Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/26151
Title: Comunicação interventricular: prevalência em recém-nascidos
Authors: Santos, Jonathan Pinheiro dos 
Orientador: Marinho, António
Ferreira, Maria João
Keywords: Cardiopatias congénitas; Anomalias congénitas do septo cardíaco interventricular; Criança recém-nascida; Epidemiologia
Issue Date: Mar-2012
Abstract: Introdução: A Comunicação interventricular (CIV) é a mais frequente das cardiopatias congénitas na infância. O quadro clínico varia consoante a dimensão, localização e número de lesões, porém é quase sempre assintomática. A sua incidência tem vindo a aumentar graças ao diagnóstico precoce por ecocardiografia 2D com Doppler. O encerramento espontâneo das CIV é bastante comum, optando-se pela correção cirúrgica essencialmente nos casos gravemente sintomáticos. Objetivos: Avaliar a incidência, clínica e características anatómicas das CIV isoladas. Material e Métodos: Na Maternidade Daniel de Matos, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2010, dos 146 recém-nascidos (RN) com CIV isolada, foram analisados 130 processos, tendo em conta as características do RN, a idade de diagnóstico, as características das CIV, as características do encerramento e as características clínicas associadas. Os dados recolhidos foram introduzidos e processados numa base informática de análise estatística. Resultados: A CIV teve uma incidência de 0,75%. A proporção ♀:♂ é de aproximadamente 1:1. Os RN de termo totalizam 86,2%. Por cada 100 RN, 94,6 apresentam peso normal para a idade gestacional. Todas as CIV foram diagnosticadas até ao primeiro ano de vida, sendo que 73,1% foram detetadas nos primeiros sete dias de vida. As CIV musculares prevalecem com uma incidência de 79%, seguidas das sub-arteriais com 16%. A maioria (94,6%) apresentou lesões únicas. O encerramento espontâneo verificou-se em 98% dos casos contrastando com apenas 2% em que houve necessidade de encerramento cirúrgico. Em 62,9% dos casos, a resolução observou-se durante o primeiro ano de vida. As CIV assintomáticas somaram 84,6%. Somente 6,9% dos indivíduos apresentou complicações do foro cardíaco. Em 29,2% das CIV constataram-se outras pequenas malformações cardíacas. As CIV sub-arteriais foram as lesões mais predisponentes a causar sinais/sintomas e complicações com uma prevalência de 44,6% e 28,6% respetivamente, registando os únicos casos com necessidade de intervenção cirúrgica corretiva (9,5%). Conclusões: Observou-se um aumento da incidência das CIV (0,75%) quando comparada com a literatura atual, sendo as musculares as mais prevalentes, seguindo-se as sub-arteriais com uma prevalência muito superior às perimembranosas. A maioria encerra espontaneamente durante o primeiro ano de vida. As sub-arteriais e múltiplas são as mais problemáticas sendo, poucas vezes, necessário o recurso à cirurgia. Apesar disso, estas malformações não devem ser negligenciadas na medida em que é sempre necessário um diagnóstico precoce com posterior controlo médico rigoroso de forma a detetar, o mais precocemente possível, alterações clínicas que possam providenciar um tratamento médico e/ou cirúrgico.
URI: https://hdl.handle.net/10316/26151
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat
TESE CIV - CAPA.pdfCapa51.61 kBAdobe PDFView/Open
RESUMO ABSTRACT CIV.docResumo-Abstract29.5 kBMicrosoft WordView/Open
TESE CIV.pdfDissertação239.42 kBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s) 1

6,055
checked on Apr 16, 2024

Download(s) 5

4,518
checked on Apr 16, 2024

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.