Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/27466
Title: União Europeia e Mercosul: a interação política e econômica em um contexto mundial incerto
Authors: Aguiar, Henrique Santos Lopes de 
Orientador: Fernandes, Rui Jorge Gama
Keywords: União Europeia; Mercosul; Globalização; Multipolar; Acordo quadro inter-regional de cooperação; Mercosur; European union; Globalisation; Multipolar; Interregional framework cooperation agreement
Issue Date: 3-Nov-2014
Citation: AGUIAR, Henrique Santos Lopes de - União Europeia e Mercosul: a interação política e econômica em um contexto mundial incerto. Coimbra : [s.n.], 2014. Dissertação de Mestrado. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/27466
Abstract: Em 1995, os representantes da União Europeia e Mercosul formalizaram o Acordo Quadro Inter-Regional de Cooperação no intuito de estabelecerem uma área de Livre Comércio entre os dois blocos. Porém, quase vinte anos após a assinatura, a parceria que visava responder aos desafios da globalização, os quais demandam maior integração dos mercados, paralisou-se no tempo. Mesmo assim, recentemente retornaram-se as conversas muito em virtude da crise econômica de 2008/09, tendo em vista se tratar de um dos meios menos custosos para estimular ambas as economias. Outrossim, trata-se de um passo para garantirem espaço no novo ordenamento mundial com tendências multipolares. A ordem multipolar antecipada no relatório da CIA (2008) para os próximos anos vai de encontro à tese de Anne Marie Slaugther que prevê o sistema mundial fragmentado com a participação de várias setores de estado buscando soluções globais. Neste contexto, os Estados atuam nas dimensões horizontais e verticais, assim como por movimentos transversais, substituindo o clássico modelo centralizador que por anos norteou a atuação dos governos no campo internacional. Esse novo período no cenário internacional também apresenta um declínio político e econômico dos EUA, somando-se ao enfraquecimento das instituições tradicionais, tais como OMC, FMI e ONU diante da complexidade dos litígios internacionais. Muito criticadas, as Organizações Internacionais ora referidas, refletem um período longínquo e não se adaptaram a dinamicidade do momento atual. Por essa mesma razão, países emergentes não satisfeitos com o tratamento concedido nos fóruns internacionais propuseram a formação do BRICS. Liderados pela China, nova candidata a superpotência, sugere a formação de um novo modelo para, paralelamente, atuar com instituições como o Banco Mundial e FMI. A União Europeia e os Estados Unidos da América que formaram com o Japão um período uni-multipolar, também se movimentam para resgatar o prestígio abalado em razão da crise financeira recente. Receosos de esperar os desfechos da Rodada Doha, com poucos avanços desde a sua criação, estudam instituir uma zona de livre comércio transatlântica, a qual, via de consequência, teria força de regulamentar parte significativa do comércio internacional visto o poder de atração dos seus mercados. O Mercosul por seu turno, convive com a sombra do seu antagonista ideológico na região, a Aliança do Pacífico.Nada mais oportuno, portanto, que o Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e União Europeia fosse recolocado em pauta, no entanto, por que essa parceria é tão complexa? Quais são as limitações e cenários possíveis para esse desfecho? A presente pesquisa se propõe analisar tal conjuntura e oferecer respostas a esses questionamentos.
In 1995 European Union and Mercosur leaders formalised the Interregional Framework Cooperation Agreement aiming to establish a free trade area between the two blocs. Twenty years later it is visible that this partnership which envisaged to address the challenges imposed by globalisation, such as improve market integration, has been paralysed. However, the 2008/09 economic crisis brought the Agreement back to the table as it remained one of the least costly methods to stimulate both bloc’s economy and represented another step to guarantee space in the new world order with multipolar trends. This new trend for the next years was anticipated by a report from the CIA (2008) and reinforced Anne Marie Slaughter’s thesis that predicted a disaggregated worldsystem with the participation of different sectors within States searching for global solutions. Within this context, States act in vertical and horizontal as well as transversal dimensions and the classic centralised model that has guided governments’ international actions for years is substituted. This new period in the international scenario also presents an economic and political decline of the U.S. and a weakening of traditional institutions, such as the WTO, the IMF and the UN, given the complexity of international litigations. The aforementioned international organisations have been largely criticised for not adapting to the dynamicity of the present situation. For this same reason, emerging countries which have been unsatisfied with the treatment received in international forums proposed the foundation of the BRICS. Led by the new superpower candidate China, this proposal envisaged a new model to act parallel to institutions such as the World Bank and the IMF. The EU and the U.S., who had both formed a unimultipolar period with Japan, also acted to rescue the prestige that was lost due to the recent economic crisis. With the uncertainties of the outcomes of the Doha Development Round and the few advancements since its creation, they have examined the formation of a transatlantic free trade zone that could regulate a significant part of the international trade, given the magnetic strength of their market. The Mercosur, in turn, lives in the shadows of its ideological antagonist in the region, the Pacific Alliance. It is understandable, then, why the Free Trade Agreement between Mercosur and the European Union has been put back on the agenda. However, why is this partnership so complex? What are its limitations and possible outcomes? This research aims to analyse this complex scenario and to address the questions above.
Description: Dissertação de mestrado em Estudos Europeus apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/27466
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FLUC Secção de História - Teses de Mestrado

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