Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/31177
Title: Osteodistrofia renal
Authors: Teles, Tobias José Freitas Trindade 
Orientador: Alves, Rui Manuel Batista
Keywords: Osteodistrofia renal
Issue Date: 2014
Abstract: A doença renal crónica é um problema de saúde mundial, com incidência e prevalência crescentes. Apesar dos avanços científicos na compreensão da patogénese e o desenvolvimento de terapêuticas mais eficazes, a osteodistrofia renal continua a ser uma complicação importante nos doentes renais crónicos. A osteodistrofia renal abrange um espectro diverso de alterações ósseas nos doentes com doença renal crónica, classificada histologicamente por lesões de elevada ou baixa taxa de remodelação óssea, agora considerada uma componente da Patologia Mineral e Óssea na Doença Renal Crónica. Este novo conceito reflecte as consequências sistémicas provocadas pela perturbação do metabolismo mineral e ósseo na Doença Renal Crónica, incluindo assim: alterações de parâmetros laboratoriais, alterações morfológicas do osso e calcificação vascular. Neste contexto, o objectivo principal deste trabalho é a revisão do tema em questão, incluindo a compreensão da sua patogénese nos adultos, o seu diagnóstico e algumas formas de prevenção e tratamento. Na patogénese da osteodistrofia renal estão envolvidos múltiplos factores que levam ao hiperparatiroidismo secundário, encontrado desde a fase inicial da doença renal crónica. Com a diminuição da função renal há deterioração da homeostase mineral, tendo como consequência a alteração dos níveis plasmáticos e teciduais de fósforo, cálcio e alterações das hormonas circulantes, nomeadamente a paratormona, a vitamina D activa juntamente com os seus metabolitos, e mais recentemente, o factor de crescimento de fibroblastos-23. Com a progressão da osteodistrofia renal há também evidência, a nível tecidular, de uma diminuição do número dos receptores de vitamina D e a resistência à acção da paratormona. Tendo esta complicação início numa fase precoce da doença renal crónica, é necessário um diagnóstico e uma intervenção também precoces, de forma a diminuir a mortalidade e morbilidade destes doentes. Quanto ao diagnóstico definitivo este é feito por biopsia óssea com exame histomorfométrico do osso, realizado apenas em doentes seleccionados. O tratamento inicial deve ser direccionado para a correcção das alterações hormonais e bioquímicas, para evitar a hiperplasia das paratiroideias e as consequências ósseas. Neste âmbito é de salientar a importância do controlo de fósforo na dieta alimentar e a utilização dos fixadores de fósforo. A vitamina D, os análogos da vitamina D e mais recentemente os calcimiméticos, são fármacos úteis na osteodistrofia renal. Estes fármacos podem ser usados em combinação e devem ser controlados de acordo com alterações presentes
Chronic kidney disease is a worldwide health problem, with increasing incidence and prevalence. Despite the scientific advances in understanding the pathogenesis and the development of more effective treatment, renal osteodystrophy remains a major complication in patients with chronic kidney disease. Renal osteodystrophy is considered a spectrum of bone changes in chronic kidney disease patients, which can be classified histologically by bone lesions of high or low bone turnover and is now considered a component of Chronic Kidney Disease-mineral and bone disorder. This new concept reflects the systemic consequences of the disorder of bone and mineral metabolism in chronic kidney disease, which includes: changes in laboratory parameters, morphological changes of bone and vascular calcification. In this context, the main goal of this study is to review the topic in question, understand the pathogenesis in adults, the diagnosis and some forms of prevention and treatment. There are multiple factors involved in the pathogenesis of renal osteodystrophy, that lead to secondary hyperparathyroidism found from the initial stage of chronic kidney disease. With the decline of renal function, there is a deterioration of mineral homeostasis, resulting in the alteration of plasma and tissue levels of phosphorus, calcium and changes in circulating hormones, including parathyroid hormone, vitamin D along with its active metabolites and most recently the fibroblast growth factor-23. With the progression of renal osteodystrophy, there is also evidence of a decrease in number of vitamin D receptors and cellular resistance to the action of parathyroid hormone. Since this is an early complication of chronic kidney disease, an early diagnosis is necessary along with a rapid intervention in order to decrease the mortality and morbidity of these patients. The definitive diagnosis is made by bone biopsy with histomorphometric evaluation of bone and should only be performed on selected patients. Initial treatment should be oriented to the correction of biochemical and hormonal changes, to prevent parathyroid hyperplasia and bone consequences. In this context, it is important to control dietary phosphorus and use phosphate binders. Vitamin D, vitamin D analogues and more recently the calcimimetics, are useful drugs in renal osteodystrophy. These drugs can be used in combination and must be controlled according to clinical changes.
Description: Trabalho de projecto de mestrado em Medicina (Nefrologia), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/31177
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
Trabalho Final.pdf1.02 MBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s) 5

1,860
checked on Sep 10, 2024

Download(s) 20

1,569
checked on Sep 10, 2024

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.