Intimate partner violence and risk and protective behaviors in college students: is there any relationship?

Abstract

Entre os estudantes universitários têm sido preocupantes os relatos que apontam para a existência de violência nas relações de intimidade, bem como são notícia os comportamentos de risco (por exemplo, o consumo exagerado de álcool) que eles parecem exibir em situações recreativas noturnas. Com o presente trabalho pretende-se: 1) identificar a prevalência de violência íntima entre os estudantes universitários; 2) identificar as crenças legitimizadoras da violência íntima; 3) identificar os comportamentos de risco e de protecção que os alunos apresentam na recreação noturna; 4) estudar a relação entre a violência íntima e os comportamentos de risco e de proteção que estudantes adotam na recreação noturna; 5) estudar a relação entre as crenças sobre a violência íntima e o comportamento de risco e de proteção. Da amostra fizeram parte 175 estudantes (52.6% do sexo masculino e 47.4% do sexo feminino) com idades compreendidas entre 17 e 34 anos (M=21.5%; SD= 3.203) da Universidade de Coimbra e dos Institutos Politécnicos de Coimbra. Os instrumentos utilizados foram: Questionário Sócio-demográfico, Inventário de Violência Conjugal (I.V.C.), Escala de Crenças sobre a Violência Conjugal (E.C.V.C.), Questionário de Comportamentos de Proteção e Risco nas Saídas Noturnas (QCPR-Noturno). Os resultados mostraram que, na sua relação atual, os estudantes do sexo feminino são fisica e emocionalmente mais abusadas; os alunos mais velhos são fisica e emocionalmente mais abusados do que os alunos mais jovens; os estudantes que vivem com o namorado, namorada ou conjuge indicam mais casos de abuso físico e psicologico; os estudantes do sexo masculino legitimam mais a violência íntima do que as estudantes do sexo feminino; os alunos mais velhos legitimam mais a violência íntima; os estudantes que vivem com os pais evocam mais crenças para legitimar a violência. Participantes do sexo masculino envolvem-se nos comportamentos de risco com maior frequencia do que as mulheres. Não há nenhuma relação entre o abuso físico na relação atual e as crenças que legitimam a violência, mas existe uma associação, fraca e moderada entre estas mesmas crenças e os comportamentos de risco e de proteção.

Among college students have been worrying the reports that point to the existence of violence in intimate relationships, as well as the risk behaviors (eg, alcohol abuse) that they seem to display in night recreational situations. The present work is intended to 1) to identify the prevalence of intimate partner violence among university students; 2) to identify the legitimating beliefs of intimate partner violence; 3) to identify the risk and protection behaviors that students exhibit in their nightlife; 4) to study the relation between intimate partner violence in these students - risk and protective behavior they adopt in their nightlife; 5) to study the relation between beliefs about intimate partner violence - risk and protective behavior these students take in their nightlife. For that purpose, was carried out an analyses with 175 students (52.6% male and 47.4% female) aged between 17 and 34 years old (M=21.5%; SD= 3.203) from University of Coimbra and Instituto Politécnico de Coimbra. The instruments used were: Socio-demographic questionnaire, Inventário de Violência Conjugal (I.V.C.), Escala de Crenças sobre a Violência Conjugal (E.C.V.C.), Questionário de Comportamentos de Proteção e Risco nas Saídas Noturnas (QCPR-Noturno). Results showed that in their actual relationship, female students are physically and emotionally abused; for actual relationship, older students are more physically and emotionally abused than the younger students; the students whom live with boyfriend/girlfriend or spouse have been more victims of physical and emotional abuse; male students legitimizes more the violence on intimate relationships than female students; older students endorse more beliefs that legitimize violence in intimate relationship; students whom live with parents endorse more beliefs that legitimize violence. Male participants engage in more risk behaviors than women. There is no relationship between actual relation-physical and the beliefs that legitimize the violence but exist a week and moderate relationship between these beliefs and risk and protective behaviors.