Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/31556
Title: Estudo de rastreio de risco nutricional : strongkids das crianças internadas no Hospital Pediátrico de Coimbra
Authors: Moutinho, Joana Catarina Fernandes 
Orientador: Diogo, Luísa
Mansilha, Helena Ferreira
Keywords: Criança; Desnutrição; Prevenção e controlo; Pediatria
Issue Date: 2014
Abstract: As crianças hospitalizadas estão em maior risco de desnutrição. Os rastreios de risco nutricional em doentes internados deveriam fazer parte da rotina diária e ser realizados logo no momento da admissão e periodicamente ao longo do internamento, de modo a estabelecer uma terapêutica nutricional individualizada e eficaz. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o risco nutricional das crianças internadas no Serviço de Pediatria Médica (SPM) do Hospital Pediátrico (HP) – CHUC com a ferramenta STRONGkids. Contribuiu-se igualmente para a avaliação da aplicação desta ferramenta de rastreio nutricional no nosso país, integrado num estudo multicêntrico nacional. Metodologia: Estudo prospetivo em que se procedeu à avaliação do risco de desnutrição com recurso à ferramenta – STRONGkids em 104 crianças do SPM do HP– CHUC, de outubro de 2013 a fevereiro de 2014 (5 meses). Foram realizados rastreios do estado nutricional na admissão e à data da alta. Nos internamentos mais prolongados, foram feitas avaliações adicionais, semanais. O questionário STRONGkids consiste em 4 itens de avaliação, a cada um dos quais é atribuída uma pontuação de 1-2 pontos: a) patologia subjacente de alto risco nutricional; b) Avaliação subjetiva do estado nutricional; c) aportes e perdas; d) perda de peso ou deficiente ganho ponderal. A avaliação antropométrica consistiu na medição do peso, comprimento ou altura e circunferência do braço. A desnutrição foi classificada em desnutrição aguda (“peso para estatura” (WFH) <-2 DP e/ou “IMC para idade” <-2 DP), e crónica (“altura para idade” (HFA) <-2 DP). Resultados e discussão: A amostra foi constituída por 104 crianças, com idade mediana de 7 anos e tempo de hospitalização mediano de 4 dias. A mediana do score de risco de desnutrição foi de 2, correspondendo a risco moderado. À entrada, uma proporção significativa dos doentes apresentou risco de desnutrição baixo (32,7%) ou elevado (8,7%), embora na maioria (58,7%) o risco tivesse sido considerado moderado. Os diagnósticos no internamento mais prevalentes foram os dos grupos “Gastrointestinal”, “Respiratório” e ”Cardíaco”. Metade dos doentes estudados tinha doença subjacente, tendo sido as mais prevalentes do foro “Gastrointestinal” e “Respiratório”. Na população estudada a prevalência de desnutrição na admissão foi 17,3%, sendo 10,6% de desnutrição aguda e 9,6% de desnutrição crónica. O grupo de risco elevado de desnutrição, em que todas as crianças tinham doença subjacente, foi o que apresentou maior prevalência de desnutrição, quer aguda quer crónica. Conclusão: Este estudo permitiu uma maior sensibilização dos profissionais de saúde para a problemática da desnutrição hospitalar. A ferramenta STRONGkids parece ser um instrumento útil, de aplicação fácil e rápida. Um rastreio de risco nutricional deverá ser realizado de forma sistemática nos serviços de internamento de pediatria, no momento da admissão e periodicamente nos internamentos mais prolongados, de forma a poder antecipar e colmatar a necessidade de intervenção nutricional individualizada.
Hospitalized children are very susceptible to undernutrition. Nutritional risk screening in hospitalized patients should be part of daily routine and be performed close to admission and systematically throughout hospitalization, in order to establish a prompt effective nutritional individualized therapy. The objective of this study was to evaluate nutritional risk of hospitalized children in Medical Paediatrics (SPM) ward at Children's Hospital (HP) – CHUC, using STRONGkids tool. The results of this study will also contribute to the evaluation of this tool for nutritional risk screening in our country, as part of a national multicenter study. Methods: Prospective study, assessing risk of undernutrition using STRONGkids tool in 104 children in SPM HP-CHUC, from October 2013 to February 2014 (5 months). Screening of nutritional status was performed on admission and at discharge. In longer hospitalizations, weekly additional evaluations were held. STRONGkids questionnaire consists of four evaluation items, each of which is assigned with a score of 1 to 2 points: a) underlying pathology with high nutritional risk; b) Subjective assessment of nutritional status; c) inputs and losses; d) weight loss or poor weight gain. Anthropometric evaluation consisted of weight, length or height and arm circumference measurements. Undernutrition was classified into acute undernutrition ("weight for height" (WFH) <-2 SD and / or 'BMI for age' <-2 SD), and chronic ("height for age" (HFA) <-2 SD). Results and discussion: Sample was constituted by 104 children with a median age of 7 years and a median hospital stay of 4 days. Median score for risk of undernutrition was 2, corresponding to moderate risk. At admission, some patients present low risk of undernutrition (32.7%) or high (8.7%), although in most (58.7%), risk was considered moderate. The most prevalent diagnoses were included in "Gastrointestinal", "Respiratory" and "Heart” groups. Half of the patients studied had an underlying disease, most prevalent were "Gastrointestinal" and "Respiratory". In this sample, prevalence of undernutrition on admission was 17.3%, with 10.6% of acute and 9.6% of chronic undernutrition. The high risk group for undernutrition, in which all children had a underlying disease showed the highest prevalence of malnutrition, both acute and chronic. Conclusion: This study raised the awareness of health professionals to the problem of hospital undernutrition. STRONGkids tool seems to be a useful tool of quick and easy application. It should be systematically used in all pediatric inpatient services at the time of admission and regularly in longer hospital stays, so undernutrition may be anticipated and addressed the need for individualized nutritional intervention.
URI: https://hdl.handle.net/10316/31556
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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