Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/31470
Title: Atividade física, funções cognitivas e demência
Authors: Vaz, Filipe Malva Simões 
Orientador: Ribeiro, Carlos Alberto Fontes
Keywords: Exercício físico; Cognição; Demência
Issue Date: Sep-2014
Abstract: Introdução: O conceito de demência define uma deterioração adquirida na capacidade cognitiva que vai prejudicar o desempenho das atividades quotidianas. Sendo um processo que a nível epidemiológico tem a sua maior prevalência em doentes com mais de 85 anos, este é um pormenor de relevância social devido ao facto da projeção do número de idosos estar a crescer exponencialmente e da esperança média de vida continuar a aumentar. Neste quadro, verifica-se que o número de pessoas com demência, nomeadamente com DA, está a crescer exponencialmente, logo se impõe o desenvolvimento urgente de medidas preventivas onde há já a destacar a importância do exercício físico bem como o apoio farmacológico. Metodologia: O presente trabalho teve por base a recolha, na literatura bibliográfica médica, de artigos sobre o tema em causa, preferencialmente artigos publicados, entre 2008 e 2014. O processo desenvolveu-se em dois momentos: primeiro uma pré-seleção com base nos títulos, segundo, a leitura dos resumos de modo a constatar o respetivo enquadramento no tema a tratar. O objetivo desta dissertação é sistematizar em perspetiva crítica os estudos de alguns autores no que diz respeito aos efeitos do exercício físico orientado e controlado de forma terapêutica, em benefício da prevenção ou cura do processo demencial em transtornos cognitivos leves. Discussão: Foi assente que, ao ser atingida a idade adulta, o cérebro estava completamente desenvolvido e sem capacidade de melhorar o seu desenvolvimento. Hoje, sabe-se que o cérebro continua em crescimento ao longo da vida através da formação de novos neurónios e sinapses entre eles, para o que é fundamental um fluxo sanguíneo adequado para receber oxigénio e nutrientes. Estas certezas derivam principalmente de estudos feitos em roedores, mas há cada vez mais evidências de que os resultados são equiparados no cérebro humano. O envolvimento do exercício físico na fisiopatologia do processo demencial, com base na gestão da síndrome metabólica e dos fatores de risco cardiovasculares, é um processo que pode reduzir o risco futuro de DA. Estudos feitos sobre os benefícios da atividade física na função cognitiva apontam para efeitos de intensidade diversa ao nível das diferentes funções e domínios no desempenho cognitivo, contudo a nota comum é que se confirma a importância da atividade física moderada a vigorosa na função cognitiva e executiva especialmente nos idosos. Atualmente, a demência afeta 15% das pessoas com idade acima dos 65 anos. Sendo esta faixa etária cada vez mais elevada, com fortes probabilidades de adquirir demência, é necessário desenvolver estratégias ou intervenções preventivas adequadas para retardar o seu aparecimento ou progressão. Neste sentido, têm sido implementados diversos programas e estudos, que incidem sobre a aplicação de diversas atividades físicas, exercícios/tarefas em idosos com défices cognitivos, tendo-se verificado uma melhoria de funcionamento na capacidade de realizar atividades quotidianas, promovendo o desenvolvimento de força muscular, de habilidade funcional, reduzindo o número de quedas e uma diminuição de fatores de risco cardiovasculares. Conclusão: Partindo do princípio que a atividade física desempenha um papel importante na preservação da função cognitiva e do cérebro ao longo da vida, todos os estudos, programas e experiências apontam para esta base sobretudo na área da prevenção e terapêutica de demência em indivíduos idosos. Ao longo dos últimos anos desenvolveram-se conhecimentos, fundamentaram-se certezas, mas, naturalmente, também surgiram dúvidas dadas algumas conclusões por vezes controversas e resultados díspares. Contudo há uma nota comum – é importante iniciar intervenções a nível do estilo de vida que possam reduzir um futuro risco no comportamento cognitivo. É neste sentido que o exercício físico pode ser considerado uma estratégia para tratar os sintomas de demência e/ou retardar a sua progressão.
Introduction:The concept of dementia defines a deterioration acquired in the cognitive capacity which injures the performance of daily actions. Being a process in what concerns epidemiological matters it is seen more often in people over 85, this is only a detail of social relevance due to the projection of elderly peoples’ growth as well as the increase in the average life. Thus one verifies that people with dementia namely with DA is growing exponentially. Therefore it’s imposed to apply preventive measures where we highlight the importance of physical exercise and the use of pharmacological support. Methodology: this work was based on the gather of medical bibliographic reading related with articles about the theme, mostly published articles between 2008 and 2014. The process took place in two moments: a pre selection based on the titles and then the reading of the summaries in a way to determine the frame of the theme within. The aim of this essay is to systematize in a critical perspective the study of some authors in what the benefits of orientated and controlled physical exercise matters when it comes to prevention or cure of the demential process in light cognitive disruption. Discussion: it was found that when adulthood is reached the brain is completely developed and without the capacity of improving any further development. Nowadays it is known that the brain is in constant growth throughout life due to the formation of new neurons and brain synapses and so an appropriate blood flow is needed to receive oxygen and nutrients. These certainties come mostly from studies with rodents but we encounter evidence that the results are equated to the human brain. The implication of physical exercise of the pathophysiology in the demential process based on the management of the metabolic syndrome and cardiovascular risk factors is a process that can reduce the risk of DA. Studies carried out on the benefits of physical activity and cognitive function lead to different effects of intensity in what concerns cognitive functions. However the common notice confirms the relevance of moderate to vigorous physical activity in the cognitive and executive function especially among elderly. Currently dementia affects 15% of the people over 65. Since this group age is higher with strong probabilities of dementia, it’s necessary to find strategies or appropriate means of prevention in order to delay its appearance or progression. For this purpose several programs and studies have been implemented and relate to the applicability of physical activities, exercises/chores among elderly with cognitive disabilities verifying an improvement of the functioning and in the capacity of being able to perform daily tasks promoting the development of muscular force, functional abilities reducing the number of falls and cardiovascular risks. Conclusion: assuming that physical activity has a fundamental role in the cognitive function and preservation of the brain throughout life, all studies, programs and experiences bet on this base mostly in the area of prevention and therapeutics of dementia for the elderly. In the last years knowledge has been developed, certainties have been reasoned but of course some doubts also came out due to some controversial conclusions. Nevertheless there is a common note- it’s fundamental to start interventions in peoples’ lifestyles in such a way that a probable risk of cognitive behavior can be avoid. This is why physical exercises can be a strategy to deal with symptoms of dementia or delay its appearance.
URI: https://hdl.handle.net/10316/31470
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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