatória e enclausura tanto o sujeito (o Africano é reduzido a algumas característica essenciais) como o produtor (que não consegue extrair-se do quadro em questão). Pretendo aqui examinar dois textos africanistas, As Origens do Totalitarismo (Arendt) e o Discurso de Dakar (Sarkozy), que com mais de cinquenta anos de distância entre si retomam os mesmos tópicos sobre a África para os transformar em veículos da ideologia africanista. Tentarei também analisar a fonte filosófica (Hegel) que irriga ambos os textos e mostrar a premência do africanismo (e por conseguinte a dificuldade em combatê-lo) no seio de uma certa sociedade ocidental. Apesar de cinquenta anos de refutação e desconstruções por parte de intelectuais e cientistas oriundos tanto do Sul como do Norte, o africanismo continua a prosperar numa multiplicidade de textos: da literatura popular à imprensa passando pelo cinema, ele reproduz-se não só pela utilização dos poucos estereótipos ao seu dispor como pela actualização sistemática da mesma estratégia discursiva. A força com a qual esta ideologia continua a se impor torna assim difícil, a meu ver, falar de uma relação de igualdade entre as partes. | por |
dc.language.iso | por | por |
dc.publisher | Centro de Estudos Sociais | por |
dc.rights | openAccess | por |
dc.title | De Hannah Arendt a Nicolas Sarkozy: leitura pós-colonial do discurso africanista | por |
dc.type | article | - |
degois.publication.issue | 02 | por |
degois.publication.location | Coimbra | por |
degois.publication.title | e-cadernos CES | por |
dc.relation.publisherversion | http://eces.revues.org/1284 | por |
dc.peerreviewed | yes | por |
dc.identifier.doi | 10.4000/eces.1284 | por |
dc.identifier.doi | 10.4000/eces.1284 | - |
uc.controloAutoridade | Sim | - |
item.fulltext | Com Texto completo | - |
item.openairecristype | http://purl.org/coar/resource_type/c_18cf | - |
item.languageiso639-1 | pt | - |
item.openairetype | article | - |
item.cerifentitytype | Publications | - |
item.grantfulltext | open | - |
crisitem.author.researchunit | CES – Centre for Social Studies | - |
crisitem.author.parentresearchunit | University of Coimbra | - |
crisitem.author.orcid | 0000-0001-8451-1921 | - |
Aparece nas coleções: | I&D CES - Artigos em Revistas Nacionais |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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De Hannah Arendt a Nicolas Sarkozy Leitura pós-colonial do discurso africanista.pdf | 285.44 kB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
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