Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/30454
Title: O papel do consumo de cannabis na etiopatogenia da esquizofrenia
Authors: Cunha, Inês Fróis de Sá e 
Orientador: Relvas, João
Keywords: Esquizofrenia; Transtornos Psicóticos; Cannabis; Canabinóides
Issue Date: 2015
Abstract: A esquizofrenia é uma patologia complexa, que cursa com alterações cognitivas e comportamentais. Hoje, acredita-se que a etiologia seja multifatorial, resultando da interação de fatores genéticos e ambientais, nomeadamente o consumo de cannabis. Vários estudos revelaram que o consumo de cannabis, especialmente em faixas etárias jovens, se associou a um aumento do risco de desenvolver esquizofrenia, anos mais tarde. Os achados são consistentes com um efeito dose-resposta, sendo o risco maior em indivíduos que consumiram cannabis mais vezes. Além disso, a idade média do surgimento da esquizofrenia entre consumidores de cannabis é mais precoce do que em não consumidores. A explicação mais aceite para a associação entre a esquizofrenia e o consumo de cannabis é a hipótese da “interação” ou “vulnerabilidade”, segundo a qual, o consumo de cannabis pode desencadear esquizofrenia, mas apenas em indivíduos já predispostos a tornarem-se esquizofrénicos, nomeadamente aqueles que apresentam vulnerabilidade genética. Vários fatores parecem moderar esta associação, incluindo: a história familiar, a história de abuso na infância e a idade de início do consumo de cannabis. Os jovens são particularmente vulneráveis aos efeitos do consumo da cannabis, que parece afetar a maturação normal do cérebro e o desenvolvimento neuropsicomotor. Os esquizofrénicos consumidores de cannabis apresentam um pior prognóstico do que os não consumidores, pelo que parece ser razoável encorajar a abstinência desta droga, particularmente em grupos de risco, como os jovens e os indivíduos com predisposição genética.
Schizophrenia is a complex pathology that leads to cognitive and behavioral changes. Today, it is believed that the etiology is multifactorial, resulting from the interaction between genetic and environmental factors, including use of cannabis. Several studies have shown that cannabis use, particularly among young people, was associated with an increased risk of developing schizophrenia years later. Findings were consistent with a dose-response effect, with greater risk in people who used cannabis more often. In addition, the average age of onset of schizophrenia among cannabis users was earlier than non-cannabis users. The most accepted explanation for the association between schizophrenia and cannabis use is the “interaction” or “vulnerability” hypothesis, according to which cannabis use can trigger schizophrenia, but only in individuals already predisposed to become schizophrenic, particularly those with genetic vulnerability. Several factors appear to moderate this association including: family history, history of childhood abuse and age at onset of cannabis use. Young people are particularly vulnerable to cannabis effects, which seems to affect the normal brain maturation and neurological development. Schizophrenic cannabis users have a worse prognosis than non-user, so it seems reasonable to encourage cannabis abstinence, particularly in risk groups including young people and those with genetic predispositions.
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/30454
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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