Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/31437
Title: Qualidade do sono em estudantes universitários
Authors: Faria, Carlos Eduardo Couto 
Orientador: Azevedo, Maria Helena Pinto de
Keywords: Distúrbios do sono; Estudantes; Insónia; Psicologia
Issue Date: Jan-2015
Abstract: Objectivo: Descrever a prevalência da insónia e perda de sono por preocupações e correlatos com sexo, outros aspectos relacionados com sono, factores psicológicos e saúde percebida, especificamente para analisar as semelhanças e diferenças entre os dois tipos de problemas de sono e suas associações, em estudantes universitários. Metodologia: 713 estudantes (65,6% do sexo feminino), idade média de 19.29 anos, completaram questionários que avaliaram a insónia (item do Inventário de Personalidade de Eysenck), a perturbação do sono por preocupações (item do General Health Questionnaire), outros aspectos de sono-vigília, activação pré-sono, activação, coping, neuroticismo, extroversão, percepção de saúde, stresse académico e humor/afecto. Resultados: A prevalência (“Muitas vezes/Quase sempre”) de perturbação do sono por preocupações era mais elevada (33.2%) do que a prevalência de insónia (10.2%). Insónia (“Muitas vezes/Quase sempre”) foi relatada por 10.5% das raparigas e 9.8% dos rapazes. A prevalência de perturbação do sono devido a preocupações era mais elevada nas raparigas (40.6%) do que nos rapazes (19.2%). Insónia e perturbação do sono por preocupações estavam significativamente correlacionadas com a percepção do estado de saúde e a maioria das variáveis sono, sendo os coeficientes mais elevados com o índice de qualidade do sono (r’s=.511; p’s <.001). A correlação entre insónia e perturbação do sono por preocupações era elevada (r=.541; p <.001). As duas queixas de sono também mostraram estarem relacionadas com quase todas as variáveis psicológicas investigadas. A análise de regressão múltipla realizada separadamente por tipo de queixa de sono mostrou que a activação cognitiva pré-sono (=.372; p<.001); a percepção de saúde (==-.075; p=.057), a tendência para preocupação (=.086; p=.051), NEO-PI-R faceta de ansiedade (=.085; p=.061), activação somática pré-sono (=.099; p=.023) e afecto positivo ( =-.085; p=.035) foram predictoras significativas de insónia enquanto que activação cognitiva pré-sono ( =.353; p<.001), apercepção de saúde ( =-.093; p =.008), tendência para preocupação ( =.153; p<.001), stresse académico ( =.129; p=.005), activação (=.127; p=.006) e sexo ( =.118; p=.001) foram predictoras significativas de perturbação do sono por preocupações. Conclusões: Insónia e perturbação de sono por preocupações são muito prevalentes em jovens estudantes. Ao contrário da insónia, com taxas semelhantes nos dois sexos, a frequência da perturbação de sono por preocupações era muito mais frequente no sexo feminino que no masculino. Este estudo sugere que as características, traço de tendência para preocupação e activação cognitiva ao deitar, podem desempenhar um papel importante na disrupção do sono por preocupações e insónia. Os resultados também sugerem que a perturbação do sono por preocupações pode configurar um fenótipo particular do constructo multidimensional de perturbações de sono. Intervenções focadas na preocupação, reactividade emocional e stresse emocional podem melhorar a qualidade do sono dos jovens, particularmente do sexo feminino.
Aim: To describe the prevalence of insomnia and sleep loss over worry and its correlates with gender, other aspects related to sleep, psychological factors and perceived health, specifically to examine similarities and differences between the two types of sleep disturbances and their associations, in university students. Method: 713 students (65.6% females) completed a series of questionnaires that assessed sleeplessness (item from the Eysenck Personality Inventory), sleep loss over worry (item from the General Health Questionnaire), other sleep-wake aspects, pre-sleep arousal (cognitive, somatic), arousability predisposition, coping, neuroticism, extraversion, perceived physical/mental health, academic stress, and mood/affect. Results: The prevalence (“Quite often/Almost always”) of sleep loss due to worry was higher (33.2% ) than the prevalence of insomnia (10.2%). Insomnia (“Quite often/Almost always”) was reported by 10.5% of the females and 9.8% of the males. The prevalence of sleep disturbance due to worry was higher in females (40.6%) than males (19,2%). Insomnia and sleep loss over worry were significantly correlated with perceived health and the majority of sleep-wake variables being highest with the sleep quality index (both r’s=.511; p’s <.001). Insomnia and sleep loss over worry were highly correlated with each other (r=.541; p <.001). Most correlations between the psychological traits under study and both sleep complaints were also significant. Stepwise multiple regression analysis performed separately by type of sleep complaint revealed that cognitive arousal (=.372; p<.001); perceived physical health (==-.075; p=.057), tendency to worry (=.086; p=.051), NEO-PI-R facet Anxiety (N1) ( =.085; p=.061), somatic arousal (=.099; p=.023) and positive affect ( =-.085; p=.035) were all significant predictors of only insomnia, whereas cognitive arousal ( =.353; p<.001), perceived physical health ( =-.093; p =.008), tendency to worry ( =.153; p<.001), perceived academic stress ( =.129; p=.005), arousability predisposition (=.127; p=.006), and sex ( =.118; p=.001) were all significant predictors of sleep disturbance due to worry. Conclusions: Insomnia and sleep loss over worry are highly prevalent among students. Unlike insomnia, with similar rates in both sexes, the frequency of sleep disturbance over worry, was much more common in females than males. The present study suggests that trait characteristics of presleep cognitive arousal and tendency to worry may play a significant role in boh types of sleep complaints. Our findings also suggest that sleep loss over worry may represent a particular phenotype of the multidimensional construct of sleep disturbance. Intervention strategies focused on worry, emotional reactivity and emotional stress, can improve sleep quality in young people, particularly female.
URI: https://hdl.handle.net/10316/31437
Rights: openAccess
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FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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