Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/31878
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dc.contributor.advisorVeríssimo, Manuel Teixeira Marques-
dc.contributor.authorBaptista, Cristina Sofia Freitas-
dc.date.accessioned2016-08-19T14:59:06Z-
dc.date.available2016-08-19T14:59:06Z-
dc.date.issued2014-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/31878-
dc.descriptionTrabalho final de mestrado integrado em Medicina (Geriatria), apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbrapor
dc.description.abstractA Síndrome de Fragilidade Geriátrica (SF) representa um dos grandes desafios atuais para a classe médica, e como tal, o principal objetivo deste artigo de revisão é a sumarização acerca de alguns aspetos relacionados com a Síndrome de Fragilidade Geriátrica, tais como a sua definição, epidemiologia, etiologia e fisiopatologia, manifestações clínicas, métodos de diagnóstico, tratamento e prevenção da síndrome assim como as suas consequências para a saúde. Para a realização desta revisão foram selecionados variados artigos, existentes na base de dados do PubMed, de acordo com a sua relevância em relação aos objetivos determinados. A SF constitui uma síndrome dinâmica, multifatorial que confere uma maior suscetibilidade a eventos adversos e degradação do estado geral, com maior prevalência de complicações tais como o desenvolvimento de incapacidades, institucionalização, maior número de episódios de quedas e fraturas, declínio físico e cognitivo acelerado, hospitalização mais frequente e morte. A SF diferencia-se de incapacidade e comorbilidade, estando estes interrelacionadas. A SF constitui um estado pré-incapacidade reversível enquanto que a incapacidade corresponde a um estado irreversível, não sendo a presença de incapacidades nem comorbilidades sinónimos de SF. A etiologia e fisiopatologia da SF ainda não são totalmente compreendidas, existindo um predomínio de alterações tais como a desregulação do metabolismo energético e alterações neuromusculares, alterações no estado inflamatório, neuro-endócrinas e imunitárias. Além destas alterações, para o desenvolvimento da SF, também ocorre a influência de outros fatores como o estilo de vida, hábitos pessoais e comorbilidades. Defende-se que esta síndrome poderá ser descrita como um ciclo dinâmico, sendo que qualquer um dos fatores incluídos poderá constituir uma via de desenvolvimento para a SF. A SF poderá ter múltiplas manifestações e não apenas uma única manifestação suficiente ou essencial á sua apresentação. Atualmente existem alguns marcadores que nos podem fazer suspeitar da SF tais como a elevação da interleucina – 6 (IL-6) e da proteína C reativa (PCR), assim como os níveis reduzidos de lipoproteína de alta densidade (c-HDL), embora ainda não sejam utilizados no diagnóstico. Existem múltiplos fatores que estão comprovadamente relacionados com o aumento do risco de desenvolvimento da SF tais como o género feminino, idade avançada, classes socioeconómicas mais desfavorecidas, isolamento social, menor grau académico, incapacidade e/ ou comorbilidade, assim como a partilha de fatores de risco com outras patologias de carácter inflamatório e a presença de défices funcionais e motores. As doenças que mais frequentemente acompanham a SF são a artrite e a hipertensão arterial (HTA), as doenças cardiovasculares e a diabetes mellitus (DM) e as que conferem um maior risco para SF são insuficiência cardíaca congestiva (ICC), enfarte agudo do miocárdio (EAM), doença vascular periférica, artrite reumatoide, DM, HTA, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), acidente vascular cerebral (AVC) e a doença coronária. Múltiplas formas de avaliação da SF têm sido exploradas, algumas com ponderação das diferentes vias etiológicas. Os modelos aqui referenciados são o modelo biológico, o modelo associado à acumulação de défices e o modelo funcional. Várias têm sido as tentativas de encontrar o método ideal e mais uniformemente consensual, concluindo-se que nenhum método é autossuficiente dada a grande heterogeneidade populacional e clínica. Ressalta a necessidade de uma avaliação multidimensional primária de forma a promover uma orientação diagnóstica, terapêutica e de seguimento mais adequada. Síndrome de Fragilidade Geriátrica 9 Através da aplicação do método biológico chegou-se à conclusão que a SF depende da manifestação inicial e que existem variados fatores com capacidade preditiva em relação ao desenvolvimento da SF e ao desenvolvimento de incapacidade funcional como por exemplo a evidência de incapacidade, o perfil genético, fadiga, diminuição da atividade física, redução da velocidade de mobilização e diminuição da força muscular, este último importante para o delinear de um plano terapêutico. Ao serem comparados os três métodos, conclui-se que estes apresentam uma prevalência semelhante para a SF, verificando que todos estes métodos ostentam vantagens e desvantagens, não existindo um método ideal. O tratamento constitui uma área que se encontra igualmente em investigação, representando os cuidados de saúde primários um pilar fundamental. Atualmente considera-se o tratamento composto por duas vertentes essências, o tratamento e prevenção da SF e o tratamento e prevenção concomitante das comorbilidades. O melhor método comprovado com efeitos positivos é o exercício físico realizado de forma regular, existindo benefícios mesmo quando iniciado numa fase mais tardia, sendo o sucesso limitado à gravidade da situação. Existem outras abordagens tais como a suplementação nutricional, tendo de ser ponderado individualmente a sua aplicação. Outros tipos de tratamentos encontram-se em investigação não sendo indicados atualmente. A prevenção constitui a palavra de primeira ordem, de modo a atrasar a instalação da síndrome, o controlo das patologias crónicas e redução do estado inflamatório crónico. Esta deverá basear-se em exercício físico regular e suplementação nutricional, com prevenção da degradação do estado psicológico geralpor
dc.description.abstractThe Frailty Syndrome represents a challenge for the medical professionals, so the objective of this review is to sumarize some aspects related to the Frailty Syndrome like its definition, epidemiology, etiology, pathophysiology, the clinical manifestations, methods of diagnosis, treatments and prevention, and the consequences for health. To accomplish this review it was selected various articles from the PubMed database, respecting the objectives of the review. The Frailty Syndrome constitutes a dynamic and multifatorial concept, that predisposes to bad health outcomes and degradation of the general condition. It is associated with a greater prevalence of incapacity, institutionalization, greater incidence of bone fractures, accelerated cognitive and physical decline, hospitalization and more frequently death. The Frailty Syndrome are correlated with incapacity and comorbidities, although they correspond to different concepts. The Frailty Syndrome constitutes a pré-incapacity reversible state whereas incapacity is irreversible. The presence of incapacity and comorbidities doesn’t mean invariably Frailty Syndrome. The etiology and pathophysiology of the Frailty Syndrome are still unknown. Although there are some suspicion that the neuromuscular, inflammatory, neuro-endocrine and immunity modifications are involved. In addition to this it is known that the personal lifestyle habits and comorbidities are similarly implicated. There is a theory that the Frailty Syndrome constitutes a dynamic cycle in which any of his constituents represent a path towards the development of the Frailty Syndrome. The Frailty Syndrome may have initial different manifestations and not just only one type of initial manifestation. Currently there are some frailty markers that makes us suspect of Síndrome de Fragilidade Geriátrica 11 the presence of the Frailty Syndrome like the elevation of the IL-6, the PCR and the High Density Lipoprotein, although not indicated to use to the diagnosis. There are multiple factors that have been proven to have a positive relation to the Frailty Syndrome like the female gender, older people, lower socioeconomic classes, isolation, lower academic degree, incapacity, comorbidity. There are some inflammatory diseases that share some risk factors with the Frailty Syndrome and also the presence of functional and motor deficits. The most frequently comorbidities associated with the Frailty Syndrome are arthritis, arterial hypertension, cardiovascular diseases and diabetes. Some diseases that increase the risk of the Frailty Syndrome are congestive heart failure, myocardial infarction, peripheral vascular disease, rheumatoid arthritis, diabetes, arterial hypertension, chronic obstructive pulmonary disease, stroke and coronary disease. Many different methods have been explored to analyze the Frailty Syndrome, corresponding to different etiologies. The models that are going to be explored here are the Biological model, the burden model and the functional model. There has been many attempts to find an ideal and consensual model, but we can conclude that neither of them are auto sufficient thanks to the clinical and population high heterogeneity. So it underscores the need of a primary multidimensional assessment with the objective of promoting a diagnostic and therapeutic orientation and a correct follow up. By the application of the biological model it had been concluded that the Frailty Syndrome depends on the initial manifestation and there are multiple factors that hold predictive capacity on developing the Frailty Syndrome and functional incapacity like incapacity for itself, genetic background, fatigue, lower physical activity, slower mobilization, lower muscle strength, the latter important to outline a treatment plan. Síndrome de Fragilidade Geriátrica 12 Comparing the three methods, they have similar prevalence of the Frailty Syndrome, all of then demonstrating advantages and disadvantages, but still doesn’t exist an ideal method. The treatment constitutes an area of similar investigation interest, consisting of a crucial toll in the primary health care. At present, the treatment is composed by two strands, the one that implies the treatment and prevention of the Frailty Syndrome and the other that consist in the treatment and prevention of the comorbidities. The best proved treatment is physical exercise practice regularly, showing benefits even when initiated in an advanced stage, with limited success in these situations. Other approaches exist like nutritional supplementation, been applied depending the cases. Other methods are still in development. The prevention constitutes the primary purpose, with the goal to delay the development of the syndrome, to control chronic diseases and reduction of the inflammatory state. The prevention should be based on regular exercise and nutritional supplementation with prevention of the deterioration of the general psychological statepor
dc.language.isoporpor
dc.rightsopenAccesspor
dc.subjectIdosopor
dc.subjectGeriatriapor
dc.titleSíndrome de fragilidade geriátricapor
dc.typemasterThesispor
dc.peerreviewedYespor
dc.identifier.tid201630354-
item.grantfulltextopen-
item.fulltextCom Texto completo-
item.openairetypemasterThesis-
item.languageiso639-1pt-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.cerifentitytypePublications-
crisitem.advisor.orcid0000-0002-2793-2129-
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FMUC Medicina - Teses de Mestrado
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